31/07/09

PS AO ENCONTRO DE SI MESMO (2)



O SÁDÃO sabe que na próxima semana, ocorrerá uma reunião da Comissão Política de Alcácer do PS, no Torrão, com o único ponto de trabalhos: análise da situação no partido.

O PS AO ENCONTRO DE SI MESMO (1)


PEDRO PAREDES, considera que a sua recandidatura pelo PS à autarquia, ao ser decidida por unanimidade, pela Comissão Política Nacional do partido, representa um “processo normal de selecção”, que tornará “mais fortes aqueles que souberam impor os seus pontos de vista”.
Quer “continuar a apresentar trabalho feito. O actual executivo tem uma boa imagem perante a população, pois é composta por uma equipa jovem e dinâmica e que reúne várias sensibilidades”
Sobre a lista apresentada, que articulava os nomes de Pedro Paredes e de João Massano, o candidato socialista explica que esse acto “ficou bem a Vítor Ramalho”, embora não se tratasse de “um processo de união, mas sim de selecção”.
Mantém a decisão de não integrar Massano na lista para o Executivo e diz que está a escolher criteriosamente as pessoas com mais perfil para o lugar de vereador, para não acontecer como há quatro anos, que foram escolhidos à pressa.

JOÃO MASSANO, “apesar de ainda não ter uma posição pública sobre o assunto”, a decisão da Comissão Política Nacional “coloca em causa as estruturas do próprio partido no concelho e no distrito”.
Diz que não se candidata como independente, uma vez que “não é militante do partido há apenas dois anos”.

VITOR RAMALHO, Presidente da Federação de Setúbal - a decisão agora tomada “está suportada na total legalidade do PS”. Diz que um estudo de opinião, realizada à população alcacerense, “apontava o nome do actual presidente como a escolha certa para ganhar, uma vez mais, a autarquia”. Pesou na decisão, segundo Ramalho, o facto de Paredes ter ganho a câmara municipal para o PS e o facto de a população considerar que o partido, “na sua globalidade, fez um bom trabalho ao longo do mandato”.
PORTUGAL SEM FOGOS DEPENDE DE TODOS


Por CARLOS LOPES
deputado

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos

Tendo o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais entrado no início deste mês no seu período mais crítico – a Fase Charlie – importa recordar que os incêndios florestais constituem a principal ameaça à sustentabilidade e desenvolvimento do sector florestal em Portugal.

O Governo, consciente das consequências sociais, ambientais e económicas dos incêndios florestais, assumiu o compromisso com a sociedade portuguesa de mitigar este flagelo. E foi com esse desiderato que definiu como prioridade, logo após os incêndios de 2005, o desenvolvimento de uma política sustentável para a Defesa da Floresta Contra Incêndios.

E hoje, no final da legislatura, é com agrado que reconhecemos a grandeza da dimensão do trabalho desenvolvido. Foi construída uma política responsável, erguida com a colaboração dos vários agentes de Protecção Civil. Um virar de página face ao passado.

“Portugal a arder…”, “A Guerra do Fogo!”, “O que falhou no combate aos incêndios?”, “Durão temeu que o desastre se propagasse ao litoral”, “Inferno – Fogo sobre Portugal”, eram frases que faziam manchetes e abriam os noticiários em 2003.

Nesse verão fatídico, assistimos a um pais em caos, a um Governo que quando meio Portugal já ardia via o seu primeiro-ministro, José Manuel Durão Barroso afirmar que “há meios suficientes no terreno”. Um dia depois, à saída de uma reunião de urgência do Conselho de Ministro declarava o “estado de calamidade pública”. A tal “política de verdade” que o PSD tanto apregoa…

Felizmente, o Governo mudou. Hoje, fruto da acção governativa, os portugueses sabem que podem contar com uma Protecção Civil moderna e organizada. Hoje, a população portuguesa encara com optimismo a luta contra os incêndios florestais.

Os portugueses sabem, sobretudo, que o sucesso da política do Governo resultou de reformas institucionais e legislativas responsáveis. A aposta no profissionalismo, na organização do sistema, na coordenação e na instituição do comando único na prestação do socorro, foram decisões cruciais para os bons resultados alcançados.

Neste processo, merece ser sublinhada a forma exemplar como a secretária de Estado da Protecção Civil, na prossecução do Programa do Governo, soube gerir o processo de criação das equipas de intervenção permanente sem minimizar o papel do voluntariado, a quem devemos muito e que em nosso entender está finalmente a ganhar uma nova dimensão, conducente a um associativismo humanitário cada vez mais forte no seio da sociedade civil. Neste momento estão protocoladas 135 equipas, num total de 675 efectivos. O PS prometeu, o Governo cumpriu!

Os deputados da Assembleia da República, que nesta legislatura fiscalizaram e acompanharam de perto a política do Governo nesta área, quer nas comissões parlamentares quer no terreno, puderam verificar a mudança operada nestes quatro anos. Os três relatórios publicados são claros quanto a essa avaliação positiva.

De facto, Portugal está hoje melhor preparado para enfrentar os incêndios florestais. Melhor preparado, porque reforçou a capacidade de resposta com mais Equipas de Intervenção Permanente, mais “Canarinhos” na Força Especial de Bombeiros e mais elementos no Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR. Melhor preparado, porque programou atempadamente o dispositivo e o seu faseamento. Melhor preparado porque dotou o Dispositivo Integrado de Combate aos Incêndios Florestais de meios de comunicação e reforçou a capacidade de coordenação da gestão por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos.

Temos plena consciência que o combate aos incêndios florestais é uma missão complexa (e este Verão, em particular, não se adivinha fácil), mas o Governo e a política que tem implementado neste domínio são merecedores da nossa inteira confiança.

Portugal sem fogos, depende de todos!

O feroz e os mansos

Por Vitor Cunha

Afinal os “ferozes” pedem desculpas e são intransigentes na defesa da dignidade das pessoas e das instituições. Os outros, ou seja, os “mansos” permitem todas as ofensas e, objectiva­mente, dão-lhe o seu apoio e cobertura

O recente episódio protagonizado por Manuel Pinho na Assembleia da República provocou nos meios de comunicação social a inevitável orgia de comentários, críticas, mesas-redondas, colóquios – tudo, como é costume, até à náusea, condimentado pela demagogia reinante.

Num tempo em que os sábios aparecem como míscaros em ano propício, nós os simples mortais ficamos estarrecidos com o siciliano silêncio das mentes brilhantes que enxameiam as tribunas com tantos fariseus com vestes de profetas.

Pensava eu que a reacção de José Sócrates, pedindo desculpas em nome do Governo e substituindo Manuel Pinho (um excelente ministro, na minha opinião) no ministério, suscitasse o mais vivo aplauso. Aqui estava uma decisão de enorme sentido de Estado, exemplar para a tão badalada e controvertida “qualidade da nossa democracia”.

Pois, o que tem vindo a acontecer em situações semelhantes?

Há uns anos, Mário Soares foi agredido na Marinha Grande por militantes do PCP. Não me recordo de ouvir dos dirigentes deste partido um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático!

Há poucos meses na mesma Assembleia da República, um deputado do PSD, em tom bem audível e com gestos ameaçadores, desafiava um deputado do PS para resolverem um diferendo de opinião “lá fora”, ou seja, como preconizava Eça de Queiroz “à bengalada”. Não me recordo de ouvir da presidente do PSD um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático!

Há dezenas de anos que Alberto João Jardim, mais ou menos histriónico, mas sempre vociferante, insulta soezmente, os titulares de órgãos de soberania. Não me recordo de ouvir a nenhum Presidente do PSD um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático! O homem tem aquele feitio e já foi declarada a sua impunidade!

Há bem pouco tempo, Vital Moreira, candidato a deputado europeu, foi insultado, quase agredido fisicamente numa manifestação organizada pela CGTP. Não me recordo de ouvir dos seus principais dirigentes ou do PCP um imediato pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático! Entre subterfúgios e evasivas ficou Vital Moreira avisado que não se deve meter onde não é chamado! É que “estava mesmo a pedi-las…!”.

A título exemplificativo aqui temos, no seu melhor, a defesa intransigente da “qualidade da nossa democracia”, o respeito pelas Instituições, a tolerância, etc. etc.

Pensava eu que na linguagem metafórica cultivada ultimamente até à exaustão, com especial destaque pelo jovem agricultor Paulo Portas, na sua versátil retórica de feirante, isto sim, indiciava comportamentos e atitudes de “animal feroz”. Porém, não ouço dos sábios, muitos dos quais o Mestre Aquilino Ribeiro compararia às bezerrinhas que em todas as vacas mamam, nem aos oráculos cujos anúncios tresandam a naftalina, uma só palavrinha…

E fico a pensar cá para mim neste absurdo linguístico: afinal os “ferozes” pedem desculpas e são intransigentes na defesa da dignidade das pessoas e das instituições. Os outros, ou seja, os “mansos” permitem todas as ofensas e, objectivamente, dão-lhe o seu apoio e cobertura.

Parafraseando Torga que não foi sábio, mas poeta, “que pestilência, quando o futuro esventrar o cadáver deste tempo português”. Com a devida vénia, acrescento eu: o cadáver dos “mansos”.

Por uma nova economia verde

Por uma nova economia verde, rumo à sustentabilidade


Por Humberto D. Rosa
Secretário de Estado do Ambiente

Impõe-se que o PS adopte um programa político visionário e ambicioso, que olhe mais além que a simples superação da crise económica

Uma estratégia de governação com sentido político tem de ter em conta o cenário de crises múltiplas com que o mundo se vem defrontando. Está em curso uma crise financeira e económica sem precedentes, fruto do fracasso do neoliberalismo e do capitalismo desregulado; o risco de nova crise do preço dos combustíveis fósseis paira ainda, na perspectiva da retoma económica vir a fazer disparar de novo a procura de petróleo, com as reservas mundiais no seu pico de exploração; a passada crise do preço dos cereais mostrou como a fome e a pobreza podem emergir inesperadamente, por fragilidade do sistema mundial de produção alimentar; a crise de perda de biodiversidade, danificando os serviços que os ecossistemas naturais prestam à humanidade, decorre paulatinamente em toda a parte, dos oceanos aos continentes; e a crise climática está aí à vista, evidenciando um aquecimento do planeta por efeito de estufa maior e mais rápido que o que se podia antever.

O significado último deste conjunto de sinais globais de crise é simples de divisar: o mundo atravessa uma crise geral de sustentabilidade do desenvolvimento humano. Vivemos uma era em que a globalização é já uma realidade, mas que assenta em pressupostos frágeis e insustentáveis: recurso a combustíveis fósseis, consumo de recursos naturais acima da sua capacidade de regeneração, desperdício e ineficiência no consumo, descontrolo populacional e na utilização de solos, águas e mares, tudo sob escassa regulamentação ambiental, financeira e social. Por isso, a mais nobre tarefa da política nos dias de hoje é a de mudar o modelo reinante de desenvolvimento económico, aproveitando a reacção às crises para reformar profundamente a economia, tornando-a capaz de gerar empregos e riqueza numa base duradoura, e de restabelecer e respeitar os sistemas naturais de suporte de vida que o planeta disponibiliza, e de que a humanidade depende.

O socialismo democrático é de longe a família política melhor colocada para esta tarefa. Sempre fomos pela adequada regulamentação das actividades financeiras e económicas, em vez de deixar rédea solta ao “mercado”; sempre fomos adeptos do multilateralismo e da cooperação internacional necessários para uma governação global, em vez de tendências nacionalistas; sempre favorecemos o primado da solidariedade social, da equidade e da qualidade do ambiente, em vez do crescimento económico como objectivo em si mesmo. É por isso que se impõe que o PS adopte um programa político visionário e ambicioso, que olhe mais além que a simples superação da crise económica. Seria patético se os muitos biliões de euros mobilizados em todo o mundo para reparar os danos da crise financeira, mais não fizessem que restabelecer uma economia pós-recessão nas mesmas bases insustentáveis, com os mesmos riscos, e a mesma tendência para uma sequência de crises e ameaças.

