31/07/09

PS AO ENCONTRO DE SI MESMO (2)



O SÁDÃO sabe que na próxima semana, ocorrerá uma reunião da Comissão Política de Alcácer do PS, no Torrão, com o único ponto de trabalhos: análise da situação no partido.

O PS AO ENCONTRO DE SI MESMO (1)


PEDRO PAREDES, considera que a sua recandidatura pelo PS à autarquia, ao ser decidida por unanimidade, pela Comissão Política Nacional do partido, representa um “processo normal de selecção”, que tornará “mais fortes aqueles que souberam impor os seus pontos de vista”.
Quer “continuar a apresentar trabalho feito. O actual executivo tem uma boa imagem perante a população, pois é composta por uma equipa jovem e dinâmica e que reúne várias sensibilidades”
Sobre a lista apresentada, que articulava os nomes de Pedro Paredes e de João Massano, o candidato socialista explica que esse acto “ficou bem a Vítor Ramalho”, embora não se tratasse de “um processo de união, mas sim de selecção”.
Mantém a decisão de não integrar Massano na lista para o Executivo e diz que está a escolher criteriosamente as pessoas com mais perfil para o lugar de vereador, para não acontecer como há quatro anos, que foram escolhidos à pressa.

JOÃO MASSANO, “apesar de ainda não ter uma posição pública sobre o assunto”, a decisão da Comissão Política Nacional “coloca em causa as estruturas do próprio partido no concelho e no distrito”.
Diz que não se candidata como independente, uma vez que “não é militante do partido há apenas dois anos”.

VITOR RAMALHO, Presidente da Federação de Setúbal - a decisão agora tomada “está suportada na total legalidade do PS”. Diz que um estudo de opinião, realizada à população alcacerense, “apontava o nome do actual presidente como a escolha certa para ganhar, uma vez mais, a autarquia”. Pesou na decisão, segundo Ramalho, o facto de Paredes ter ganho a câmara municipal para o PS e o facto de a população considerar que o partido, “na sua globalidade, fez um bom trabalho ao longo do mandato”.
PORTUGAL SEM FOGOS DEPENDE DE TODOS


Por CARLOS LOPES
deputado

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos

Tendo o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais entrado no início deste mês no seu período mais crítico – a Fase Charlie – importa recordar que os incêndios florestais constituem a principal ameaça à sustentabilidade e desenvolvimento do sector florestal em Portugal.

O Governo, consciente das consequências sociais, ambientais e económicas dos incêndios florestais, assumiu o compromisso com a sociedade portuguesa de mitigar este flagelo. E foi com esse desiderato que definiu como prioridade, logo após os incêndios de 2005, o desenvolvimento de uma política sustentável para a Defesa da Floresta Contra Incêndios.

E hoje, no final da legislatura, é com agrado que reconhecemos a grandeza da dimensão do trabalho desenvolvido. Foi construída uma política responsável, erguida com a colaboração dos vários agentes de Protecção Civil. Um virar de página face ao passado.

“Portugal a arder…”, “A Guerra do Fogo!”, “O que falhou no combate aos incêndios?”, “Durão temeu que o desastre se propagasse ao litoral”, “Inferno – Fogo sobre Portugal”, eram frases que faziam manchetes e abriam os noticiários em 2003.

Nesse verão fatídico, assistimos a um pais em caos, a um Governo que quando meio Portugal já ardia via o seu primeiro-ministro, José Manuel Durão Barroso afirmar que “há meios suficientes no terreno”. Um dia depois, à saída de uma reunião de urgência do Conselho de Ministro declarava o “estado de calamidade pública”. A tal “política de verdade” que o PSD tanto apregoa…

Felizmente, o Governo mudou. Hoje, fruto da acção governativa, os portugueses sabem que podem contar com uma Protecção Civil moderna e organizada. Hoje, a população portuguesa encara com optimismo a luta contra os incêndios florestais.

Os portugueses sabem, sobretudo, que o sucesso da política do Governo resultou de reformas institucionais e legislativas responsáveis. A aposta no profissionalismo, na organização do sistema, na coordenação e na instituição do comando único na prestação do socorro, foram decisões cruciais para os bons resultados alcançados.

Neste processo, merece ser sublinhada a forma exemplar como a secretária de Estado da Protecção Civil, na prossecução do Programa do Governo, soube gerir o processo de criação das equipas de intervenção permanente sem minimizar o papel do voluntariado, a quem devemos muito e que em nosso entender está finalmente a ganhar uma nova dimensão, conducente a um associativismo humanitário cada vez mais forte no seio da sociedade civil. Neste momento estão protocoladas 135 equipas, num total de 675 efectivos. O PS prometeu, o Governo cumpriu!

