28/07/09

Teresa Noronha candidata pelo CDS

Ficou decidido na noite de hoje, que Teresa Noronha é a cabeça de lista pelo CDS à Câmara de Alcácer.
Teresa Noronha, declarou-nos que não é politica mas que aceitou por querer dar um contributo para a vida social e politica de Alcácer.
A reunião, que terminou há cinco minutos, contou com a presença do Presidente e Vice Presidente da Distrital.
Teresa Noronha que vai agora formar as listas e não tem a pretensão de conquistar lugares, é tida como pessoa querida na juventude de quem foi professora. É formada em Ciências Físico-Químicas e professora na Escola Secundária de Alcácer.

O Esforço Estóico de Teresa e do CDS


COLUNA SOCIAL


O interesse por Alcácer está a aumentar.
Também o CDS não quis deixar de apresentar candidatura à Câmara. Primeiro mandou enviados à PIMEL fazer contactos políticos, depois, namorou o PSD, assediou socialistas descontentes, convenceu Teresa Noronha que na tourada consultou Paredes. Presidente e Vice Presidente da Distrital correram hoje, a Alcácer, montar estratégia.

No passado sábado - dia de todas as decisões - escrevemos, em meia dúzia de capítulos, uma caricatura do que foi esse esforço estóico do CDS e aqui publicaremos um capitulo, por dia.


Capitulo I


Não sei se deva
Ou se interesse.
Sei que me maça.
Então porque vou?
Porque acho graça!

Se não há Paredes,
não podíamos pensar em Massano?
Ou Clemente?