Os investimentos e as apostas políticas de um Governo do PS devem direccionar-se para a criação de uma economia sob um novo paradigma de desenvolvimento sustentável – uma economia verde –, transformando o cenário de crises múltiplas em cenário de oportunidades, e libertando Portugal do jugo da dependência de combustíveis fósseis. Os fundos e investimentos mobilizados para fazer face à crise económica têm de dirigir-se prioritariamente à eficiência energética, em particular nos edifícios e serviços, às energias limpas e renováveis, aos transportes sustentáveis, como os veículos eléctricos e a ferrovia, e à criação de novos empregos mais qualificados, menos transferíveis para outros países. De igual modo é imperativo dar prioridade à sustentabilidade das práticas agrícolas, florestais, e pesqueiras, e à gestão eficiente de águas, efluentes e resíduos, como peças fundamentais que são de uma economia e sociedade renovadas. A fiscalidade terá de continuar a evoluir no sentido de se eliminarem incentivos perversos a práticas insustentáveis, seja na agricultura, nas pescas, nos transportes ou na energia, antes desincentivando essas más práticas e incentivando as opções sustentáveis, como é já hoje uma realidade palpável na fiscalidade automóvel. A política de ordenamento do território, de cidades e de uso do solo deve ser reorientada por padrões de sustentabilidade, de combate e adaptação às alterações climáticas, e de manutenção e reforço do capital natural e dos serviços dos ecossistemas. A descarbonização da economia e da energia tem de ser prosseguida em todas as frentes, como verdadeiro motor que é da inovação tecnológica, da competitividade e de novos empregos.

As alterações climáticas são hoje uma das maiores ameaças que a humanidade tem de enfrentar, decorrendo a um ritmo e escala maiores que antes suposto. Portugal é em simultâneo um país com metas ambiciosas de redução de emissões e de recurso a energias renováveis, e é também um dos países europeus que será mais afectado por esta ameaça. Devemos por isso reforçar a ambição e reputação internacional de Portugal como país que decidiu optar por soluções inovadoras para rumar a um desenvolvimento sustentável, saindo da actual recessão com a criação de uma economia verde, de baixas emissões, geradora de empregos e riqueza numa base duradoura, com qualidade ambiental reforçada, e capaz de atrair investimentos em novos sectores de grande potencial.

visitação diária recorde do nosso blog

Ontem, o nosso O SÁDÃO, teve visitação diária recorde, ao atingir 1.057 visitas entre as 00h00 e as 24h00.
Nas últimas semanas, a média diária de visitas situou-se em torno de 700 e, em três dias, aproximou-se de 1.000. Mas ontem, o relógio eletrónico marcou a ultrapassagem do número mágico do milhar.
Aos nossos leitores agradecemos o interesse.

Os Cornitos do Ministro Manuel Pinho


ESTE PAÍS ESTÁ UM RISO

Este País está cheio de graça! “Graça” teve-a o, então, Ministro da Economia, quando, no Parlamento, quis dar uma marrada em Sua Exª o deputado Bernardino Soares ou, quiçá, em todo o grupo parlamentar do PCP. Este País ficou um riso! A partir daquele instante, assistiu-se...
...a uma inquietude de todo o plenário que, vestindo-se de forcado com jaqueta cor-de-rosa, laranja, azul, vermelho, vermelhão e verde, saltou para a «arena» na ânsia de uma pega frontal ao dr. Manuel Pinho. Depois, foram muitos os que se foram chegando à frente, durante os últimos dez dias. Púdicos, ei-los na praça com uma farpa ou ferro na mão, como se a virgindade fosse a maior virtude seguida naquela «casa».

Ei-los, a debitar boas regras, bons usos, bons comportamentos, boas atitudes, porque o Parlamento merece, e é-lhe devida, dignidade, elevação e ética. E, contudo, muitos (graças a Deus que há gente ponderada) destes senhores de alto coturno, de alto gabarito, de elevada intelectualidade, de insuspeita moralidade, defensores da lei, da ordem e dos costumes, da legitimidade democrática, são os primeiros a vilipendiar as boas maneiras cívicas, as normas de educação, de correcto tratamento mútuo e do bom relacionamento inter-pares.

Em cada sessão há quem seja o exemplo completo e, até perfeito, da desconsideração, do desrespeito pelo outro. Eis muitos destes senhores, agora tão incrédulos e amofinados perante o insólito gesto chifrudo de um ministro politicamente adolescente, esquecidos de si mesmos, dos hábitos costumeiros de insultar este, aquele e aqueloutro, deslembrados dos seus jogos de chacota e de rouquejarem dichotes sobre opositores, não se cansaram de tecer uma toalha de fino linho, como se a gente nunca os tivesse ouvido dizer coisas abomináveis.

Mas como um gesto vale mais que mil palavras… Tudo isto tem feito escola na instituição política mais importante do País. Tudo isto tem sido impresso em cartilha que o povo lê. O Parlamento Português é, assim, uma casa de pequenos demónios que vivem de permanentes intrigas… que saboreiam ridentes e escondidos atrás das portas ou depois nos seus esconderijos preferidos.

Mas a insolência e a malcriadez tem uma solução. Crie-se um curso de novas oportunidades destinadas para certos deputados e futuros ministros eleitos, com frequência obrigatória de Outubro a Dezembro que é o tempo suficiente para concluírem o 12º ano. Ministrem-lhe aos fins de semanas três disciplinas básicas: Literatura Portuguesa ( estudo dos clássicos, bem como de Garret, Camilo e Eça), Educação Cívica e Boas Maneiras e História Contemporânea/século XIX.

Talvez deste modo se possa evitar aquilo que se dizia no século XIX - “o Parlamento é uma vergonha” - bem como o que se comenta no século XXI: O Parlamento está uma vergonha. Para um e outro tempo as evidências discursivas filiam-se num quadro de ausências: Não há eloquência! Não há sapiência! Não há ciência! Não há decência! Não há virtude! E nós, que ainda os vamos ouvindo, de vez em quando, acabamos por ficar como muitos dos senhores deputados e ministros: insensatos, incoerentes, insolentes, intolerantes, coléricos e doidos! …

30/07/09

Cabeças de lista dos partidos

Lista dos cabeças de lista dos partidos à Câmara de Alcácer:

PS - Pedro Paredes

CDU - António Balona

PSD - Joaquim Granito

BE - Ana Penas

CDS - Teresa Noronha


Nao se preve o aparecimento de listas independentes

ANA PENAS CABEÇA DE LISTA À CÂMARA PELO BE

Já tínhamos avançado há dias, o nome de Ana Penas para cabeça de lista da Bloco de Esquerda, à Câmara de Alcácer.
Agora podemos confirmar aquele nome com toda a certeza.
Ana Penas é antropologa e professora de Geografia. Foi fundadora e é actriz do Teatro do Rio. Esta companhia de teatro vem tendo importante papel no panorama cultural de Alcácer, levando a cena frequentes peças, com uma qualidade assinalável

O ESFORÇO ESTÓICO DE TERESA E DO CDS (2)


COLUNA SOCIAL


O interesse por Alcácer está a aumentar.
Também o CDS não quis deixar de apresentar candidatura à Câmara. Primeiro mandou enviados à PIMEL fazer contactos políticos, depois, namorou o PSD, assediou socialistas descontentes, convenceu Teresa Noronha que na tourada consultou Paredes. Presidente e Vice Presidente da Distrital correram, a Alcácer, montar estratégia.

No passado sábado - dia de todas as decisões - escrevemos, em um punhado de capítulos, uma caricatura do que foi esse esforço estóico do CDS e aqui publicaremos um capitulo, por dia. Para melhor compreensão, aconselhamos a leitura do capítulo I.

Capitulo II

Não sei se deva
Ou se interesse.
Sei que me maça.
Então porque vou?
Porque acho graça!

Se não há Paredes,
não podíamos pensar em Massano?
Ou Clemente?


Não era um sonho qualquer. Era uma sensação tão boa aquela que se apoderou do subconsciente de Teresa, que lhe fez percorrer caminhos longínquos sem fim à vista, como se do horizonte se tratasse.
_Será que este sonho se pode tornar realidade?
Perguntava Teresa a si própria, no seio do próprio sonho.
_Se calhar nunca se irá transformar em realidade.
Perguntava ainda, ao próprio sonho, na esperança que ele respondesse sim.
E então Teresa, via-se sentada em cadeirão majestoso, de veludo cor de ouro velho e, ao mesmo tempo, no meio de enorme multidão que a aclamava
Entusiasmada, fazia um inebriante improviso, da sacada do palácio.
_Tornei-me incontestada, soberana. Se fosse um instrumento musical, produziria a mais bela das músicas. Sei que não posso dizer nada dessas coisas a quem quer que seja, mas juro que é verdade. Pela primeira vez na vida, eu, mulher da Física, entendi o que queriam dizer na Idade Média, quando falavam da harmonia das esferas. Estou fora, e não apenas vejo as estrelas, também as ouço.
Neste mundo, tudo se dá ao mesmo tempo: poesia, a maneira integral como vivem; é muito sedutor para as pessoas que vêm de algum lugar onde quase tudo está errado. A conseqüência é que tudo, ou quase tudo, se aniquila.

De repente, Teresa perdeu a multidão, o púlpito, e encontrou-se só, não sabendo onde, mas, aparentemente, nos pátios de sua casa, e viu três homens, espécie de soldados, abordá-la e que a meteram numa carroça puxada a cavalo e a levaram a galope, sem lhe dizer para onde.
_Será que estou a sonhar? Será um espírito sofredor, confuso, perdido ou vingativo?
Faço uma prece por ele, e peço a protecção de Deus, de Jesus, do anjo guardião e dos bons espíritos que por mim se interessem e que estejam dispostos a ajudar-me.
Se fiz mal, que me seja permitido reparar esse mal, com bem. Pois o mal só se repara com o bem. Tu, espírito sofredor, podes ver o exemplo dos bons espíritos e perceber que são felizes, ao contrário de ti. Que basta arrependeres-te para as forças do bem te estenderem a mão. E Deus sabe que não vais mudar de um dia para o outro, mas Deus não nos exige impossíveis!
E se és um espírito protector, agradeço-te a protecção - espírito protector - e agradeço a Deus.

