05/05/08

EMPOSSADA A NOVA COMISSÃO POLÍTICA DO PS/ALCÁCER.
Os membros eleitos pela lista B não compareceram à tomada de posse.


Em sessão com pompa e circunstância, que contou com a participação de um Ministro, do Presidente da Federação e de um Deputado e registou meia centena de pessoas na assistência, tomou posse a 14 de Março,, a nova Comissão Política Concelhia do PS, presidida por João Massano, que agora inicia o seu 3º mandato à frente do PS local.
O acto ocorreu no salão da Associação de Socorros Mútuos Alcacerenses (Montepio).
A eleição desta Comissão teve lugar a 7 de Março e foi uma discussão plural, porque concorreram ao acto, duas listas.

No boletim e blog do nosso Clube de Política de Alcácer do Sal demos, na altura, realce a esse acto eleitoral por acharmos de todo o interesse para Alcácer, que a vida política seja cada vez mais participada, aberta e concorrida e é, sem dúvida, o PS -partido largamente maioritário em Alcácer- que tem que assumir sem hesitações, com determinação e sabedoria, a liderança política do concelho. Foi com o objectivo de contribuir também, para esse desiderato que nasceu o nosso Clube de Política de Alcácer do Sal. Aqui estamos para prestar com humildade e afinco a ajuda que nos for possível. Ao PS cabe definir um desígnio de desenvolvimento para Alcácer e liderar politicamente o percurso.

-------------------------------------------------------------------------------------A POSIÇÃO DO CLUBE DE POLITICA
EM RELAÇÃO À POSIÇÃO DA LISTA B


O CLUBE DE POLITICA DE ALCÁCER DO SAL entende:

1. Está criada no PS concorrência pela liderança.

2. Isso é salutar, pois a concorrência promove a eficiência e é, em ambiente de competitividade, que mais se evolui. Por isso, o momento que o PS vive é positivo.
Em nenhum dos outros partidos de Alcácer, se vislumbra uma tal vitalidade. Ninguém sabe como e quando, nesses partidos, são escolhidas as lideranças, com que programas, quem lidera e em direcção ao quê...

3. Mas essa competitividade não deve ter motivações secundárias, nem a energia militante gasta em combates pessoais ou na luta por mesquinhos interesses de poder. Deve sim, assentar no dever partidário e no interesse do partido e de Alcácer. Deve servir para abrir, fortalecer, unir e dinamizar mais o partido e deve ter subjacente, uma estratégia para o desenvolvimento do concelho, a qual enformará a estratégia partidária, pois ao partido interessa o que interessa ao concelho.

4. O Clube de Política deseja que este problema dentro do PS se ultrapasse rapidamente, para bem do Partido e de Alcácer e que esta divisão seja transformada numa crise de crescimento, que contenha aprendizagem e venha contribuir para uma maior maturidade e energia política.

5. Importa que todos os militantes tomemos consciência, que o nosso Partido tem hoje, uma missão histórica em Alcácer, para a qual temos de saber estar à altura.
A CDU não serve os tempos actuais de modernidade, democracia, competitividade e coesão social, por isso não serve a Alcácer.
O PS não pode, portanto, fugir ao apelo que esta terra hoje nos lança, de sábia liderança política, para se poder tirar todas as vantagens económicas e sociais que este surto de crescimento empresarial, que agora apitou, potencializa. Para se saber combater os efeitos negativos que esse surto também vai trazer e garantir uma melhor solidariedade e coesão com os mais necessitados.

5. Por isso, à direcção do partido exige-se que, sem demora, aposte no fortalecimento e dinamização do partido, gizando e implementando uma estratégia ousada, à altura do momento histórico que Alcácer vive, por via do "boom" turístico que arrancou na nossa terra e que vai arrastar indústria, comércio e serviços, revolucionando de forma incontornável, o concelho, demonstrando assim, aos militantes e à sociedade, que o PS é o partido que merece continuar a ter a escolha dos eleitores, porque sabe traçar e liderar politicamente, um desígnio para Alcácer e estar à altura das exigências que o desenvolvimento e a modernidade hoje lhe impõem.
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A sessão de tomada de posse iniciou-se pelas 21h30m e a mesa foi ocupada por João Massano (presidente da CP, reeleito) Augusto Santos Silva (Ministro dos Assuntos Parlamentares) Deputado Alexandre Rosa e Duarte Lince Faria (Presidente da Assembleia Municipal). Mais tarde ocuparam o seu lugar na mesa, Vítor Ramalho (Presidente da Federação do PS/Setúbal) e Pedro Paredes (Presidente da Câmara de Alcácer) que só puderam chegar àquela hora porque estiveram a participar numa reunião com o Primeiro Ministro, informaram.