Era madrugada de sábado, dia de Teresa acordar fora de horas, compensando aquela obrigação na semana, de andar a toque da campainha da escola.Ossos do oficio!
Na véspera, depois do jantar, saíra apenas a dar um pequeno passeio e, às dez, já estava de volta, estendida na cama, com um livro aberto sobre o peito, a bocejar. Não passariam de onze e meia quando pegou no sono - e fizera por isso - porque ao contrário do que é habitual ao sábado - neste - queria acordar cedo para saber de Paredes, seu amigo e de Massano, seu ex-aluno. Até resolveu deixar a net ligada para ser mais rápida a consulta a O SÁDÃologo que acordasse.
Esta noite não era, para Teresa, uma noite qualquer.
Ela havia lido, durante o dia, em O SÁDãO, que na noite de sexta para sábado, o PS Nacional decidia, em definitivo, se o candidato à Câmara, era Paredes ou Massano, pelo que desejava dormir a noite de um sono e acordar bem cedo!
Mas, a ansiedade, breve a faria acordar, em sobressalto!
_Será que já se sabe? Será que O SÁDÃO já tem a noticia?
Correu ao computador, a O SÁDÃO, mas ainda nada.
Sim! Para Teresa não havia dúvida que era bem singular não ter amanhecido... indo abrir uma das janelas da varanda, para se certificar.
Qual não foi, porém, a decepção quando, interrogando o nascente, deu com ele ainda completamente fechado e negro e, baixando o olhar e levando-o para sul, viu a cidade afogada em trevas e sucumbida no mais profundo silêncio!
Oh! Era singular, muito singular!
No céu as estrelas pareciam amortecidas, de um bruxulear difuso e pálido; nas ruas só os lampiões se acusavam. Nenhum operário passava para o trabalho, não se ouvia o cantarolar de um pássaro, o rodar de um carro, nem o ladrar de um cão.
Singular! Muito singular!
Voltara ao quarto para, às apalpadelas, procurar o seu relógio de pulso e depois o do marido, que também não achou. Não queria acender a luz, para não acordar o senhor seu marido, que dormia como um justo e que até lhe podia responder mal!
Saiu silenciosamente do quarto e correu ao pequeno relógio de sala, pousado no aparador de século. Marcava meia noite e qualquer coisa. Nem queria acreditar! Levou-o ao ouvido com a avidez de quem consulta o coração de um moribundo; não pulsava: tinha esgotado toda a corda. Mas Teresa fê-lo logo, começar a trabalhar de novo.
_Mas que horas serão estas?
Interrogava-se, também para poder acertar o relógio.
_É singular! muito singular!
Repetia, calculando que, se o relógio esgotara toda a corda, era porque então havia dormido muito mais ainda do que supunha e desejava e, certamente, atravessara um dia inteiro sem acordar e entrara, do mesmo modo, pela noite seguinte.
_Mas que horas serão?...
Achou que tinha mesmo que acordar o marido, para que ele lho dissesse, pois deveria saber aonde tinha o seu relógio e que ela não achava. Mas entendia inútil, que ele, por certo, não estaria para tal solicitação. Ainda assim, decidiu fazê-lo.
Acendeu a luz e carinhosamente:
_acorda homem! diz-me as horas.
_Hã, hum! Que horas? Não vês que é de noite?! Dorme mas é, e deixa-me a mim dormir...
Balbuciou lugubremente, enquanto fazia um giro sobre si mesmo e agarrava o travesseiro para com ele tapar a cabeça.
_Mas para que raio queres tu as horas, a estas horas?!
_É por causa da politica, da candidatura, do CDS, eu...
_Ora essa! Não queres lá ver que doravante o meu sono é que vai pagar, por te andares a meter lá nessa coisa da politica! Ainda vais ficar louca como os outros! Dorme, já te disse.
Teresa não insistiu e tornou à varanda, para consultar de novo, aquela estranha noite, em que lhe parecia que as estrelas já desmaiavam, mas não chegava a aurora. E a noite nada lhe respondia, fechada no seu egoísmo surdo e tenebroso.
_Que horas serão?!... Se ao menos ouvisse algum relógio da vizinhança! Ah, vou esperar pelo relógio de Igreja, que ele bate de quarto em quarto de hora. Será o tempo de fumar um cigarro, debruçada no peitoril da janela, contemplando a noite pesada e misteriosa. Oh! Mas pelo relógio da Igreja só fico a saber as horas, na hora certa e isso pode demorar!..
De repente ficou completamente desperta, fez-se luz sobre si. Situou-se suficientemente na época moderna e, de uma só vez, lembrou telemóvel que tem horas, informativo telefónico que dá horas, computador que marca horas.
_Ai, mas que louca eu estava! E até podia ter descido ao pátio e consultar o relógio do carro.
Ávida, correu ao telemóvel, e também confirmou no computador.
Passava pouco das quatro. Não havia duvida para Teresa, que àquela hora, muito provavelmente, ainda a reunião do PS de Lisboa, não terminara, pois diziam que ia ser longa, que isto de decidir deputados, é coisa para muita discussão e, entre Paredes e Massano, também é obra...
_Oh, que desilusão! Ainda é tão cedo! Ainda não é para já! Isto da politica tem muito "entretulho". Nem sei se tenho paciência...bem, logo se verá!
Calma e pesadamente, arrastou-se silenciosa, para entrar, suavemente, na cama do casal, para não interromper o sono do marido que dormia pesado, agora atravessado, a toda a largura da cama..
_Vou tomar um "rivotril" para dormir descansada e acordar por mim, sem sobressalto.
O fármaco logo começou o seu trabalho de relaxamento e Teresa iniciou, tranquila, um sono doce. Os olhos começaram suavemente a fechar, breve deixou de ouvir o que quer que fosse, a respirar lentamente num padrão rítmico, os músculos relaxavam-se, o coração desacelerou, os padrões das ondas cerebrais teta e delta ficaram lentos e o cérebro começou então a deambular. Inconsciente para o que acontecia à sua volta, Teresa navegava, agora, no sublime sono REM e começava um sonho inicialmente lírico e musical, mas confuso entre ficção e realidade.


Amanhã: Capitulo II

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BE divulga lista ainda esta semana

Fomos informados que a lista do Bloco de Esquerda para as Autárquicas 2009, já està concluída na sua totalidade e com os pedidos das certidões de eleitores já entregues. E que até ao final desta semana será feito um comunicado de imprensa a nível distrital e local, com a divulgação da lista do BE às Autárquicas.