Acabavam de se quedar à porta de um palácio e, dois daqueles três homens, severos e grosseiros, logo a puxaram para que descesse e a empurraram escadaria acima. As primeiras portas eram de madeira espessa e estavam escancaradas. Eram servidas por dois escadarios de pedra opostos e que davam no mesmo patamar. Passadas as primeiras portas, havia outras de vidro, que Teresa contornou e que davam para um grande hall onde nasciam mais escadas, em mármore branco, que a meio se faziam em duas e no cimo das quais os soldados lhe indicaram uma porta opaca, por onde entrou, vendo-se, de repente, num salão grande e luxuoso e em cujo topo havia um estrado alto e a meio dele, um trono de rei, pintado a ouro novo, no qual estava sentado um homem com uma coroa na cabeça e um bastão e que lhe pareceu ser seu conhecido. José, João, Pedro, António, Joaquim?!...Pelo que se aproximou dele e tímida, mas esperançadamente, lhe falou familiarmente e com alívio!
_Eu conheço-te! Ai Graças a Deus!
Mas o homem impávido e imóvel, pronunciou grosso e pausadamente:
-Eu quase esperei!
-Repara o estado em que estes homens me trouxeram para aqui - suplicou Teresa.
E o homem sentado no trono, respondeu novamente no mesmo estilo pesado e pausado:
_Disseste estado?! O Estado sou eu.
Teresa encheu-se de medo!
Para encobri-lo olhou de frente, o homem do trono, fez peito e firme a voz e disse alto:
_Não tenho medo da vida, tenho medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Teresa achou o homem do trono fulminado e insistiu:
_Julgas-te algum imperador ressuscitado das nossas ruínas romanas, é?!
O que tem isto a ver com os dias de hoje? Com a globalização, com a competitividade que exige excelência, racionalidade e o despoletar das energias de todos, com a democracia?!
E gritou:
_Não há mais lugar a Reis déspotas, prepotentes, absolutos, desumanos, que querem que todos venham servi-lo, bajulá-lo, fazer-lhe mesuras e rapapés!
E parou. Baixou o olhar. Fez-se ouvir um silêncio sepulcral. Levantou o olhar, lentamente.
O trono estava vazio. Perguntou:
_Mas afinal quem é que estava ai sentado?! Era o Pedro?! Era o João?! Quem era?!
E o cadeirão de ouro, agora era pintado a azul e amarelo e nas costas tinha um emblema de clube político, de cor azul e amarelo também, composto por duas setas e uma bola no meio delas. e logo o deixou de ver, para logo o ver de novo e logo o deixar de ver outra vez e assim sucessivamente...
Olhou em redor, não havia soldados, ninguém!
Saiu sorrateira, daquele nobre salão, desceu afugentada as escadarias, abandonou em fuga o palácio e correu desesperadamente muralha fora.
Mas que estranho! Ao acabar a muralha encontrava-se, afinal, em frente ao palácio a olhá-lo admirada ou seduzida. Queria explicar-se, mas não havia a quem. Nas suas costas, Pedro Nunes balbuciou:
-Porque desesperas?!
Teresa virou-se e correu para seus braços:
- Tu que és sábio, o mais sábio de Alcácer, explica-me tudo o que vai por aqui, o que vai neste palácio!
-Pedro Nunes pousava a mão direita na cabeça de Teresa e começava a falar, no instante em que acordou e a vivência daquele sonho, foi tão emocional e intensa, que lhe provocou um acordar repentino e assustado, a um tempo de alívio mas, também, de pena por deixar de vaguear pelo poder e não ter ouvido os conselhos do Mestre.


amanhã leia o capitulo III
Por Joel Hasse Ferreira
(Professor Universitário)

Os Pais do Monstro e o Desenvolvimento

Cavaco Silva e M.Ferreira Leite


1. Os cidadãos e as cidadãs razoavelmente informados foram gradualmente percebendo que o Pai do Monstro Orçamental dava pelo nome de Aníbal Cavaco Silva e a Mãe do Monstro respondia pelo nome de Manuela Ferreira Leite. O Professor Ricardo Reis, da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, refere que “o maior aumento da despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes. Segue-se o governo de Cavaco Silva”. Como sabemos, Barroso, mesmo quando era Durão, não sabia nada de Finanças, embora, parafraseando Fernando Pessoa, “consta que tivesse biblioteca”. Era, então, a inefável Dra Manuela Ministra de Estado e das Finanças. Já tendo o Monstro Pai e Mãe, o “menino-guerreiro” terá que se contentar com o “honroso” título de Padrinho do tal Monstro Orçamental.




2. Não é só pelo aspecto orçamental que o Governo de Manuela Ferreira Leite seria perigoso, mas porque conduziria também a uma brutal redução do investimento público e a uma diminuição das condições favoráveis ao investimento privado. A patética tentativa de pseudo- racionalização do Estado em 2002/2004 passou pela confusa fusão, sem qualquer rigor ou critério, a esmo e à “martelada”, de organismos públicos, o que diminuiu a eficácia global e específica das estruturas da Administração Pública e não teve nenhum efeito relevante no plano da contenção de custos.



3. Quanto ao distrito, sabemos bem o que fizeram os “campeões laranja e tangerina”. Entre outros feitos, assumiram a responsabilidade de anular no PIDDAC, as verbas propostas pelo então Ministro Valente de Oliveira para completar os estudos sobre a terceira Travessia do Tejo, a ponte Chelas - Barreiro. Voltariam, certamente, todos ufanos, a cometer o mesmo “pecado”, com o apoio entusiástico de quem iria combater os investimentos, a criação de empregos, o desenvolvimento das empresas, bem como as infra-estruturas necessárias para a comodidade dos cidadãos e o melhor funcionamento das organizações empresariais.

29/07/09

PS FORMA LISTAS A TODO O VAPOR

Estão quase prontas as listas PS.
Ontem, o Presidente da Federação, Vitor Ramalho, esteve em Alcácer, a trabalhar com o grupo de trabalho de apoio a Paredes, transmitindo a sua longa experiência em campanhas eleitorais.
Para a lista do Executivo certos estão, apenas, os segundo e terceceiro lugares (os actuais vereadores Helder Serafim e Isabel Vicente). Paredes declarou-nos que tem vários nomes interessados para o lugar de vereador, mas que ainda está a ponderar quem tem melhor perfil para o lugar.
Mariana Caixeirinho, que tem sido falada para quarto lugar na vereação, está fora de hipóteses. Paredes reconhece-lhe instinto e capacidade mobilizadora, mas entende que não tem o perfil adequado e o conhecimento técnico necessário, embora possa constar em lugar não elegível.
Massano não constará da lista para o Executivo, mas poderá ter lugar de destaque na Assembleia Municipal, provavelmente o segundo da lista -lugar que está, por agora, destinado a Clemente. Paredes diz que Massano se manterá como Administrador da EMESUAS até ao fim do mandato e que, se ganhar, pode mantê-lo como Administrador naquela empresa, desde que ele tenha o desempenho que ele requerer.
Para a Junta de Freguesia de Santiago concorre Rita Rito, em quem Paredes põe muitas esperanças, o mesmo acontecendo com Anabela, para a Junta da Comporta, que vai aparecer com uma equipa nova.
Felismino Coelho, recandidata-se à Junta de Santa Maria. O mesmo acontecendo no Torrão com Décio Fava e, Pedro Repolho, concorre a S. Martinho

O PS está, assim, a formar as listas às claras, marcando mais esta diferença em relação aos outros partidos.
Comunicado da Comissao Politica Concelhia do PS

Nota de Imprensa

No âmbito do lamentável e vergonhoso processo de escolha dos candidatos autárquicos do Partido Socialista em Alcácer do Sal, a Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal tomou conhecimento, através dos meios de comunicação social, que a Comissão Política Nacional avocou o processo de designação dos candidatos aos órgãos autárquicos de Alcácer do Sal, tendo, nessa sequência, definido como candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Alcácer do Sal Pedro Paredes;

Tal notícia não deixa de ser surpreendente por duas ordens de razões:

1.ª- A Comissão Política Concelhia, de acordo com os Estatutos que regem a actividade do Partido Socialista, definiu e aprovou a lista dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Alcácer do Sal;

Esta foi uma decisão legítima, legal e democrática, não se compreendendo as razões da sua não aceitação, já que a mesma reuniu o consenso de grande parte dos socialistas de Alcácer do Sal, como, aliás, mostram as evidências;

2ª- Assente num alegado «Abaixo-Assinado», a Federação do Distrito de Setúbal, inusitadamente e sem grande sucesso, tentou avocar o processo de designação dos candidatos a Alcácer do Sal, não reunindo os 2/3 necessários para esse efeito;

Não obstante nunca termos visto tal «Abaixo-Assinado», foi-nos dito que o mesmo conteria afirmações difamatórias susceptíveis de lesar o bom nome e a honra de membros do Partido Socialista local que tanto têm feito pelo nosso Partido, designadamente levando-o à conquista da Câmara de Alcácer do Sal há 4 anos atrás, acontecimento até aí inédito;

Aparentemente, a própria Federação terá entendido que a designação dos candidatos do Partido Socialista a Alcácer do Sal só aos socialistas alcacerenses diria respeito, pelo que a escolha já feita seria válida e definitiva.

Foi nosso entendimento que o assunto estaria encerrado.

Estranhamente, a Comissão Política Nacional, e na sequência do «chumbo» da Federação, resolveu, ela própria, avocar o processo.

Mais estranhamente, a mesma Comissão Política Nacional resolve em sentido manifestamente contrário àquele que havia sido o entendimento, válido e legítimo, da Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal, sem sequer ouvir esta em todo este processo.

Tal contraria em tudo o que é, ou julgavamos ser, a cultura democrática do Partido Socialista, atropelando regras e princípios que se consideravam sólidos e incontornáveis.

Perante tão grande atropelo, é compreensível a indignação e não aceitação por parte daqueles que haviam legal e democraticamente escolhido as pessoas que entendiam indicadas para se candidataram aos órgãos autárquicos em Alcácer do Sal, ainda mais, quando não foram «vistos nem achados» na decisão desta Comissão Política Nacional, que se limitou, cega e surdamente, a fazer tábua rasa daquilo que havia sido uma escolha conscienciosa, interessada e militante.

Face a este lamentável cenário, a Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal do Partido Socialista, dentro dos valores da verdade, transparência e lealdade, vê-se assim obrigada a esclarecer a opinião pública, em geral, e os camaradas em particular, relativamente ao que se passou, deixando claro que a decisão tomada pela Comissão Política Nacional do Partido Socialista quanto à definição dos candidatos para os órgãos autárquicos de Alcácer do Sal foi feita à sua total revelia e com o seu pleno desconhecimento.

28/07/09

Teresa Noronha candidata pelo CDS

Ficou decidido na noite de hoje, que Teresa Noronha é a cabeça de lista pelo CDS à Câmara de Alcácer.
Teresa Noronha, declarou-nos que não é politica mas que aceitou por querer dar um contributo para a vida social e politica de Alcácer.
A reunião, que terminou há cinco minutos, contou com a presença do Presidente e Vice Presidente da Distrital.
Teresa Noronha que vai agora formar as listas e não tem a pretensão de conquistar lugares, é tida como pessoa querida na juventude de quem foi professora. É formada em Ciências Físico-Químicas e professora na Escola Secundária de Alcácer.

O Esforço Estóico de Teresa e do CDS


COLUNA SOCIAL


O interesse por Alcácer está a aumentar.
Também o CDS não quis deixar de apresentar candidatura à Câmara. Primeiro mandou enviados à PIMEL fazer contactos políticos, depois, namorou o PSD, assediou socialistas descontentes, convenceu Teresa Noronha que na tourada consultou Paredes. Presidente e Vice Presidente da Distrital correram hoje, a Alcácer, montar estratégia.

No passado sábado - dia de todas as decisões - escrevemos, em meia dúzia de capítulos, uma caricatura do que foi esse esforço estóico do CDS e aqui publicaremos um capitulo, por dia.


Capitulo I


Não sei se deva
Ou se interesse.
Sei que me maça.
Então porque vou?
Porque acho graça!

Se não há Paredes,
não podíamos pensar em Massano?
Ou Clemente?