A sessão foi aberta por João Massano que empossou a Comissão Política. Chamou à mesa para assinarem: Luís Vizinho; José Clemente (ausente);Célia Mendes; Mauro Félix (ausente);Hélder Moutinho; Rita Rito (ausente); Nuno Martins; Eduardo Mira (ausente); Ana Massano;Edgar Costa (ausente); José Domingos Costa; Katia Santos(ausente); Rodolfo Neves; Joaquim Rosa (ausente)

Os membros ausentes que não tomaram posse, são os membros da lista B. Declararam-nos que a sua atitude de não comparecerem à posse se ficou a dever ao facto de não terem obtido resposta a carta que enviaram ao Secretário Geral do Partido e ao Presidente da Federação, onde denunciaram alegadas irregularidades no acto eleitoral de 7 de Março e que segundo eles terão prejudicado a lista B, que perdeu por 5 votos.

Em concreto, tal como já foi publicado em diversa impren-sa, acusam a lista A de ter "viciado as eleições" (e por isso não ser a vencedora) dizendo que João Massano pagou "quotas em massa, a militantes que tinham cinco anos de quotas em atraso" para poderem votar. E falam da apresentação por parte da lista A de uma "assinatura falsificada numa declaração de aceitação de candidatura".

Os membros da lista B eleitos para a Mesa da Assembleia Geral, Secretariado da Secção e Comissão Política Concelhia entendem que aquelas acusações, que fazem ao acto eleitoral, são motivo para os órgãos de cúpula do partido tomarem posição e entendem, também, que o facto de o não fazerem justifica a sua tomada de posição em não aceitarem ser empossados no cargo para que foram eleitos. Dizem que não tomarão posse naqueles órgãos, enquanto não for clarificada aquela situação.

Quero colocar Alcácer no lugar que merece

Logo após ter dado posse aos eleitos presentes, João Massano leu um discurso em que, parafraseando Salgado Zenha, "tenho um sonho para Portugal" prometeu dinamizar o partido e disse querer "pôr Alcácer no lugar que merece" falando de modernidade, maior participação política e dum PS centro do debate local.

A política miserabilista da CDU

Seguiu-se como orador Vitor Ramalho, que depois de explicar que chegara atrasado porque estivera numa reunião com o Primeiro Ministro acompanhado da Governadora Civil, e presidentes das Câmaras de Alcácer, Montijo e Grândola, em que foram tratados assuntos de interesse para a região, fez interessante análise ao desenvolvimento que o distrito de Setúbal vai sofrer e como de distrito problema, onde reina a politica miserabilista da CDU, em boa parte responsável pela actual situação, vai transformar-se em motor de desenvolvimento nacional. Realçou, ainda, a importância para o Alentejo Litoral, em que a Câmara de Alcácer se mantenha PS. para se ter maioria na AMLA.

Brevemente publicaremos uma entrevista com Vitor Ramalho, onde o Presidente da Federação vai explanar o seu pensamento para o desenvolvimento do distrito.
Seguiu-se o Ministro Santos Silva que disse que vinha falar de futuro e não de passado, que esse fora mesmo o pedido que lhe fizera Vitor Ramalho. Lembrou que a partir de outubro entramos num ano de eleições, quatro se farão: as das regiões autónomas em outubro do presente ano, as europeias em março de 2009 e em outubro do mesmo ano, as autárquicas e as legislativas. O objectivo do PS é ganhá-las a todas.

O Doido que Governa a Madeira

Fez uma comparação entre a governação dos Açores (PS) e a da Madeira de João Jardim (a quem se referiu como "o doido que governa a Madeira") para mostrar a diferença de qualidade democrática e do funcionamento democrático das instituições. Frisou que na Madeira há um jornal diário do Governo com distribuição gratuita, que faz concorrência aos demais. Que nos Açores os cidadão podem fazer petições ao Governo. Que ao contrário da Madeira, nos Açores há limitação de mandatos para órgãos de governação e há as incompatibilidades dos cargos políticos tal como no continente

O PS é o melhor partido na U.E,

Sobre as europeias disse que o PS é o melhor partido na UE, completamente sintonizado com a filosofia da União "democracia, paz, desenvolvimento". e a prova está na autoria do tratado de Lisboa.

