27/02/09


Reeleito com 96,43%


Sócrates anuncia debate nacional para elaboração de plataforma eleitoral


Reeleito secretário-geral com 96,43%, José Sócrates anunciou que o PS, logo após o Congresso de Espinho, que decorrera este fim de semana, lançará um grande debate nacional, no quadro do movimento Novas Fronteiras, para a elaboração da plataforma eleitoral com que o partido se apresentará às próximas legislativas, e reassumiu o compromisso de modernizar o país com justiça social e combater as desigualdades.
José Sócrates pela terceira vez foi reconduzido na liderança do PS com 25.393 votos, tendo-se registado 736 votos brancos e 202 votos nulos nas eleições directas do partido realizadas nos dias 13 e 14. O secretário-geral conseguiu ainda 1700 delegados que apoiam a sua moção de estratégia, enquanto as moções apresentadas por Fonseca Ferreira e Antonio Brotas elegeram, respectivamente, 21 e um delegados

Numa breve declaração ao final da tarde de domingo, na sede nacional do Largo do Rato, José Sócrates disse que o PS se “orgulha” de contar com a colaboração de todos os independentes, “vindos dos sectores mais dinâmicos da sociedade portuguesa”, referindo que os socialistas contam “com a sua energia, com o seu olhar crítico e com a sua disponibilidade para o interesse público e o bem comum”.

José Sócrates considerou que “o PS é hoje um partido unido, um partido forte e um partido aberto à sociedade” e que se afirmou “como um partido portador das ideias e propostas de acção, iniciativa, reforma e progresso de que o país precisa. O PS é a força da mudança em Portugal”.

Mais uma vez, acrescentou, “provámos que somos nós quem lança as ideias políticas que motivam e mobilizam os nossos concidadãos”.

“Julgo que o país percebeu bem a nossa mensagem: é tempo de responder com determinação e rigor à crise económica e é tempo de prosseguir com as reformas modernizadoras”, disse, alertando que este “não é tempo de aventuras, demagogias ou populismo”, mas sim “tempo de estabilidade, sentido de Estado, responsabilidade, iniciativa”.

Responder à crise e prosseguir com as reformas

E reafirmou que a “nossa linha de rumo é clara: responder à crise e prosseguir com as reformas”, salientando que “os portugueses não confiam em quem apenas protesta contra a crise”.

Pelo contrário, adiantou, “os portugueses querem que o país saia da crise e para isso é preciso visão e prioridades claras”, como aumentar o investimento público, reforçar as políticas activas de emprego, apoiar as empresas estabilizando o sistema financeiro e reforçar o apoio público às famílias.

“Esta é a linha de rumo do PS. E o que nos propomos é reforçar esta linha de rumo”, disse.

Como medidas com as quais se compromete reforçar esta linha de rumo, destacou “os 12 anos de educação para todos”, “a extensão da rede social de apoio às famílias e das redes de cuidados de saúde”, “uma regulação pública para os mercados mais transparente e mais eficaz” e “uma reforma fiscal capaz de redistribuir melhor o rendimento a favor das classes médias”.

E concluiu, afirmando que “em tempos como estes, a responsabilidade mede-se pela capacidade de agir, de recusar aventuras e de ser rigoroso e determinado. Eis o meu compromisso: iniciativa, determinação, responsabilidade”.