Era madrugada de sábado, dia de Teresa acordar fora de horas, compensando aquela obrigação na semana, de andar a toque da campainha da escola.Ossos do oficio!
Na véspera, depois do jantar, saíra apenas a dar um pequeno passeio e, às dez, já estava de volta, estendida na cama, com um livro aberto sobre o peito, a bocejar. Não passariam de onze e meia quando pegou no sono - e fizera por isso - porque ao contrário do que é habitual ao sábado - neste - queria acordar cedo para saber de Paredes, seu amigo e de Massano, seu ex-aluno. Até resolveu deixar a net ligada para ser mais rápida a consulta a O SÁDÃologo que acordasse.
Esta noite não era, para Teresa, uma noite qualquer.
Ela havia lido, durante o dia, em O SÁDãO, que na noite de sexta para sábado, o PS Nacional decidia, em definitivo, se o candidato à Câmara, era Paredes ou Massano, pelo que desejava dormir a noite de um sono e acordar bem cedo!
Mas, a ansiedade, breve a faria acordar, em sobressalto!
_Será que já se sabe? Será que O SÁDÃO já tem a noticia?
Correu ao computador, a O SÁDÃO, mas ainda nada.
Sim! Para Teresa não havia dúvida que era bem singular não ter amanhecido... indo abrir uma das janelas da varanda, para se certificar.
Qual não foi, porém, a decepção quando, interrogando o nascente, deu com ele ainda completamente fechado e negro e, baixando o olhar e levando-o para sul, viu a cidade afogada em trevas e sucumbida no mais profundo silêncio!
Oh! Era singular, muito singular!
No céu as estrelas pareciam amortecidas, de um bruxulear difuso e pálido; nas ruas só os lampiões se acusavam. Nenhum operário passava para o trabalho, não se ouvia o cantarolar de um pássaro, o rodar de um carro, nem o ladrar de um cão.
Singular! Muito singular!
Voltara ao quarto para, às apalpadelas, procurar o seu relógio de pulso e depois o do marido, que também não achou. Não queria acender a luz, para não acordar o senhor seu marido, que dormia como um justo e que até lhe podia responder mal!
Saiu silenciosamente do quarto e correu ao pequeno relógio de sala, pousado no aparador de século. Marcava meia noite e qualquer coisa. Nem queria acreditar! Levou-o ao ouvido com a avidez de quem consulta o coração de um moribundo; não pulsava: tinha esgotado toda a corda. Mas Teresa fê-lo logo, começar a trabalhar de novo.
_Mas que horas serão estas?
Interrogava-se, também para poder acertar o relógio.
_É singular! muito singular!
Repetia, calculando que, se o relógio esgotara toda a corda, era porque então havia dormido muito mais ainda do que supunha e desejava e, certamente, atravessara um dia inteiro sem acordar e entrara, do mesmo modo, pela noite seguinte.
_Mas que horas serão?...
Achou que tinha mesmo que acordar o marido, para que ele lho dissesse, pois deveria saber aonde tinha o seu relógio e que ela não achava. Mas entendia inútil, que ele, por certo, não estaria para tal solicitação. Ainda assim, decidiu fazê-lo.
Acendeu a luz e carinhosamente:
_acorda homem! diz-me as horas.
_Hã, hum! Que horas? Não vês que é de noite?! Dorme mas é, e deixa-me a mim dormir...
Balbuciou lugubremente, enquanto fazia um giro sobre si mesmo e agarrava o travesseiro para com ele tapar a cabeça.
_Mas para que raio queres tu as horas, a estas horas?!
_É por causa da politica, da candidatura, do CDS, eu...
_Ora essa! Não queres lá ver que doravante o meu sono é que vai pagar, por te andares a meter lá nessa coisa da politica! Ainda vais ficar louca como os outros! Dorme, já te disse.
Teresa não insistiu e tornou à varanda, para consultar de novo, aquela estranha noite, em que lhe parecia que as estrelas já desmaiavam, mas não chegava a aurora. E a noite nada lhe respondia, fechada no seu egoísmo surdo e tenebroso.
_Que horas serão?!... Se ao menos ouvisse algum relógio da vizinhança! Ah, vou esperar pelo relógio de Igreja, que ele bate de quarto em quarto de hora. Será o tempo de fumar um cigarro, debruçada no peitoril da janela, contemplando a noite pesada e misteriosa. Oh! Mas pelo relógio da Igreja só fico a saber as horas, na hora certa e isso pode demorar!..
De repente ficou completamente desperta, fez-se luz sobre si. Situou-se suficientemente na época moderna e, de uma só vez, lembrou telemóvel que tem horas, informativo telefónico que dá horas, computador que marca horas.
_Ai, mas que louca eu estava! E até podia ter descido ao pátio e consultar o relógio do carro.
Ávida, correu ao telemóvel, e também confirmou no computador.
Passava pouco das quatro. Não havia duvida para Teresa, que àquela hora, muito provavelmente, ainda a reunião do PS de Lisboa, não terminara, pois diziam que ia ser longa, que isto de decidir deputados, é coisa para muita discussão e, entre Paredes e Massano, também é obra...
_Oh, que desilusão! Ainda é tão cedo! Ainda não é para já! Isto da politica tem muito "entretulho". Nem sei se tenho paciência...bem, logo se verá!
Calma e pesadamente, arrastou-se silenciosa, para entrar, suavemente, na cama do casal, para não interromper o sono do marido que dormia pesado, agora atravessado, a toda a largura da cama..
_Vou tomar um "rivotril" para dormir descansada e acordar por mim, sem sobressalto.
O fármaco logo começou o seu trabalho de relaxamento e Teresa iniciou, tranquila, um sono doce. Os olhos começaram suavemente a fechar, breve deixou de ouvir o que quer que fosse, a respirar lentamente num padrão rítmico, os músculos relaxavam-se, o coração desacelerou, os padrões das ondas cerebrais teta e delta ficaram lentos e o cérebro começou então a deambular. Inconsciente para o que acontecia à sua volta, Teresa navegava, agora, no sublime sono REM e começava um sonho inicialmente lírico e musical, mas confuso entre ficção e realidade.


Amanhã: Capitulo II

PROCURA CRESCENTE PELO NOSSO BLOG

Ao fazer um ano de existência, o relógio electrónico do nosso blog, marcava 23.000 visitas, como então realçámos. Em menos dos cinco meses deste segundo ano, tempo decorrido, marca já, mais do dobro daquela cifra e, ultimamente, está a registar-se, uma afluência da ordem de 700 visitas dia..
Agradecemos aos leitores o interesse.
BE divulga lista ainda esta semana

Fomos informados que a lista do Bloco de Esquerda para as Autárquicas 2009, já està concluída na sua totalidade e com os pedidos das certidões de eleitores já entregues. E que até ao final desta semana será feito um comunicado de imprensa a nível distrital e local, com a divulgação da lista do BE às Autárquicas.

27/07/09

ANA PENAS CANDIDATA À CÂMARA PELO BE

É quase certo que O Bloco de Esquerda vai ter como cabeça de lista à Câmara de Alcácer, ANA Penas. Mais tarde contamos voltar a esta notícia

Teresa Noronha em preparativos CDS

Coluna Social


Não sei se deva
Ou se interesse.
Sei que me maça.
Então porque vou?
Porque acho graça!


Se não há Paredes,
não podíamos pensar em Massano?
Ou Clemente?



Daqui a pouco leia:
a caricatura do esforço CDS

GRANITO CANDIDATO PSD À CÂMARA

Em primeira mão

Joaquim Granito, acaba de ser escolhido pelo PSD nacional, para cabeça de lista à Câmara de Alcácer do Sal, após ter sido equacionada a hipótese de um nome de Almada, militante do PSD, todavia desconhecido em Alcácer.
Também a proposta apresentada pelo CDS ao PSD, para a elaboração de listas conjuntas, foi regeitada por este partido.
Em Alcácer o PSD não tem estrutura partidária e Granito objectiva constitui-la a partir, principalmente, da JSD, pois diz existir uma dúzia de jovens militantes.
Já tem sede de campanha, no largo do mercado, que Granito tenciona abrir dentro de uma ou duas semanas, inaugurando-a com uma conferência de imprensa.
J. Granito declarou-nos que o seu objectivo é meter um vereador e, principalmente, na esperança que a CDU e o PS metam 3, cada, o que colocava o PSD em posição de charneira. E que, para além disso, quer defender os interesses de Alcácer e estruturar o partido. Para tal está já à procura de uma sede definitiva, pois a acima referida é apenas para a campanha.

Joaquim Manuel Café Granito é natural de Alcácer, tem 66 anos e é pai de dois filhos.
Aos 16 anos foi trabalhar para o Tribunal de Alcácer, sem vencimento, benificiando apenas de alguma receita de registos criminais que preenchesse. Aos 18, entrou para a Secretaria da Câmara Municipal aonde esteve até ir para a tropa, tendo cumprido o serviço militar durante três anos e meio, no Estado Maior do Exército, no posto de furriel miliciano. Regressado da vida militar, voltou à Câmara, para responsável pelos serviços de água e electrecidade, com a categoria de aspirante.
Por concurso ingressou no BNU, aonde ocupou todas as funções e tendo chegado a responsável de balcão, função que exerceu durante dois anos até se reformar.
Diz ter sido sempre simpatizante do PSD, partido de que se tornou militante e activista, a partir de 1999. Actualmente é vogal da Assembleia de Freguesia de Santiago e foi candidato pelo PSD à Câmara, há 8 anos, não tendo sido eleito vereador.
Faz questão de afirmar que nunca viveu ou se serviu da política e que para ele fazer política é servir os interesses de Alcácer.

26/07/09

NOVAS FRONTEIRAS

Novas Fronteiras sobre economia

Pacto entre Estado e PME para a internacionalização da nossa economia

Um pacto com as pequenas e médias empresas para a internacionalização da nossa economia foi defendido pelo secretário-geral do PS, José Sócrates, no encerramento, no dia 4, do fórum Novas Fronteiras, na FIL, no Parque das Nações, onde anunciou que as qualificações, energia, alta velocidade e banda larga, a internacionalização da economia e as políticas sociais são as prioridades do programa de Governo que o PS apresentará nas legislativas.


Neste fórum dedicado à economia, José Sócrates reiterou que a “ambição” da “abertura” protagonizada pelo PS a todos os que queiram colaborar num programa de modernização do país “é uma questão política essencial”.

E sustentou que nunca como hoje “Portugal precisou tanto de um programa “assente nos valores da esquerda democrática e do centro esquerda”, como o “rigor e competência” para servir “o interesse geral”, mas também “a ambição da mudança e da modernidade”, já que, frisou, “a esquerda nunca teve medo do futuro”.

Mas também, acrescentou, o valor da “igualdade de oportunidades e igualdade social”, de forma a construir “um país mais competitivo e com mais justiça social”.

O secretário-geral do PS defendeu que é preciso responder à actual crise “com acção e iniciativa do Estado”, mas “com os olhos postos no futuro”, o que passa, na sua opinião, “por estruturar uma visão política, ter uma estratégia, ou seja, escolher as áreas prioritárias para o sucesso do país”.

E adiantou que “a nossa estratégia, as nossas orientações e palavras-chave que estão no nosso espírito são: qualificações, energia, alta velocidade e banda larga, a internacionalização da economia e as políticas sociais”.

As qualificações, disse, são a primeira prioridade, porque “é preciso continuar a aposta na educação, na ciência, no conhecimento”, já que, frisou, “nenhum país teve sucesso sem apostar nas qualificações do seu povo”.

Nesta área, Sócrates destacou o êxito do programa Novas Oportunidades, que conta com 800 mil portugueses inscritos, sublinhando que “mais qualificações contribuem também para a diminuição das desigualdades sociais”.

A energia, “onde se vai jogar o futuro dos países”, foi outra prioridade apontada pelo líder socialista, que defendeu o investimento no sector como “uma questão vital” para a redução do endividamento externo, mais oportunidades de emprego e mudança na nossa economia.

“A verdade é que o endividamento externo é um mal crónico, mas esse endividamento tem raízes estruturais e que cerca de 50% desse endividamento é devido à compra exterior do petróleo. Quanto mais reduzirmos essa factura, mais contribuiremos para que Portugal evolua nesse domínio”, disse.

O líder socialista salientou ainda que com a aposta do Governo nas energias renováveis “Portugal está no pelotão da frente neste domínio, onde já existe um ‘cluster’ industrial nas eólicas e nas hídricas”.