Os deputados da Assembleia da República, que nesta legislatura fiscalizaram e acompanharam de perto a política do Governo nesta área, quer nas comissões parlamentares quer no terreno, puderam verificar a mudança operada nestes quatro anos. Os três relatórios publicados são claros quanto a essa avaliação positiva.

De facto, Portugal está hoje melhor preparado para enfrentar os incêndios florestais. Melhor preparado, porque reforçou a capacidade de resposta com mais Equipas de Intervenção Permanente, mais “Canarinhos” na Força Especial de Bombeiros e mais elementos no Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR. Melhor preparado, porque programou atempadamente o dispositivo e o seu faseamento. Melhor preparado porque dotou o Dispositivo Integrado de Combate aos Incêndios Florestais de meios de comunicação e reforçou a capacidade de coordenação da gestão por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Durante o Verão, o Dispositivo Operacional terá, pronto a actuar, um efectivo de 9800 elementos, mulheres e homens, profissionais e voluntários, empenhados em dar o seu melhor, que serão apoiados por mais de 2000 viaturas e 56 meios aéreos.

Temos plena consciência que o combate aos incêndios florestais é uma missão complexa (e este Verão, em particular, não se adivinha fácil), mas o Governo e a política que tem implementado neste domínio são merecedores da nossa inteira confiança.

Portugal sem fogos, depende de todos!

O feroz e os mansos

Por Vitor Cunha

Afinal os “ferozes” pedem desculpas e são intransigentes na defesa da dignidade das pessoas e das instituições. Os outros, ou seja, os “mansos” permitem todas as ofensas e, objectiva­mente, dão-lhe o seu apoio e cobertura

O recente episódio protagonizado por Manuel Pinho na Assembleia da República provocou nos meios de comunicação social a inevitável orgia de comentários, críticas, mesas-redondas, colóquios – tudo, como é costume, até à náusea, condimentado pela demagogia reinante.

Num tempo em que os sábios aparecem como míscaros em ano propício, nós os simples mortais ficamos estarrecidos com o siciliano silêncio das mentes brilhantes que enxameiam as tribunas com tantos fariseus com vestes de profetas.

Pensava eu que a reacção de José Sócrates, pedindo desculpas em nome do Governo e substituindo Manuel Pinho (um excelente ministro, na minha opinião) no ministério, suscitasse o mais vivo aplauso. Aqui estava uma decisão de enorme sentido de Estado, exemplar para a tão badalada e controvertida “qualidade da nossa democracia”.

Pois, o que tem vindo a acontecer em situações semelhantes?

Há uns anos, Mário Soares foi agredido na Marinha Grande por militantes do PCP. Não me recordo de ouvir dos dirigentes deste partido um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático!

Há poucos meses na mesma Assembleia da República, um deputado do PSD, em tom bem audível e com gestos ameaçadores, desafiava um deputado do PS para resolverem um diferendo de opinião “lá fora”, ou seja, como preconizava Eça de Queiroz “à bengalada”. Não me recordo de ouvir da presidente do PSD um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático!

Há dezenas de anos que Alberto João Jardim, mais ou menos histriónico, mas sempre vociferante, insulta soezmente, os titulares de órgãos de soberania. Não me recordo de ouvir a nenhum Presidente do PSD um pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático! O homem tem aquele feitio e já foi declarada a sua impunidade!

Há bem pouco tempo, Vital Moreira, candidato a deputado europeu, foi insultado, quase agredido fisicamente numa manifestação organizada pela CGTP. Não me recordo de ouvir dos seus principais dirigentes ou do PCP um imediato pedido de desculpas, uma condenação, uma simples atitude de reprovação. Tudo normal, tudo democrático! Entre subterfúgios e evasivas ficou Vital Moreira avisado que não se deve meter onde não é chamado! É que “estava mesmo a pedi-las…!”.

A título exemplificativo aqui temos, no seu melhor, a defesa intransigente da “qualidade da nossa democracia”, o respeito pelas Instituições, a tolerância, etc. etc.

Pensava eu que na linguagem metafórica cultivada ultimamente até à exaustão, com especial destaque pelo jovem agricultor Paulo Portas, na sua versátil retórica de feirante, isto sim, indiciava comportamentos e atitudes de “animal feroz”. Porém, não ouço dos sábios, muitos dos quais o Mestre Aquilino Ribeiro compararia às bezerrinhas que em todas as vacas mamam, nem aos oráculos cujos anúncios tresandam a naftalina, uma só palavrinha…

E fico a pensar cá para mim neste absurdo linguístico: afinal os “ferozes” pedem desculpas e são intransigentes na defesa da dignidade das pessoas e das instituições. Os outros, ou seja, os “mansos” permitem todas as ofensas e, objectivamente, dão-lhe o seu apoio e cobertura.

