03/06/09

Grande Comício de Vital Moreira em Setúbal

Eleições Europeias

A Europa é Vital


Ontem à noite o Cine Teatro Charlot, em Setúbal, encheu para o comício de Vital Moreira

Foi uma noite política de sonho.

É o sonho que leva o homem mais alto e mais além
A política tem de ser sonho, espírito de missão, visão alargada dos caminhos.

Que se aprenda em Alcácer, com a aula de elevada política que ontem ocorreu em Setúbal.



Vital Moreira

A encerrar o comício, o cabeça-de-lista do PS às europeias, Vital Moreira, em discurso muito sólido e de grande profundidade intelectual, visou o PSD, sobretudo a sua presidente Manuela Ferreira Leite.
«O líder do partido que propõe esta candidatura [José Sócrates] não se esconde. O líder deste partido não foge. Este partido está com esta candidatura desde o secretário-geral até às estruturas locais», afirmou Vital Moreira
Vital enunciou uma segunda «diferença» entre as candidaturas: «Esta não é a candidatura de um cabeça de lista sem lista; esta é a candidatura de um cabeça-de-lista que tem equipa e que tem candidatos com currículo e podem falar», salientou. Agradeceu a Vítor Ramalho, Presidente da Distrital, pela sua “prova de solidariedade” no primeiro de Maio, em que o “ajudou a vencer essa prova”, referindo-se ao incidente em que foi insultado e agredido numa manifestação convocada pela UGT.
Focou que estes deputados que vão ser eleitos por 5 anos, vão tomar decisões para dez, referindo que lhes vai caber aprovar o orçamento para o período de 2014-2020. E, que é necessário deputados combativos e sólidos para tirar o melhor partido para Portugal desses fundos não consentindo que Portugal deixe de ser o pais da União a receber maior valor de ajudas por pessoa, como acontece actualmente.
Terminou concordando com V. Ramalho que a vida se faz de sonho. Que sem sonho não se tinha feito a União Europeia que de 6 países conta hoje com 27 de várias culturas, religiões, etnias...
Vital Moreira considera que as eleições europeias surgem em um “momento decisivo para a integração europeia”, referindo-se à crise e ao Tratado de Lisboa, que pretende “levar à prática e concretizar”, por trazer “mais eficiência, democracia, direitos fundamentais e peso da Europa no Mundo”.
Explicou que só o PS é que está na sua família política na Europa. Porque o PSD está no grupo Partido popular em conjunto com o CDS e o BE está junto com a CDU. Por isso para estas eleições, votar no PSD ou no CDS é mais ou menos a mesma coisa pois eles se vão juntar no mesmo partido europeu e votar na CDU ou no Bloco de Esquerda também é idêntico que para o mesmo partido europeu eles vão. Disse que não gostarão certamente de votar uns nos outros, mas que lá votam, isso votam.
Referiu que a CDU foi sempre contra a integração europeia e o Bloco de Esquerda também o é e já o eram os partidos que o formaram. Daí se compreenda a dificuldade que encontram para fazerem política e terem alternativas. Estão apenas e sempre, no contra



Vitor Ramalho


Vítor Ramalho, Presidente da Federação/PS, que abriu o comício, considerou que, na “era da globalização geral”, o distrito de Setúbal vai “reforçar a vitória da Europa rumo ao caminho do futuro e da solidariedade”.
Lembrou que Portugal “já não é um país periférico”, dando o exemplo do porto de Sines para sublinhar “o país da centralidade europeia”, e apelidou Setúbal como “o distrito da centralidade europeia, do futuro, da ligação entre o norte e o sul e da ligação à Estremadura espanhola”, referindo a nova ponte sobre o Tejo e o comboio de alta velocidade e o aeroporto de Alcochete.
V. Ramalho, um homem de cultura e humanista "incorrigível", falou de sonho e de quanto temos de sonhar para transformar este distrito que a CDU estagnou e que agora tem uma oportunidade histórica de grande desenvolvimento.

Hasse Ferreira

Joel Hasse Ferreira elogiou o “distrito solidário”, considerando que “Portugal precisa que o PS ganhe” as eleições europeias, para “dar impulso à economia, erradicar a pobreza e propor uma inclusão activa”.
Hasse Ferreira,considerou que a actual crise financeira, “que fez o Mundo aproximar-se do abismo”, foi provocada por uma “minoria instalada sob a complacência da administração Bush e as maiorias liberais” e, como tal, acusa a direita europeia de “responsável”. Assim, realça que votar na direita é “aprofundar a crise”.


Vieira da Silva

Vieira da Silva acusou PSD e CDS de terem a mesma agenda que PCP e CGTP na oposição ao Governo
"Já vimos o PSD e o CDS lado a lado nas manifestações [de professores] com o dr.Mário Nogueira, com o dr. Carvalho da Silva, com Jerónimo de Sousa contra os mesmos objectivos de reforma da escola ao serviço dos portugueses, das nossas crianças e do nosso futuro», declarou Vieira da Silva, que foi o penúltimo orador do comício.
O ministro do Trabalho acusou PSD e CDS de terem «a mesma agenda», que a oposição se esquerda, sendo «contra a avaliação dos docentes, contra os professores titulares e contra todas as reformas para defender a sustentabilidade do Estado Social em Portugal».
...«Juntam-se tantas vezes para votar contra o PS, contra as reformas que Portugal precisa». Também acusou o PSD por defender a privatização da Caixa Geral de Depósitos, do Serviço Nacional de Saúde e do sistema público de segurança social.

ANA GOMES

A eurodeputada socialista Ana Gomes, acusou o cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel de distorcer a posição de Vital Moreira sobre o imposto europeu, considerando que o 'número um' da lista social-democrata «é um maratonista da demagogia» e «um campeão do flic-flac».
Ana Gomes defende assim a criação de um imposto europeu, que “não represente maior carga fiscal para os cidadãos, mas sim mais meios para fazer a revolução económica necessária”. Na sua opinião, o imposto europeu “dá mais recursos à Europa para distribuir por quem tem mais necessidades”.
Criticou a esquerda, que “alinha na conversa reaccionária” da direita, considerando que “votar na outra esquerda é desperdiçar votos” porque não têm “peso” nas decisões europeias.


Teresa Almeida


angariar mais fundos comunitários em Setúbal

A candidata do PS à Câmara Municipal de Setúbal, Teresa Almeida, que falou imediatamente a seguir a V Ramalho, que abriu, fez as honras da casa desejando boas vindas a Setúbal.
Disse pretender “organizar uma equipa de funcionários municipais especialistas em candidaturas europeias”, aproveitando a “articulação” com o eurodeputado Joel Hasse Ferreira, para a “angariação de mais fundos comunitários”. Quer que Setúbal esteja “preparada para aceder” a esses fundos, acusando o actual executivo comunista de ter “esgotado várias oportunidades” para o fazer.
Falou da intenção de implementar em Setúbal o centro de documentação e formação europeia, realçando que a cidade “vai afirmar-se na Europa e reforçar a cidadania europeia”. Referiu ainda, a necessidade de “reforçar o poder municipal” e defendeu a “descentralização”, realçando que o PS “valoriza as autarquias como promotores da melhoria das condições de vida”.