Por outro lado, José Sócrates apontou a internacionalização da nossa economia como outra prioridade do programa socialista, defendendo, para o efeito, “uma concertação estratégica entre o Estado e a iniciativa provada”, em particular nos sectores onde “somos mais competitivos” como turismo e madeiras e também nos sectores tradicionais como os têxteis e o calçado.

“O Estado tem um papel inestimável no sentido de promover a internacionalização das indústrias e empresas, em particular das pequenas e médias, já que as grandes não precisam muito do Estado para isso”, afirmou, acrescentando que a identificação de novos mercados como, por exemplo, Angola, Magrebe, Brasil, América Latina, é uma das tarefas em que o Estado pode ajudar, nomeadamente através da aposta na “diplomacia económica”.



Sucesso económico depende das exportações



E defendeu que “é com esse tecido de pequenas e médias empresas e com os empresários que gostam de correr riscos, que devemos fazer uma aliança e um pacto para a internacionalização da economia e para o aumento das nossas exportações”, acrescentando que “o sucesso económico depende das nossas exportações”.

José Sócrates referiu ainda a alta velocidade e a banda larga como apostas da agenda económica do Governo, de forma a “aproximar Portugal dos centros de decisão e combater o fenómeno de uma economia periférica como a nossa”.

É preciso “apostar em todas as redes que nos ligam ao mundo global”, defendeu, lembrando que “temos todo o país coberto com banda larga”.

E também investir “nas redes internacionais de transporte”, justificando a aposta na alta velocidade para “ficar mais ligados ao centro da Europa”.

“Nós precisamos mais disso que os outros porque estamos mais longe dos centros geográficos”, considerou.

“Isso exige visão estratégica, exige não ficar para trás e principalmente exige que não tenhamos a visão de alguns que nos antecederam quando afirmaram como Salazar um dia afirmou que Portugal e os portugueses deviam ser pobres e humildes como a terra que trabalham”, criticou Sócrates.

Quanto às políticas sociais, José Sócrates defendeu que o Estado deve proporcionar “igualdade de oportunidades para todos”, recusando uma “visão assistencialista” mas ter “o valor da igualdade que é condição para o sucesso económico”.

A nossa estratégia, concluiu, é ter “um programa de Governo, uma plataforma política que extravase o PS, uma mudança que satisfaça os interesses de todos, que não dispense o rigor e que promova um clima de solidariedade”.

Na abertura do fórum, António Vitorino, membro do Conselho Coordenador das Novas Fronteiras, salientou a importância deste debate sobre os grandes desafios económicos, afirmando que “há os que se alimentam da crise, enquanto nós temos consciência da necessidade de encontrar a curto prazo respostas ao crescimento do desemprego e da diminuição do crédito”, de forma a que Portugal saia da crise “com uma economia mais qualificada e produtiva para vencer no mundo global”.

António Vitorino referiu ainda que “enquanto outros se preocupam em esconder o seu passado governativo e rasgar tudo o que foi feito durante os últimos quatro anos, nós rasgamos os caminhos do futuro e abrimos as novas fronteiras do desenvolvimento e das oportunidades para todos”.

Esta sessão das Novas Fronteiras contou com a presença de alguns membros do Governo e destacadas personalidades nacionais e estrangeiras das áreas económica, financeira, empresarial e cultural, que participaram em seis painéis temáticos: “Alterações climáticas, desafio e oportunidade”, “Defender o emprego, criar oportunidades”, “Especializar e desenvolver Portugal”, “Internacionalização, desígnio nacional”, “Turismo – pivot de actividades complementares” e “PME – prioridade e políticas”.

Entre as dezenas de especialistas presentes na discussão dos painéis temáticos, destaque para José Pinto Ribeiro, ministro da Cultura, Bernardo Trindade, secretário de Estado do Turismo, Gunter Verheugen, vice-presidente da Comissão Europeia, António Gomes Mota, do ISCTE, Manuel Madeira Cabral, da Universidade do Minho, Maria João Rodrigues, conselheira especial para a Agenda de Lisboa, Dan Kammen, da UC Berkeley e IPCC e Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico.



J. C. CASTELO BRANCO

25/07/09

Tribunal desbloqueia resort em Grândola

O Tribunal Central Administrativo de Lisboa indeferiu a providência cautelar intentada pela Quercus, em 2007, que levou à suspensão das obras do resort da Costa Terra, no concelho de Grândola.
Responsáveis pelo empreendimento salientam que esta decisão judicial “repõe a legitimidade de um projecto estruturante”.
Por sua vez a Câmara Municipal de Grândola, em comunicado, realçou a decisão do tribunal, que “vem confirmar a justeza da Câmara na aposta do desenvolvimento do litoral alentejano e do município”.
Com isto perderam-se dois anos, com que prejuízo para para o empreendimento, para a região e o pais!
Importa que a empresa e a Câmara façam e noticiem, os cálculos desse prejuízo, para que o pais tome consciência de quanto se perde em entraves injustificados e em decisões lentas.

Paredes mandatado para elaborar listas

Vitor Ramalho, Presidente da Federação PS, declarou-nos que #a votação foi por unanimidade indicando Pedro Paredes como candidato do PS a Alcácer.A lista deve ser elaborada por ele com o apoio do Secretario Nacional para as autarquias e Secretario Federativo#

PAREDES O CABEÇA DE LISTA

em primeira mão


Foi decidido esta noite, na Comissão Politica Nacional, em Lisboa,avocar o processo das listas concorrentes à Câmara de Alcácer, por unanimidade.
Paredes foi o escolhido e Miranda Calha, responsável pelas autarquias vai agora, juntamente com Paredes, elaborar as listas.
Como é sabido, Paredes tem afirmado não aceitar o nome de João Massano para o Executivo, pelo que a lista deverá ter, nos três primeiros lugares, os nomes de Paredes, Helder Serafim e Isabel Vicente.

Mais tarde voltaremos a este assunto

24/07/09

Paredes ou Massano sabe-se esta noite

A Comissão Politica Nacional do PS, tem reunião marcada para hoje, sexta feira, pelas 21h00, estando a questão de Alcácer, na ordem de trabalhos.
A decisão final quanto ao cabeça de lista para Alcácer, será tomada esta noite.

PAREDES OU MASSANO? Decidido até ao fim de semana. Massano parece mais provável

Vai ser a Comissão Política Nacional do PS, quem vai decidir quem é o candidato à Câmara de Alcácer, após a Federação de Setúbal, na reunião de ontem, não ter chegado a uma conclusão sobre a contenda.
Rejeitada que foi, nessa reunião, a proposta apresentada à Comissão Política Distrital, de conceder plenos poderes aos responsáveis nacionais pelas autarquias, para decidirem sobre as listas de Alcácer, seguiu-se outra proposta de V Ramalho, Presidente da Distrital, para ser votada a mesma equipa do actual Executivo, portanto com Massano em 2º lugar.
Não vislumbramos a virtualidade desta fórmula, uma vez que estão radicalizadas as posições entre as duas facções e P. Paredes tem afirmado, repetidamente, não querer trabalhar com Massano no Executivo. De qualquer forma, essa proposta não foi aprovada, porque necessitava de maioria qualificada e o resultado da votação foi 31 votos contra 21.
As intervenções de Duarte Faria e Luís Nunes, a favor da decisão da Comissão Política Concelhia e, portanto, de Massano e também, as intervenções do próprio Massano, terão sido influentes no decurso dos trabalhos, tendo-se manifestado bom apoio do aparelho partidário, a favor da decisão da Concelhia e, na não ultrapassagem dos estatutos do partido, que dão à C. Concelhia poderes para decidir sobre as listas autárquicas. Apenas em casos excepcionais, os órgãos superiores à Concelhia podem avocar o processo o que foi feito pela Federação, mas uma vez que não foi obtida votação suficiente para a proposta apresentada por V. Ramalho, a solução do caso seguiu para a Comissão Política Nacional.
Encontra-se, agora, neste órgão, com carácter de urgência, dado que faltam apenas três semanas para apresentação das listas e ainda é necessário constituí-las! Pensa-se, por isso, que ainda esta semana seja tomada a decisão final.
A Comissão Política Nacional decidirá então, em definitivo, se é Paredes ou Massano o cabeça de lista. È claro que, teoricamente, se podem colocar outras hipóteses, como um terceiro nome ou a imposição dos nomes do actual Executivo, o que não parece sensato nem viável, de todo.
Achamos, por outro lado, difícil que a C. P. Nacional queira arcar com a responsabilidade de contrariar os estatutos e ir contra a decisão da Concelhia que foi expressa por 85% dos votos e que não foi derrubada na Distrital.

De momento o CPAS diz o seguinte:

1. Independentemente das razões que geraram este impasse e que a seu tempo analisaremos, o processo está a ser tratado em boa prática democrática e estatutária.
2. Nesse ponto, o PS dá um bom exemplo aos outros partidos, pois que o CDS o PSD e o BE, nem tão pouco têm estrutura partidária no concelho e, a CDU, resolve este tipo de conflitos à porta fechada, de costas para a população de que tanto fala e por meios pouco democráticos.Ainda agora afastou o candidato Matias e escolheu Balona, escamoteando a Alcácer os critérios e as razões. Trocou, de uma assentada, os três vereadores que tinha na autarquia, sem minimamente explicar, ao eleitorado, que esse facto não colidia com o voto que havia sido depositado nas urnas.

23/07/09

Partido Socialista – Setúbal

Eleições Legislativas


Cabrita em 2º lugar
Euridice Pereira em 3º /strong>

Vítor Ramalho, Presidente da Comissão Política Distrital de Setúbal, não vai integrar a lista de deputados, declarando -“Sou um militante da cidadania”.

Euridice Pereira, actual Governadora Civil de Setúbal, ocupa o 3º lugar na lista do Partido Socialista, nas próximas eleições legislativas.
Por sua vez, Eduardo Cabrita, Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, será o segundo na lista, a qual terá como cabeça, Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, por proposta de Vítor Ramalho
Pedro Marques, Secretário de Estado da Segurança Social,será o $º nome e em 5º lugar aparece Ana Catarina Mendes, e a jovem Catarina Marcelino, líder do Departamentos de Mulheres do Distrito de Setúbal, surge em 6º lugar.
O 7º lugar na lista será de indicação do Secretário-Geral, José Sócrates, e o 8º lugar será ocupado por Luis Gonelha, Presidente da Comissão Politica Concelhia do PS Setúbal. Em nono aparecerá, Sofia Cabral, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro, e em 10º constará Amílcar Romano, presidente da Comissão Política Concelhia do Barreiro.

“Sou um militante da cidadania

Vítor Ramalho, presidente da Comissão Política Distrital de Setúbal não vai integrar a lista de deputados.

Vítor Ramalho foi convidado pela Comissão Política Distrital para ocupar o 2º lugar na lista de Setúbal, mas não aceitou o convite, salientando que pretende na sua acção politica “estar ao lado dos soldados” e que é "um militante da cidadania".

MASSANO CONTINUA O CANDIDATO

Listas para a Câmara/PS
Processo de avocação das listas de Alcácer do Sal foi rejeitado

Permanece válida a deliberação da Concelhia Política de Alcácer do Sal, que havia escolhido João Massano para cabeça de lista/PS.

Pedro Paredes,actual Presidente anunciara a sua recandidatura, dizendo que estava mandatado pelas cúpulas do Partido e que apenas um ou dois membros da Comissão Política Concelhia estavam contra o seu nome. Todavia a reunião da Comissão Política que tratou o tema veioa aescolher Massano por 12 votos contra 2 para Paredes.


Comunicado da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Alcácer do Sal.