Parafraseando Torga que não foi sábio, mas poeta, “que pestilência, quando o futuro esventrar o cadáver deste tempo português”. Com a devida vénia, acrescento eu: o cadáver dos “mansos”.

Por uma nova economia verde

Por uma nova economia verde, rumo à sustentabilidade


Por Humberto D. Rosa
Secretário de Estado do Ambiente

Impõe-se que o PS adopte um programa político visionário e ambicioso, que olhe mais além que a simples superação da crise económica

Uma estratégia de governação com sentido político tem de ter em conta o cenário de crises múltiplas com que o mundo se vem defrontando. Está em curso uma crise financeira e económica sem precedentes, fruto do fracasso do neoliberalismo e do capitalismo desregulado; o risco de nova crise do preço dos combustíveis fósseis paira ainda, na perspectiva da retoma económica vir a fazer disparar de novo a procura de petróleo, com as reservas mundiais no seu pico de exploração; a passada crise do preço dos cereais mostrou como a fome e a pobreza podem emergir inesperadamente, por fragilidade do sistema mundial de produção alimentar; a crise de perda de biodiversidade, danificando os serviços que os ecossistemas naturais prestam à humanidade, decorre paulatinamente em toda a parte, dos oceanos aos continentes; e a crise climática está aí à vista, evidenciando um aquecimento do planeta por efeito de estufa maior e mais rápido que o que se podia antever.

O significado último deste conjunto de sinais globais de crise é simples de divisar: o mundo atravessa uma crise geral de sustentabilidade do desenvolvimento humano. Vivemos uma era em que a globalização é já uma realidade, mas que assenta em pressupostos frágeis e insustentáveis: recurso a combustíveis fósseis, consumo de recursos naturais acima da sua capacidade de regeneração, desperdício e ineficiência no consumo, descontrolo populacional e na utilização de solos, águas e mares, tudo sob escassa regulamentação ambiental, financeira e social. Por isso, a mais nobre tarefa da política nos dias de hoje é a de mudar o modelo reinante de desenvolvimento económico, aproveitando a reacção às crises para reformar profundamente a economia, tornando-a capaz de gerar empregos e riqueza numa base duradoura, e de restabelecer e respeitar os sistemas naturais de suporte de vida que o planeta disponibiliza, e de que a humanidade depende.

O socialismo democrático é de longe a família política melhor colocada para esta tarefa. Sempre fomos pela adequada regulamentação das actividades financeiras e económicas, em vez de deixar rédea solta ao “mercado”; sempre fomos adeptos do multilateralismo e da cooperação internacional necessários para uma governação global, em vez de tendências nacionalistas; sempre favorecemos o primado da solidariedade social, da equidade e da qualidade do ambiente, em vez do crescimento económico como objectivo em si mesmo. É por isso que se impõe que o PS adopte um programa político visionário e ambicioso, que olhe mais além que a simples superação da crise económica. Seria patético se os muitos biliões de euros mobilizados em todo o mundo para reparar os danos da crise financeira, mais não fizessem que restabelecer uma economia pós-recessão nas mesmas bases insustentáveis, com os mesmos riscos, e a mesma tendência para uma sequência de crises e ameaças.

Os investimentos e as apostas políticas de um Governo do PS devem direccionar-se para a criação de uma economia sob um novo paradigma de desenvolvimento sustentável – uma economia verde –, transformando o cenário de crises múltiplas em cenário de oportunidades, e libertando Portugal do jugo da dependência de combustíveis fósseis. Os fundos e investimentos mobilizados para fazer face à crise económica têm de dirigir-se prioritariamente à eficiência energética, em particular nos edifícios e serviços, às energias limpas e renováveis, aos transportes sustentáveis, como os veículos eléctricos e a ferrovia, e à criação de novos empregos mais qualificados, menos transferíveis para outros países. De igual modo é imperativo dar prioridade à sustentabilidade das práticas agrícolas, florestais, e pesqueiras, e à gestão eficiente de águas, efluentes e resíduos, como peças fundamentais que são de uma economia e sociedade renovadas. A fiscalidade terá de continuar a evoluir no sentido de se eliminarem incentivos perversos a práticas insustentáveis, seja na agricultura, nas pescas, nos transportes ou na energia, antes desincentivando essas más práticas e incentivando as opções sustentáveis, como é já hoje uma realidade palpável na fiscalidade automóvel. A política de ordenamento do território, de cidades e de uso do solo deve ser reorientada por padrões de sustentabilidade, de combate e adaptação às alterações climáticas, e de manutenção e reforço do capital natural e dos serviços dos ecossistemas. A descarbonização da economia e da energia tem de ser prosseguida em todas as frentes, como verdadeiro motor que é da inovação tecnológica, da competitividade e de novos empregos.

