21/11/08

A Crise

Portugal tem vindo a mostrar uma inesperada resiliência à crise contrariando os cenários catastrofistas de muitos “oráculos” da desgraça


Por Carlos Zorrinho
Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico

A crise financeira e económica que está a ser vivida à escala planetária, sendo uma fonte de desafios e de preocupações para as pessoas e paras os governos, é também um interessante laboratório de aprendizagem, de destruição de ideias feitas e de oportunidade para o surgimento de novas narrativas e novos programas políticos mobilizadores.
A supremacia da economia quantitativa e tecnocrática, plasmada em modelos matemáticos complexos e centrados nos números e não nas pessoas, cedeu o passo ao regresso da economia política na qual terão que ser as pessoas com as suas atitudes, decisões e comportamentos a inverter a lógica de crise e a transformar a ameaça em oportunidade.
Neste novo contexto é reconfortante saber que a Europa antecipou há alguns anos com a definição da Estratégia de Lisboa a aplicação dum quadro de intervenção focado nas pessoas e no conhecimento e que Portugal levou ainda mais longe a aposta com a concretização do movimento de modernização e qualificação induzido pelo Plano Tecnológico.
Não foi por isso por acaso que não obstante ter sido apanhada pela crise em pleno impasse institucional, tenha sido a Europa a dar a resposta mais consistente ao “tsunami” que ameaça destruir pedra sobre pedra o modelo especulativo que prevaleceu nas últimas décadas nos mercados financeiros. E também não é por acaso, que não obstante todas as dificuldades, Portugal tenha vindo a mostrar uma inesperada resiliência à crise contrariando os cenários catastrofistas de muitos “oráculos” da desgraça.
Este sucesso relativo perante a crise não é um convite à inércia ou a auto satisfação. Pelo contrário, exige acção forte e ainda mais determinada. Quem sabe não pode alegar que ignora. Quem se faz ao
Instituído prémio para melhor ideia Simplex


A secretária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, apresentou, numa sessão realizada a 29 de Outubro o prémio Ideia Simplex que pretende distinguir as três ideias mais inovadoras na área da modernização e simplificação administrativas e que sejam exequíveis.
Ao primeiro prémio serão atribuídos 2500 euros, ao segundo classificado 1500 euros e ao terceiro 1000 euros.
Nesta iniciativa poderão participar, até ao dia 30 de Novembro, todos os funcionários da Administração Pública Central, Regional e Local, através do preenchimento do formulário existente em www.simplex.pt/ideia/00_index.html.
A simplificação tem por objectivo melhorar a relação dos cidadãos com os serviços públicos, reduzir os custos de contexto das empresas no seu relacionamento com estes serviços, tornar a Administração Pública mais eficiente e, assim, tornar Portugal mais competitivo.