Sobre as autárquicas subscreveu as palavras do orador que o antecedeu -Vitor Ramalho (na entrevista que publicaremos o leitor poderá apreciar o pensamento do Presidente da Federação sobre as autárquicas)

E sobre as legislativas disse que o PS pede de novo, maioria absoluta para que possa governar sem ter de fazer alianças com outros partidos.

Já conseguimos o menor défice dos últimos 30 anos .

Falou depois, do trabalho do Governo PS que está à vista: a crise orçamental está resolvida. De cerca de 7% de défice quando em 2005 o PS iniciou a governação passou a 2,6% em 2007 e a previsão para 2008 é descer para 2,2%. É o menor défice dos últimos 30 anos. O défice foi assim recuperado para nível inferior aos 3% com um ano de avanço em relação ao compromisso europeu. Mais uma vez se prova que o PS é o partido que sabe recuperar défices. Por três vezes foi necessário recuperar o défice e foi ao PS que coube tal tarefa: em 1976 e 1983 com Mário Soares e agora com Sócrates.

O crescimento económico já está em 1,9.
E o investimento estrangeiro vai fazer-se notar em grande


Falou de seguida, do crescimento económico actual, que embora ainda medíocre, já é 3 vezes superior ao crescimento registado no período do PSD, situando-se em 1,9% do PIB. Garantiu que a acção de cativação de investimento estrangeiro que o Governo está a desenvolver, brevemente se vai fazer notar em grande. E não é apenas no sector do turismo mas também na indústria pesada, área energética e investimento público infraestrutural. A propósito frisou que está estabelecido o calendário para a construção dos aeroportos de Alcochete e de Beja, do comboio de alta velocidade, da 3ª travessia do Tejo podendo-se, por isso, contabilizar as perspectivas que esses empreendimentos abrem.
Foram adoptadas novas políticas sociais, visando uma maior solidariedade com as camadas sociais mais vulneráveis, de maior risco de exclusão.
O essencial dos compromissos assumidos em 2008 estão cumpridos. E mesmo o desvio do Iva será cumprido assim a conjuntura internacional não pregue uma surpresa.

O TIBETE

PC

Passou a referir-se aos outros partidos .
"Na Assembleia um voto do PS para que no Tibete, a China respeite os direitos fundamentais e que por sua vez os tibetanos que se manifestem, não deixem de o fazer pacificamente", recebeu, imediatamente, o voto contra do PC. partido que recusa a U E. e tem uma concepção diametralmente oposta à U E.
Partido alinhado com Cuba, mas recusa a sociedade tipo França ou Alemanha

B E

Anda o Governo PS com tanto esforço a cativar investimento estrangeiro e o Bloco de Esquerda trata esses investidores como "ladrões"

PSD

Nós somos diferentes do PSD, quer na questão do divórcio, quanto às privatizações, no que concerne à Segurança Social.

CDS

O CDS é pela lavoura. Nós somos pela agricultura. Se cobramos impostos o CDS diz que estamos a "sacanear" os contribuintes.

Nunca se melhorou tanto a solidariedade

Referiu o que o Governo já fez no que concerne à igualdade de oportunidades referindo que a Segurança Social se tornou mais sustentável. Que o sistema de pensões está a acompanhar o custo de vida Foi reforçado o sistema de solidariedade da Segurança Social. O Orçamento do Estado para 2007 foi reforçado em 1.2 milhões de euros para complemento de pensões.
Foram reforçados os subsistemas acção social e solidariedade. Incrementaram-se políticas sociais dirigidas aos grupos de maior risco ou menor rendimento ou mais vulneráveis. Criou-se maior solidariedade com os idosos maiores de 65 anos com baixos rendimentos. Criou-se o abono pré natal para mulheres grávidas (de que vai beneficiar o ilustre Presidente agora empossado - referiu em aparte) melhorou-se o apoio a famílias numerosas ou mono parentais.
A propósito de subsídios referiu-se à mentalidade que vê o Estado de um lado como se fosse uma caixa multibanco e os cidadãos do outro, a sacar a caixa, para dizer que o Estado somos todos nós e importa que todos geremos oportunidades.

O PS é a maior referencia de estabilidade e credibilidade

O PS é a maior referencia de estabilidade e credibilidade e interrogou: que credibilidade oferece o PSD quando o seu Presidente recentemente junto à fronteira com a Espanha prometeu que, com ele, o IVA ia para o nível de 16%, como em Espanha.
No norte industrial prometeu IRC à taxa 0 para novas empresas.
No litoral centro promete que nenhum serviço publico será fechado.