As alterações climáticas são hoje uma das maiores ameaças que a humanidade tem de enfrentar, decorrendo a um ritmo e escala maiores que antes suposto. Portugal é em simultâneo um país com metas ambiciosas de redução de emissões e de recurso a energias renováveis, e é também um dos países europeus que será mais afectado por esta ameaça. Devemos por isso reforçar a ambição e reputação internacional de Portugal como país que decidiu optar por soluções inovadoras para rumar a um desenvolvimento sustentável, saindo da actual recessão com a criação de uma economia verde, de baixas emissões, geradora de empregos e riqueza numa base duradoura, com qualidade ambiental reforçada, e capaz de atrair investimentos em novos sectores de grande potencial.

visitação diária recorde do nosso blog

Ontem, o nosso O SÁDÃO, teve visitação diária recorde, ao atingir 1.057 visitas entre as 00h00 e as 24h00.
Nas últimas semanas, a média diária de visitas situou-se em torno de 700 e, em três dias, aproximou-se de 1.000. Mas ontem, o relógio eletrónico marcou a ultrapassagem do número mágico do milhar.
Aos nossos leitores agradecemos o interesse.

Os Cornitos do Ministro Manuel Pinho


ESTE PAÍS ESTÁ UM RISO

Este País está cheio de graça! “Graça” teve-a o, então, Ministro da Economia, quando, no Parlamento, quis dar uma marrada em Sua Exª o deputado Bernardino Soares ou, quiçá, em todo o grupo parlamentar do PCP. Este País ficou um riso! A partir daquele instante, assistiu-se...
...a uma inquietude de todo o plenário que, vestindo-se de forcado com jaqueta cor-de-rosa, laranja, azul, vermelho, vermelhão e verde, saltou para a «arena» na ânsia de uma pega frontal ao dr. Manuel Pinho. Depois, foram muitos os que se foram chegando à frente, durante os últimos dez dias. Púdicos, ei-los na praça com uma farpa ou ferro na mão, como se a virgindade fosse a maior virtude seguida naquela «casa».

Ei-los, a debitar boas regras, bons usos, bons comportamentos, boas atitudes, porque o Parlamento merece, e é-lhe devida, dignidade, elevação e ética. E, contudo, muitos (graças a Deus que há gente ponderada) destes senhores de alto coturno, de alto gabarito, de elevada intelectualidade, de insuspeita moralidade, defensores da lei, da ordem e dos costumes, da legitimidade democrática, são os primeiros a vilipendiar as boas maneiras cívicas, as normas de educação, de correcto tratamento mútuo e do bom relacionamento inter-pares.

Em cada sessão há quem seja o exemplo completo e, até perfeito, da desconsideração, do desrespeito pelo outro. Eis muitos destes senhores, agora tão incrédulos e amofinados perante o insólito gesto chifrudo de um ministro politicamente adolescente, esquecidos de si mesmos, dos hábitos costumeiros de insultar este, aquele e aqueloutro, deslembrados dos seus jogos de chacota e de rouquejarem dichotes sobre opositores, não se cansaram de tecer uma toalha de fino linho, como se a gente nunca os tivesse ouvido dizer coisas abomináveis.

Mas como um gesto vale mais que mil palavras… Tudo isto tem feito escola na instituição política mais importante do País. Tudo isto tem sido impresso em cartilha que o povo lê. O Parlamento Português é, assim, uma casa de pequenos demónios que vivem de permanentes intrigas… que saboreiam ridentes e escondidos atrás das portas ou depois nos seus esconderijos preferidos.

Mas a insolência e a malcriadez tem uma solução. Crie-se um curso de novas oportunidades destinadas para certos deputados e futuros ministros eleitos, com frequência obrigatória de Outubro a Dezembro que é o tempo suficiente para concluírem o 12º ano. Ministrem-lhe aos fins de semanas três disciplinas básicas: Literatura Portuguesa ( estudo dos clássicos, bem como de Garret, Camilo e Eça), Educação Cívica e Boas Maneiras e História Contemporânea/século XIX.

Talvez deste modo se possa evitar aquilo que se dizia no século XIX - “o Parlamento é uma vergonha” - bem como o que se comenta no século XXI: O Parlamento está uma vergonha. Para um e outro tempo as evidências discursivas filiam-se num quadro de ausências: Não há eloquência! Não há sapiência! Não há ciência! Não há decência! Não há virtude! E nós, que ainda os vamos ouvindo, de vez em quando, acabamos por ficar como muitos dos senhores deputados e ministros: insensatos, incoerentes, insolentes, intolerantes, coléricos e doidos! …