Tivemos acesso há instantes, a um comunicado da C.P.C. em que se afirma:

“A Comissão Política Distrital de Setúbal do PS, reunida ontem, deliberou, sob proposta do Presidente da Federação, Vitor Ramalho, aprovar, por maioria simples, uma lista de candidatos aos 4 primeiros lugares da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Na essência, a proposta coincide com a designação dos actuais membros do Executivo, eleitos pela lista do PS, incluindo-se a presença do Presidente da Concelhia do PS, João Massano, como número dois da lista, distinta da deliberação que havia sido tomada pela própria Concelhia, no passado dia 6 de Julho.” – refere um comunicado da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Alcácer do Sal.

Plenamente válida a escolha de João Massano para cabeça de lista

“Contudo, não tendo sido obtida uma maioria qualificada na votação dos membros presentes, a avocação do processo foi rejeitada.
Mantém-se, portanto, plenamente válida a deliberação da Concelhia que havia escolhido João Massano para cabeça de lista.
Recorde-se que o actual Presidente da Câmara, Pedro Paredes, já havia anunciado a sua recandidatura pelo PS, muito antes da Concelhia se pronunciar sobre o assunto e que o próprio Vitor Ramalho veio declarar, publicamente, o seu apoio à candidatura de Paredes.” – acrescenta o comunicado.

Processo de avocação foi votado e rejeitado pela Comissão Política Distrital

Refere ainda o comunicado que se “trata, apenas, do cumprimento dos Estatutos do Partido Socialista que comete às Concelhias a decisão da escolha dos candidatos às listas do Município e que só, muito excepcionalmente, se procede à avocação destes processos de candidaturas. Neste caso, o processo de avocação foi votado e rejeitado pela Comissão Política Distrital”.

Mais tarde contamos voltar a este assunto.
Diminuição das desigualdades em Portugal – uma afirmação do socialismo democrático


por Catarina Marcelino
(Antropóloga)

O Instituto Nacional de Estatística publicou o resultado do inquérito ao rendimento e condições de vida das famílias realizado em 2008, referente a dados de 2007, onde se verifica a diminuição das desigualdades de 6,5 para 6,1 entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres.
Apesar do risco de pobreza se manter nos 18%, esta diminuição verificada nas desigualdades de rendimentos, problema persistente e apontado pela Comissão Europeia como um dos fenómenos mais difíceis de combater na sociedade portuguesa, assim como a diminuição do risco de pobreza dos idosos, que caiu de 26% para 22%, vem salientar os resultados das políticas de protecção social dos últimos anos em Portugal, nomeadamente, Rendimento Social de Inserção, Complemento Solidário para Idosos e Retribuição Mínima Garantida a que habitualmente se chama salário mínimo nacional.
Estes dados devem fazer-nos reflectir sobre o caminho que queremos para Portugal, se queremos um caminho apoiado num Estado minimalista onde a protecção social é “rasgada” e diminuída ou se queremos um Estado social que garanta aos mais desprotegidos mínimos de subsistência.
Portugal tem vindo a desenvolver nos últimos anos um Estado Social consolidado, com especial destaque para os períodos de governação socialista, assentes em princípios de progresso e de igualdade defendidos pela União Europeia - mais e melhor protecção social para todos/as.
É neste pressuposto que em 2000 surge o Rendimento Mínimo Garantido, hoje Rendimento Social de Inserção e que em 2006 é criado o Complemento Solidário para Idosos, que chega hoje a cerca de 200.000 idosos, permitindo, sob condição de recursos, apoiar as pessoas idosas mais desprotegidas cujos rendimentos estavam abaixo do limiar de pobreza, objectivo inalcançável através do aumento generalizado das pensões e cujos resultados desta medida já produziram efeitos em 2007. A taxa de pobreza da população reformada passou de 23% para 20%.
Outra realidade tida como uma das principais preocupações da União Europeia quando se avalia a pobreza e a exclusão social são os trabalhadores pobres, pessoas que trabalham, mas cujos rendimentos familiares ficam abaixo do limiar de pobreza, fenómeno que tem tendência a agudizar-se com a crise que atravessamos. O acordo histórico estabelecido em 2006, para que o salário mínimo atingisse os 500€ em 2011, é um acordo sem precedentes na História da nossa democracia e que vem proteger os trabalhadores com menores rendimentos. E dada a situação actua que o país atravessa o PS tem previsto no programa eleitoral para as legislativas de Setembro um novo apoio pecuniário dirigido às famílias trabalhadoras com filhos a cargo cujo rendimento per-capita esteja abaixo do limiar de pobreza.
Hoje, ricos e pobres estão mais próximos e esta realidade deve-se às políticas sociais, ao investimento na protecção social, à preocupação constante com as pessoas mais desfavorecidas e, digam o que disserem, esta é uma marca PS que o PSD se propõe “rasgar” caso ganhe as eleições legislativas, tal como pretende fazer com os investimentos públicos e com a tendência de gratuitidade do serviço nacional de saúde.
Esta é a diferença entre um neo-liberalismo que nos levou á actual crise e o socialismo democrático que defende o estado social, com fortes tradições europeias, e que tem permitido a Portugal combater a pobreza e as desigualdades, com forte sentido de justiça, de solidariedade e de igualdade para todos/as.
São estas diferenças que devem ser reflectidas no dia 27 de Setembro, porque quem quer vender que PS e PSD é igual não está a falar verdade, e a diminuição das desigualdades espelhadas no relatório do INE são um inequívoco resultado das políticas socialistas dum Governo responsável e determinado que se diferenciam de exigências delirantes e inconsequentes do PCP e do BE, cuja irresponsabilidade é característica daqueles que não assumirão nunca o encargo de governar Portugal.

22/07/09

MISSA 7º DIA CARLOS VILHENA

Celebra-se hoje, pelas 17h00, na Igreja de Vale do Guizo, Alcácer do Sal, a missa do 7º Dia do falecimento do Deputado Municipal, Carlos Vilhena.
Tinha 75 anos e faleceu de doença prolongada.
Era sócio Gerente da Herdade de Porches, em Alcácer do Sal.
Era Deputado Municipal pelo PSD.
O CPAS apresenta condolências à família enlutada

21/07/09

PS decdidirá amanhã quem é o candidato à Câmara

A Comissão Política Distrital, que é composta por cerca de 60 membros, reúne amanhã à noite e na ordem de trabalhos está incluída a formação das listas a concorrerem em Alcácer.
Nessa reunião, deve ser tomada uma posição definitiva, dado que estamos a menos de um mês da apresentação das listas.
Pedro Paredes diz-se optimista(até porque sou optimista por natureza - declarou-nos)e espera ser o escolhido, pois os membros da C.P.D.sabem que sou melhor candidato -disse-nos.
Do lado de Massano dizem esperar que a Comissão Política Distrital não ultrapasse a decisão da Comissão Política Concelhia.

O Clube de Política de Alcácer do Sal, tem expressado a opinião de que todos somos poucos para o que Alcácer hoje exige à classe política e principalmente ao P.S.
Ninguém deve ser excluído ou auto excluir-se. Toda a pessoa tem algo a dar e, em alguma coisa, sabe mais do que os outros. Por isso, qual a razão de uns quererem eliminar outros?!

O CPAS reclama da Federação, um esforço para conseguir algum consenso entre as duas facções em litígio.
Pensamos que uma solução de consenso que una todos, é o melhor para o partido e para Alcácer.
Se a Federação chegar a um resultado desse tipo, antes da reunião de amanhã à noite, o tema será retirado da ordem de trabalhos. Caso não chegue, poderá, certamente, ir a votação dos membros da Comissão.

17/07/09

Alcácer do Sal: Teatro “Amor também de perdição”

“Amor também de perdição” é o espectáculo de rádio - Teatro que sobe ao palco do auditório municipal de Alcácer do Sal no próximo fim de semana.
Promovido pelo Teatro de Leonor Alcácer produções e levado à cena pelas crianças e jovens que frequentam os ateliers do Projecto Cegonha em Alcácer do Sal a comédia é baseada na obra de Camilo Castelo Branco, com adaptação do encenador Fernando Gomes e da actriz Leonor Alcácer.
No sábado o espectáculo pode ser visto ás 21H30. No Domingo conta com a participação especial de alguns actores da série Morangos com Açúcar e sobe ao palco ás 17H00.
Beneficiação da ER2 – Torrão/Alcáçovas/Ferreira do Alentejo

O Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, preside ao lançamento da obra de beneficiação da ER2 – Torrão/Alcáçovas/Ferreira do Alentejo, que se realiza hoje às 11 horas, na Sociedade Filarmónica 1.º de Janeiro,no Torrão, Alcácer do Sal.

16/07/09

REUNIÃO DA C.P.C./PS contou com 50 pessoas. (2ª parte)

DEPOIS DESTA REUNIÃO, O PS NUNCA MAIS SERÁ O MESMO.
E VAI GANHAR OUTRA VIDA, A VIDA POLíTICA DE ALCÁCER.

Nota: para melhor compreensão desta segunda parte da reunião, aconselha-se a leitura da primeira parte, cujo relato aqui publicámos no passado dia 8.


Publicamos agora, a segunda parte da reunião da Comissão Política Concelhia/PS, que ocorreu na noite do dia 7 passado e que elegeu Massano para cabeça de lista PS à Câmara Municipal.

A partida para a eleição da lista, para a Câmara Municipal, foi dada por Rodrigo Peguincha, que perguntou qual o papel da Federação, pedindo para ser feito o ponto da situação.
O Presidente da Comissão Política, João Massano, em resposta, disse ter havido contactos e que a Federação sempre disse que a concelhia decidia. "E a nacional após a minha saída, assumiu uma posição que basicamente passava por consenso e que a equipa se mantivesse. Houve coisas que não foram cumpridas, nomeadamente, da minha situação, mas não quero falar. Até um determinado ponto, foi de ser integrado" disse Massano.
Interveio Duarte Faria, para dizer que "por mais compromissos que haja por fora, esta reunião é soberana".
Voltou a usar da palavra Massano, para afirmar: "Pedro Paredes disse publicamente que tinha dois membros para a lista e não o João, mas este é o fórum próprio, este é o lugar próprio".
Pediu a palavra Jorge Mendes que referiu que quem ganhou a Câmara, em 2005, foi uma equipa e não uma pessoa ou duas. E que foi desenvolvido, dois anos antes dessa eleição, um trabalho político importante e continuando sublinhou: "primeiro pensa-se em partido e não em pessoas, que as conquistas são de grupo e deve haver humildade em reconhecer a luta que houve. Há que pensar em quem estão a representar e têm de ser mais humildes do que estão a ser".

Massano perguntou de novo, se havia algum militante que quisesse apresentar listas.

Surgiram duas listas: lista A - João Massano, Serafim Inocêncio, Célia Jorge, José Domingos, M. Idalina Silvestre.
Foi perguntado a Massano se todos aqueles nomes tinham aceite porque - no dizer de Rita Rito - Idalina havia dito que não aceitava.
Massano respondeu que todos haviam aceite.

Lista B - Pedro Paredes, Hélder Serafim e Isabel Vicente.

