30/07/09

Por Joel Hasse Ferreira
(Professor Universitário)

Os Pais do Monstro e o Desenvolvimento

Cavaco Silva e M.Ferreira Leite


1. Os cidadãos e as cidadãs razoavelmente informados foram gradualmente percebendo que o Pai do Monstro Orçamental dava pelo nome de Aníbal Cavaco Silva e a Mãe do Monstro respondia pelo nome de Manuela Ferreira Leite. O Professor Ricardo Reis, da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, refere que “o maior aumento da despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes. Segue-se o governo de Cavaco Silva”. Como sabemos, Barroso, mesmo quando era Durão, não sabia nada de Finanças, embora, parafraseando Fernando Pessoa, “consta que tivesse biblioteca”. Era, então, a inefável Dra Manuela Ministra de Estado e das Finanças. Já tendo o Monstro Pai e Mãe, o “menino-guerreiro” terá que se contentar com o “honroso” título de Padrinho do tal Monstro Orçamental.




2. Não é só pelo aspecto orçamental que o Governo de Manuela Ferreira Leite seria perigoso, mas porque conduziria também a uma brutal redução do investimento público e a uma diminuição das condições favoráveis ao investimento privado. A patética tentativa de pseudo- racionalização do Estado em 2002/2004 passou pela confusa fusão, sem qualquer rigor ou critério, a esmo e à “martelada”, de organismos públicos, o que diminuiu a eficácia global e específica das estruturas da Administração Pública e não teve nenhum efeito relevante no plano da contenção de custos.



3. Quanto ao distrito, sabemos bem o que fizeram os “campeões laranja e tangerina”. Entre outros feitos, assumiram a responsabilidade de anular no PIDDAC, as verbas propostas pelo então Ministro Valente de Oliveira para completar os estudos sobre a terceira Travessia do Tejo, a ponte Chelas - Barreiro. Voltariam, certamente, todos ufanos, a cometer o mesmo “pecado”, com o apoio entusiástico de quem iria combater os investimentos, a criação de empregos, o desenvolvimento das empresas, bem como as infra-estruturas necessárias para a comodidade dos cidadãos e o melhor funcionamento das organizações empresariais.

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