Presidente do PSD não tem credibilidade

Vai à Madeira dizer que é contra mais uma ponte sobre o Tejo, para quando chega a Lisboa dizer que é pela nova ponte mas só se for de Algés para a Trafaria.
Os eleitores não poderão olhar senão de lado, para um político assim.
Por isso o PS é o porta bandeira da modernização, da esquerda progressista, do avanço na economia, na educação e na cultura portuguesa.
Referiu as reformas administrativas já conseguidas, que tinham de ser feitas e houve a coragem de fazê-las, porque Portugal não pode ser o pais do pântano ou da choça, como definia Eça de Queiroz

Luta Social

Infletiu para as mistificações sindicais com Jerónimo de Sousa a aparecer à frente das manifestações, atitude que não pode deixar de ser reprovável. O PCP usa os trabalhadores para a sua agenda politica. Verificou-se com a manifestação de professores, logo que viram que tinham marcado os pontos da agenda, abandonaram as pessoas. Boa parte dessas pessoas sente-se atraiçoada e dão, agora, razão à Ministra

Seguiram-se as intervenções do público

O 1º interveniente foi José Domingos, actual líder da secção do Torrão do PS.
Referiu que as politicas do Governo são boas mas que prejudicam as autarquias. Falou de certas dificuldades do Executivo de Alcácer, referindo que também é a primeira vez que governa e apelou a Pedro Paredes para ter atenção a uma estratégia comum de retaguarda e que deve haver um propósito comum, que é o de levar o concelho para a frente.
Frisou que se o PS perder a próxima eleição autárquica que perca bem.
"Eu perdi bem, foi contra Rogério de Brito, dignifiquei o partido"
É preciso sentar, discutir, ser aberto e termos as portas abertas a nível central.
Expressou que este concelho é rural e por isso os investimentos turísticos podem não ter muito impacto na população. Falou do CREN, de que tudo se resolve em Évora e que esta nossa ligação a Setúbal nos divide. Que Alberto Antunes sabia lidar muito bem com essa situação.

Humberto Daniel

Defendeu a necessidade do nosso partido não ser "boys for the job, que foi uma expressão que nós usamos para outros partidos
Disse que a reforma da Administração Pública criou anti corpos em muitos dos nossos militantes e simpatizantes. Defendeu uma maior dinâmica partidária.
E considerou que foi um erro o encerramento do hospital de Vendas Novas.

Catarina Marcelino


Defendeu a paridade e igualdade para dizer que é importante cumprir a quota de 1/3 de mulheres nas eleições. Deu o exemplo do governo Sapatero em que são 9 ministras e 8 ministros. (e é mulher o ministro da Defesa, acrescentamos nós)
"É importante dar esse salto nas autarquias"

Duarte Faria

Reivindicou a construção da nova Escola Secundária
dizendo que o Sec Estado tem de cumprir o que vinculou por protocolo com a Câmara e manifestou-se solidário com as palavras de Humberto Daniel

Pedro Paredes

O Presidente da Câmara, saiu do lado de João Massano,em que se encontrava, para dar volta à mesa e cumprimentar Massano de frente, felicitando-o pela vitória e desejando que ele faça bom trabalho, do que não duvida, disse, a avaliar pela boa organização daquele acto de posse.
Justificou o seu atraso àquele acto, porque tivera reunião com o 1º Ministro - a segunda reunião - e continua muito bem impressionado com ele, pois se interessa muito por esta região. Portanto temos homem, disse.

Santos Silva

Na resposta o Ministro mostrou não acreditar que o povo português seja masoquista, a ponto de não concordar com o Governo mas nas sondagens expressar que vai votar PS. Lembrou que tirando um curto período de tempo a seguir às eleições autárquicas, em que as sondagens deram quebra ao PS e na altura que o jornal Público deu uma facada pelas costas a Sócrates, o PS sempre tem liderado as sondagens.
Concordou com a paridade, dizendo que o PS tem de cumprir a relação mínima de 1/3 de mulheres nas listas
Disse que é norma do PS. recandidatar quem está nas autarquias e falou do caso do Porto, onde na passada eleição não quiseram a candidata certa, Elisa Ferreira, que ganhava. Agora já a querem mas vai concorrer em condições muito mais difíceis, opinou.