Interveio M. Amélia Frota que colocou duas ou três questões pertinentes e concluiu que não se devem tomar determinadas atitudes que só servem a oposição.
Também Décio Fava, Presidente da Junta do Torrão, manifestou não estar de acordo com certas atitudes que não favorecem a política e favorecem a oposição.
Seguiu-se Jorge Mendes, dizendo que ficou orgulhoso pelo PS ter ganho há 4 anos e foi trabalho de uma equipe e que é necessário colocar o interesse do concelho acima do interesse pessoal.
Interveio Renato Neves, que defendeu que há necessidade de cultivar o espírito de equipe e mais união e compreensão dentro do partido.
Usou da palavra José Domingos para pedir humildade e opinar que Massano fez bom trabalho, mas que tem de ser mais humilde. Que é necessário haver mais reuniões, mais diálogo. "Interessa que haja debate. Proponho que se faça, digamos, um fórum, uns quinze dias,para discutir, mostrar o que se fez e o que se deve fazer e então decidir" concluiu.
Mariana Caixeirinho frisou que há falta de discussão. "É necessário ter feedback da população. Existe um défice de democracia. Tenho pena que esta discussão não tenha existido há dois ou três anos, concluiu".
Guerreiro indagou sobre o motivo das divisões, mostrando-se contrário a elas, que favorecem a oposição.
Interveio Vilela Borges, começando por fazer um enquadramento da importância de Alcácer do Sal nos dias de hoje, dizendo " Alcácer não é um qualquer concelho perdido no meio do Alentejo, sem impulsos de desenvolvimento mas, pelo contrario, se encontra num "boom" de desenvolvimento turístico que arrastará também, alguma indústria, comércio e serviços. Possivelmente o maior "boom" desenvolvimentista do pais. Esta revolução que vai ocorrer em Alcácer, tem de ser liderada com competência e sabedoria, sob o ponto de vista político e, só o PS pode ocupar esse lugar, já que a CDU é partido de ideologia de museu, contrário à modernidade e à economia de mercado competitivo. Por isso, o PS e a classe politica de Alcácer têm de se suplantar e o PS crescer, para estar à altura da missão histórica que lhe está reservada. Para além dos grandes projectos PIN (Projecto de interesse nacional) que já estão em marcha e mais uns 30, que estão em análise, quantos virão ai, nos próximos tempos? Torna-se necessário estimular nos alcacerenses maior espírito empreendedor, aproveitando os actuais incentivos do QREN, que são de 75% para as pequenas e medias empresas, nesta região e que as autarquias podem e devem ter nisto um papel.
Por isso há lugar para todos. Todos cabem, todos são necessários.
Importa não deixar a CDU ganhar pois para perder, que se perca para bons!"
Terminou apoiando a ideia de José Domingos da realização de um fórum, mas que seja nos próximos 15 dias, dada a proximidade das eleições e que tenha o objectivo de chegar a consensos.

Usou da palavra M. Amélia Frota referindo a falta de reuniões. a falta de sede. "O PS não pode ter donos. já era assim no antigamente".

Rui Damião também referiu a falta de reuniões

Usou da palavra para longa intervenção, José Clemente, que começando por dizer que tinha divergências politicas com Massano, relembrou o trabalho eleitoral que ambos haviam realizado a partir de há seis anos atrás. Falou depois das dificuldades que ambos encontraram na Câmara, onde um modelo comunista de 30 anos estava enraizado e eles tiveram de enfrentar, com custos os políticos que tiveram de sofrer.
Falou da sua demissão da Câmara, que considerou injusta e desumana.
Falou da importância e do futuro do PS, da necessidade de fortalecimento, referindo que em 2005 o partido tinha 40 militantes e actualmente tem 250.
Não se mostrou favorável a listas de consenso, dizendo que em democracia se vai a votos e quem tiver mais, ganha.

Hélder Serafim disse que o actual momento é o culminar de uma situação em que aconteceram coisas que não deviam ter acontecido.

As duas listas foram a votação em urna e Massano recebeu 12 votos e Paredes 2.

Massano fechou a reunião dizendo que o desafio é difícil, mas que é determinado e que quando traça um objectivo alcança-o e que esperava o contributo de todos.

Estes os aspectos gerais que consideramos mais relevantes e que pensamos que podem ter interesse noticioso e pedagógico. Naturalmente que não damos relevo a determinados recortes de foro partidário.
O que nesta reunião fundamentalmente importou, foi a identificação dos pontos fracos que há que corrigir, e de erros que importa não repetir.
Foi uma autocrítica feita com sinceridade, frontalidade, sem medo de nada. Foi o reconhecimento que é fundamental debater, colocar posições e ideias em confronto, e é assim que deve ser um partido profundamente democrático como é o PS, onde a “abertura” é uma das suas marcas , que tem como “ambição” fazer uma “coligação com o país”, com os “sectores mais dinâmicos e empreendedores”, de forma a construir “um país mais competitivo e com mais coesão social”, como afirmou o Secretário Geral, no passado dia 20, numa sessão do Fórum Novas Fronteiras
Procissão no Sado Abençoa Pescadores

III Romaria e Procissão no Rio Sado, dedicada a Nossa Senhora do Castelo.

É no próximo sábado, dia 18, em Alcácer do Sal

Organizada pela Junta de Freguesia de Santa Maria do Castelo, e com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, a iniciativa vai começar na Igreja de Santa Maria do Castelo, pelas 20h, e depois do tributo em honra aos homens do mar a imagem da Nossa Senhora do Castelo sai em procissão da Igreja Matriz, descendo até ao rio Sado.

O percurso da procissão abrange a rua das Torres, o largo dos Açougues, a estrada de Santa Luzia e o largo da Ribeira Velha. Já no cais do largo da Ribeira Velha a imagem vai entrar nos barcos para abençoar os pescadores e prosseguir a procissão no rio Sado até à Ponte Ferroviária. Além da participação dos pescadores de Alcácer do Sal e da Carrasqueira está também prevista a presença de embarcações de outras zonas piscatórias.
Quem não tiver embarcação pode acompanhar a procissão ao longo da margem do rio, assistindo assim àquela que se espera que seja mais uma grande manifestação religiosa colectiva tal como aconteceu nos dois últimos anos.
Além do desfile dos barcos engalanados, as festividades incluem actividades lúdicas, baile, e iniciativas de carácter religioso.
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Grupo de Acção Costeira Além Tejo

Aprovada candidatura ao Programa Operacional Pesca 2007-2013 (PROMAR),

Em Alcácer do Sal vão ser abrangidas as comunidades piscatórias ao longo do Estuário do Sado com especial relevância para a Carrasqueira que reúne mais de 70 famílias ligadas ao rio.

O programa PROMAR assenta em estratégias de desenvolvimento local implementadas com base nas energias, recursos e intervenientes das zonas de pesca, cujos objectivos gerais passam por assegurar o desenvolvimento sustentável das zonas mais dependentes da pesca e melhorar a qualidade de vida das comunidades piscatórias. No concelho de Alcácer do Sal o programa vai beneficiar as comunidades piscatórias das freguesias da Comporta, Santa Maria e Santiago que desde a primeira hora estiveram envolvidos na identificação do diagnóstico e definição da estratégia de desenvolvimento local.
No seguimento da aprovação desta candidatura o Grupo de Acção Costeira Além Tejo vai agora começar a implementar medidas para reforçar a competitividade das zonas de pesca, valorizar os produtos, diversificar e reestruturar as actividades económicas e sociais, promover e valorizar a qualidade do ambiente costeiro e das comunidades, assim como a aquisição de competências e a cooperação entre as populações.

Entre as acções que serão agora postas em prática está a criação, recuperação e modernização das estruturas, equipamentos e infraestruturas existentes; a promoção de um melhor escoamento do pescado; o restabelecimento do potencial de produção afectado por catástrofes naturais ou industriais; a diversificação, reestruturação e integração das actividades do sector; a promoção e melhoria das competências profissionais; a valorização e protecção paisagística; a recuperação do património histórico local e da zona costeira; a criação de serviços sociais de proximidade; a constituição de redes de cooperação e a criação de grupos.

Autárquicas 2009

Os Candidatos Independentes

Por Luís Pita Ameixa
Deputado do PS

A lei da tutela administrativa sanciona com perda de mandato os autarcas que, durante o exercício de funções, se inscrevam em partido diferente daquele que os candidatou

Podem ser incluídos nas listas candidatos independentes, desde que como tal declarados, estabelece, expressamente, a lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais.

Desta norma infere-se, pois, que as listas apresentadas pelos partidos políticos (ou suas coligações) são integradas por membros desses partidos, em princípio.

E que, além desses militantes do Partido proponente da lista, podem ser incluídos outros cidadãos, nele não filiados, devendo, nestes casos, fazer-se a declaração de que se trata de independentes.

Independentes serão, pois, os cidadãos não inscritos no partido político que apresenta a lista de candidatura.

A menção de independente terá de constar da lista de candidatos, documento assinando pelo mandatário, onde, por ordem, eles são apresentados, com todos os seus elementos de identificação pessoal, e mais essa referência.

Ora, do sistema da lei resulta que todos os candidatos que não estejam mencionados, expressamente, como independentes (em que nada se diz), serão tidos e tratados como filiados no partido que apresenta a lista.

Isto não é apenas uma ‘chinesice’ da lei.

Desde logo, essa indicação, como independente, ou não, constitui uma clarificação do grau de ligação do candidato á força política apresentante, uma condição de transparência perante o eleitorado.

Além disso, pode ter consequências a dois níveis: no regime da perda de mandatos e no sistema de substituições dos autarcas eleitos.

Na verdade, a lei da tutela administrativa, sanciona com perda de mandato os autarcas que, durante o exercício de funções, se inscrevam em partido diferente daquele que os candidatou.

Ou seja, após a eleição, esses independentes podem manter esse estatuto ou podem livremente inscrever-se, se assim o desejarem, no partido que os apresentou ao sufrágio, mas se se inscreverem em partido diferente serão expulsos do mandato, pois violaram a confiança neles depositada e a coerência com o sentido de voto dos eleitores.

Por outro lado, a lei estabelece um sistema de substituições, em caso de suspensão, renúncia ou perda de mandato, que manda chamar os substitutos pela ordem constante da lista eleitoral.

Porém, tratando-se de coligações não é assim. É chamado o elemento seguinte que tenha sido apresentado pelo mesmo partido daquele que saiu, saltando por cima dos que estejam nos lugares intermédios.

Nestas situações é ainda imperativo que os independentes, constantes da lista coligada, sejam identificados quanto ao partido que os indicou, pois entrarão na ordem de substituições apenas desse partido da coligação e não do outro, ou outros.

Um caso diferente do que tratámos aqui é o das listas propostas por grupos de cidadãos eleitores, faculdade que a lei também concede, e à qual se aplicam regras próprias, de que poderemos falar noutra altura.

14/07/09

Autárquicas 2009 - 17 de Agosto

Por Luís Pita Ameixa
Deputado do PS

Os responsáveis pelas candidaturas – designadamente as Secções e Concelhias do PS – têm de se concentrar é no dia 17 de Agosto, para, até aí, aprontarem e entregarem as candidaturas

Uma data chave do processo eleitoral autárquico, que todos os responsáveis pelas candidaturas têm de ter presente, é a de 17 de Agosto.

Porque é nesse dia que termina o prazo de entrega das listas no tribunal. Quem não o tenha feito até aí, já não o poderá fazer depois.

O Governo anunciou a marcação da data da eleição geral dos órgãos das autarquias locais para 11 de Outubro.

Esta é a data que todos os cidadãos têm de conhecer, para irem votar.

Mas os responsáveis pelas candidaturas – designadamente as secções e concelhias do PS – têm de se concentrar é no dia 17 de Agosto, para, até aí, aprontarem e entregarem as candidaturas.

A lei eleitoral estabelece que as listas de candidatos têm de ser apresentadas até ao 55º dia anterior à data do acto eleitoral – neste caso, 17 de Agosto, uma segunda-feira.

Ora o tempo, até lá, não é já muito, há que ter atenção a isso.

Acresce que as candidaturas autárquicas envolvem um grande número de candidatos e, em Julho e Agosto, muita gente entra de férias, saindo para fora do seu local de residência habitual e alterando as suas rotinas.

É necessário convidar candidatos, aguardar as suas respostas, obter os seus elementos de identificação, verificar que todos os documentos estão em ordem e em prazo de validade, requerer e obter certidões, colher as assinaturas de todos… É obra!

A apresentação faz-se no tribunal da comarca e é dirigida ao respectivo juiz.

Será indicado um mandatário, o qual tem de ser eleitor inscrito na área desse município e aí apresentar uma morada que é para onde o tribunal irá enviar todas as notificações.

É preciso ter atenção na escolha dos mandatários. Às vezes predilectos por serem figuras de relevo social ou político, não podem ser aceites caso não estejam recenseados numa das freguesias do respectivo município.

A apresentação da candidatura, no tribunal, envolve, desde logo, a entrega da lista.

Trata-se do rol e identificação dos candidatos, dispostos por ordem, com efectivos e suplentes, no número legal, e, em relação a cada um, indicando-se o nome completo, a idade, a filiação, a profissão, a naturalidade, a residência, o número, a data e o arquivo de identificação do bilhete de identidade ou do cartão de cidadão.

Os candidatos que integrem a lista como independentes devem ser assim identificados.

Além da lista tem de ser entregue, também, a chamada declaração de candidatura.

Esta consiste num documento, assinado pelo próprio candidato, em que ele declara, sob compromisso de honra, que aceita a candidatura pelo partido, que não padece de nenhuma inelegibilidade, que não faz parte de mais nenhuma lista de outros partidos ou grupos, e que concorda com o mandatário que é indicado.

Esta declaração não carece de reconhecimento da assinatura.

Junta-se, ainda, certidão comprovativa de que os candidatos estão inscritos no recenseamento eleitoral (ao contrário do mandatário, não têm de ser recenseados na área onde se candidatam. Os candidatos podem estar recenseados em qualquer parte).

Quer esta certificação do recenseamento quer a declaração de candidatura, assinada pelos candidatos, podem ser apresentadas em documentos individuais ou colectivos, conforme se achar mais conveniente.

Mãos à obra, pois, que o tempo está a correr… e é curtinho.

13/07/09

União Europeia devia ter feito mais, melhor e mais cedo

A Deputada Elisa Ferreira questionou esta semana, na sessão plenária, em Estrasburgo, a Comissão Europeia e o seu Presidente, sobre o papel da Comissão na resolução da crise.

Elisa Ferreira afirma que "em cada crise há uma oportunidade, e esta é a oportunidade da Comissão e da Europa de responder aos verdadeiros problemas dos cidadãos europeus". Elisa Ferreira, relatora pelo Parlamento Europeu do relatório sobre o plano de relançamento económico, desde sempre defendeu que as medidas de recuperação económica apresentadas pela Comissão não eram suficientes.

Face à actual conjuntura económica, Elisa Ferreira pede ao Presidente da Comissão que "responda aos verdadeiros problemas europeus, não através de meios dispersos mas concentrando-se no verdadeiro desafio que é o emprego". Na sessão plenária, no debate sobre a Directiva Europeia que regulamenta os Requisitos de Capital dos bancos, Elisa Ferreira defendeu que "o mundo e a União Europeia deviam ter feito mais, melhor e mais cedo no que respeita à regulação dos mercados financeiros, sendo lamentável que a reacção da Comissão tenha sido mais lenta, parcial e ligeira do que a situação exigia e exige".

Na opinião de Elisa Ferreira, a aprovação da Directiva sobre os Requisitos de Capital é um passo na direcção certa e um sinal claro às instituições e mercados financeiros de que fazer "business as usual" acabou. Esta Directiva permitirá introduzir regras claras, mas muito trabalho terá ainda que ser feito durante a sua revisão próxima, nomeadamente no que diz respeito ao valor de retenção para efeitos de securitização.

Elisa Ferreira é, no entanto, de opinião que "o Parlamento Europeu deverá aprovar esta Directiva transmitindo uma mensagem clara aos cidadãos europeus de que as coisas estão a mudar e vão continuar a mudar e que nos preocupamos sobretudo com eles".

Com o PSD Portugal Pararia

Se pensam que podem ganhar uns votos não hesitam em recuar, comprometendo assim o desen­volvi­mento na nossa região, que tem potencialidades para se transformar numa grande plataforma logística e de desenvolvi­mento acrescentado de Portugal

Hoje mais que uma inquietação quero lançar um desafio a todos.

Imaginem o que seria do nosso país se este PSD, de Manuela Ferreira Leite, Miguel Relvas e Vasco Cunha, decidisse o destino de Portugal e da região.

O que seria hoje da Segurança Social – garantia de todas as prestações sociais dos mais necessitados da sociedade e das justas reformas das gerações mais velhas. Conseguiram em 2004 levar a sua sustentabilidade ao risco máximo de ruptura, com a crise financeira mundial e com o colapso dos fundos de investimento de risco. Como estaríamos hoje?

O que seria do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública se o estado fosse desmantelado em seis meses como propunham?

Imaginem se este PSD decidisse ontem como quer decidir hoje. O que seria da nossa região? Ponte Salgueiro Maia, Ponte das Lezírias, A13, CIRVER’S, AQUAPOLIS em Abrantes, recuperações de ponte em Santarém, Chamusca e Coruche, Nó de acesso A1 no Cartaxo, IC3 variante de Tomar, Centro de Saúde São Domingos, de memória cito apenas poucos exemplos dos investimentos públicos na nossa região. Conseguem imaginar o que seria da nossa região sem estes investimentos?

De uma forma demagógica hoje dão-se cambalhotas atrás inacreditáveis. Se pensam que podem ganhar uns votos não hesitam em recuar, comprometendo assim o desenvolvimento na nossa região, que tem potencialidades para se transformar numa grande plataforma logística e de desenvolvimento acrescentado de Portugal, com condições até para condicionar os movimentos transatlânticos entre a Europa e as américas.

Digam lá então o que não tinham feito, e digam lá o que não fariam agora.

O Novo Aeroporto de Lisboa, que com a sua dinâmica elevará os padrões de desenvolvimento pelo menos dos concelhos de Benavente, Salvaterra de Magos, Coruche, Almeirim, Cartaxo e Santarém.

A alta velocidade, que em “L” ligará a Galiza ao Porto, o Porto a Lisboa e Lisboa a Madrid (que é como quem diz ao resto da Europa), atravessando a nossa região a Oeste e a Sul, criando assim o interface entre o transporte aéreo e a ferrovia.

O IC3 de Almeirim ao Entroncamento, com uma nova travessia do Tejo na Chamusca, descongestionando assim as travessias de Almeirim, Alpiarça, Chamusca e Golegã, ligando a A13 à A23 permitindo os movimentos de Sudoeste para Nordeste (lembro apenas que em Sines está um dos portos que pode captar muitos dos movimentos transatlânticos), e que retira também da N118 os milhares e milhares de movimentos de cargas pesadas e perigosas de lixos para os CIRVER na Chamusca.

Ou será que não querem que se façam:

As modernizações do Parque Escolar, em Benavente, Salvaterra de Magos, Abrantes, Ourém, Tomar - investimentos de milhões e milhões de euros na qualificação de infra-estruturas que prepararão melhor as novas gerações para o futuro.

O quartel dos bombeiros de Samora Correia, o Posto Médico dos Foros de Salvaterra, o Serviço de Urgência Básica em Coruche, a nova Esquadra da PSP no Cartaxo, o Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo em Almeirim, ou que não se invista mais 8 milhões de euros em equipamentos sociais (creches, centros de dia e lares).

Conseguem imaginar o desenvolvimento da região sem estes projectos (que citei de memória)?

Com o actual PSD nada disto estaria feito ou sequer projectado.

Portugal, e a nossa região, estão fartos das cambalhotas de um partido que pretende afirmar-se como alternativa. Estes vão ser temas de campanha eleitoral aos quais não vou fugir, desafio todos a fazer o mesmo.

Imaginem só o que seria da nossa região.



(Alguns dos projectos citados, foram lançados e inaugurados por governos do PSD, mas isso era na altura em que pensavam o desenvolvimento da região

Eleições Europeias Provocam Mudanças na União.

Por Joel Hasse Ferreira

1. Os resultados das eleições europeias evidenciam mudanças globais no quadro da União.

Os verdes subiram significativamente, tal como as extremas-direitas, por razões diferentes e parcialmente opostas. Os verdes apresentaram, no contexto europeu, uma certa convergência estratégica e um suave posicionamento num centro-esquerda, ambientalista e social, efectivamente liderados pelo habilidoso Daniel Cohn Bendit, o qual não perdeu ainda a verve que fez dele Dany le Rouge, no gaulês Maio de 68. Em França, aliás, os verdes subiram a terceiro partido, aproximando-se do PS e ultrapassando os liberais de Bayrou. No plano europeu, os verdes aproximaram-se numericamente dos liberais - democratas.

2. À esquerda do PS, em Portugal, houve um claro acréscimo do apoio eleitoral, tendo o peso dos partidos considerados à esquerda do PS aumentado de 3 para 5 eurodeputados. A permeabilidade entre o eleitorado do Bloco e segmentos de eleitores socialistas evidenciou-se como significativa, confirmando o que nos últimos tempos se vinha observando nalguns distritos, estratos etários e sectores sociais. Uma mensagem muito pouco ideológica facilitou a transferência para o Bloco de votos oriundos da esquerda democrática, europeísta e modernizadora. Aliás, o próprio BE traçou uma visão quase idilicamente europeísta das suas posições, com alguns aspectos críticos, assumindo-se contra Barroso e o liberalismo. A subida eleitoral do Bloco contrasta aliás com a redução de eurodeputados do seu grupo europeu, no qual coabitam com o PCP. Esse Grupo sofreu uma redução global nos outros países da União proporcionalmente superior à diminuição de deputados nos hemiciclos de Estrasburgo e Bruxelas.

3. Verificou-se assim um certo recuo do grupo unitário de Esquerdas/Esquerda Verde Nórdica, o qual elegeu apenas 33 deputados entre os quais cinco portugueses, comparados com os 38 eleitos em 2004. A influência deste grupo passará a ser ainda menor do que já era. Isto sem prejuízo da capacidade de intervenção que se espera dos novos deputados do Bloco, desta vez no próprio plano legislativo.

4. Novos desafios se apresentaram aos socialistas europeus, a partir do Congresso do Porto de 2006, no qual participaram individualidades como Howard Dean, líder do Partido Democrático norte - americano, então na sua preparação para a vitória presidencial de 2008 e José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde. O programa e o manifesto socialista para as eleições europeias foram preparados de uma forma extremamente aberta, com sessões públicas nos diferentes Estados membros da União. Aparentemente, era quase perfeito para os objectivos traçados. Mas o PSE veio a perder dezenas de deputados face ao grupo Parlamentar que ora termina o seu mandato

5. A crise do socialismo democrático europeu tem que ser vista, tendo em conta os resultados recentes das eleições europeias. E tem de se ter em conta também que o Partido Popular Europeu, em cujo grupo se integrarão PSD e CDS, perdeu deputados, numa proporção próxima da redução do número total de lugares no novo Parlamento Europeu. E poderão perder ainda mais, com a provável cisão liderada pelos conservadores britânicos.

6. Curiosamente, a grande progressão verificou-se à direita do Partido Popular Europeu. Para além de se manter a União da Europa das Nações, no grupo Independência e Democracia a componente britânica, o Partido da Independência do Reino Unido, passou a segunda força nas eleições britânicas, relegando não só os trabalhistas mas também os liberais para posições claramente subalternas. Entretanto, cresceu significativamente o número de deputados extremistas de direita no Parlamento Europeu.

7. Os efeitos políticos na Europa da União vão ser relevantes já no futuro próximo. O Parlamento Europeu, globalmente está mais à direita, com as inerentes consequências no plano das deliberações políticas, das resoluções sociais, das medidas para debelar a crise e para criar uma regulação financeira eficaz.


Joel Hasse Ferreira, Eurodeputado pelo PS

Não publicamos anónimos

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