20/06/10

Manuel Alegre e o serviço militar

Publicaremos, nos próximos meses, alguns textos sobre a figura de Manuel Alegre.
Hoje publicamos um texto da autoria da candidatura de Alegre a propósito do cumprimento do seu serviço militar.
Com efeito, opositores de Alegre sempre espalharam que fora desertor do exército português e que ingressara até, nas fileiras do MPLA

"Para conhecimento de quem estiver interessado, divulga-se o registo do serviço militar de Manuel Alegre de Melo Duarte, que pode ser confirmado pelas entidades competentes, nomeadamente o Estado Maior do Exército.

•Agosto de 1961: incorporação, como cadete, no Curso de Oficiais Milicianos, na Escola Prática de Infantaria, em Mafra.
•Dezembro de 1961: fim do Curso acima referido com aprovação e promoção a Aspirante a Oficial Miliciano.
•Dezembro de 1961: colocação no Batalhão de Infantaria 18, Arrifes, Ponta Delgada, São Miguel, Açores.
•Julho de 1962: mobilização para Angola, passagem pelo Quartel Geral dos Adidos, em Lisboa, partida de avião, como Alferes Miliciano de Infantaria, para Luanda, onde é colocado numa Companhia da Guarnição Normal, comandada pelo Capitão Cruz Silva, do Regimento de Infantaria de Luanda, cujo Comandante é o Tenente Coronel Garcês de Lencastre.
•O seu pelotão recebe como missão a realização de escoltas para o Norte, nomeadamente Quicabo, Beira Baixa, Nambuangongo e Quipedro. Protege colunas de civis e de reabastecimento e recolhe paraquedistas lançados na região dos Dembos. Várias vezes debaixo de fogo, a primeira das quais entre Nabuangongo e Quipedro.
•Colocado pelo Comandante do Regimento de Infantaria de Luanda (RIL) em Quicua, na região da Muxima.
•Cerca de um mês e meio depois, é transferido para o Regimento de Infantaria de Sá da Bandeira de onde, posteriormente, segue para Sanza Pombo, integrado numa Companhia comandada pelo Capitão Fernando Sousa (hoje Coronel Reformado, residente nas Caldas da Rainha).
•O seu pelotão vai para o aquartelamento de Quixico, perto da fronteira com o Congo, onde se junta a outro pelotão, comandado pelo Alferes Miliciano Nuno Teixeira.
•Em Março/Abril de 1963, é evacuado por motivo de doença ('zona') para a sede da Companhia em Sanza Pombo.
•Depois de recuperado, recebe guia de marcha para se apresentar no Quartel General, em Luanda, para onde segue, a partir da Base do Negage, por via aérea.
•Apresenta-se no Quartel General e recebe ordens para aguardar em casa novas instruções.
•Alberga-se na residência do seu amigo, Alferes Miliciano de Infantaria, António Flores de Andrade.
•Em 17 de Abril de 1963 apresenta-se nesta residência o Capitão de Cavalaria Cruz Azevedo. Pede desculpa de trajar à civil, afirmando que recebeu instruções nesse sentido, e mostra ao Alferes Miliciano Manuel Alegre de Melo Duarte uma ordem de prisão.
•Manuel Alegre de Melo Duarte veste a sua farda e é conduzido pelo Capitão à Casa de Reclusão Militar, onde passa uma noite.
•No dia seguinte, o Comandante da Casa de Reclusão entrega-lhe um documento de passagem à disponibilidade, assinado pelo Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, Tenente Coronel Bettencourt Rodrigues. Informa-o de que tem de se vestir à civil e que a PIDE o espera à porta da Casa de Reclusão.
•É detido por uma brigada da PIDE chefiada pelo inspector Pottier, sendo conduzido para a prisão de São Paulo.
•Aí passa seis meses, sob a acusação de tentativa de golpe militar contra o regime do Estado Novo.
•Findo esse período, é libertado com termo de identidade e residência em Luanda.
•Como não é reintegrado no Exército nem enviado para a Metrópole, pede uma audiência ao Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, que lhe é concedida. Manifesta estranheza pela sua situação e pelo facto de, sendo Oficial, ter sido entregue à PIDE.
•Três dias depois da audiência o Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola ordena o seu regresso a Lisboa, na situação de disponibilidade.
•Parte no "Vera Cruz" e chega em Dezembro de 1963.
•A PIDE fixa-lhe termo de identidade e residência em Coimbra.
•Em Maio de 1964 é avisado de que corre o risco de ser preso pela polícia política.
•Refugia-se em Lisboa, na casa do poeta João José Cochofel. Dias depois é levado por este para a casa de Rui Feijó, a Casa de Vilar, na Senhora da Aparecida, Concelho de Lousada. Daí parte em Julho de 1964 para o exílio, com a ajuda dos Drs. Armando Bacelar e Montalvão Machado, em cuja quinta, perto de Chaves, atravessa clandestinamente a fronteira.
Encontrava-se na situação de disponibilidade e com o serviço militar cumprido.

•Regressa a Portugal em 2 de Maio de 1974.
Conclusão: Manuel Alegre de Melo Duarte cumpriu o serviço militar, nomeadamente em África e em situações de combate. Não tem nada a esconder, ao contrário dos cobardes que espalham calúnias a coberto do anonimato e contra os quais não deixará de agir judicialmente."

18/06/10

Jantar a Manuel Alegre

No próximo dia 25 de Junho, pelas 20h, irá realizar-se no Pavilhão António Velge (Vitória de Setúbal) um jantar de apoio à candidatura presidencial de MANUEL ALEGRE.

No decorrer do jantar, antes da intervenção de Manuel Alegre, será leiloada uma brochura de 40x60 com a reprodução dos painéis da Igreja e a interpretação do seu significado oculto. Esta brochura tem um poema manuscrito por Lagoa Henriques.

O custo do jantar é de 15 euros e as inscrições deverão ser efectuadas com Filomena Cunha (919318314) ou junto dos mandatários concelhios do distrito de Setúbal da candidatura de Manuel Alegre, a saber:

Alcácer do Sal - Mauro Félix (935909950)

Alcochete - João Barata (963831917)

Almada - António Mendes (962147587)

Barreiro - Maria Madalena Pereira (917603096)

Grândola - Carla Cristina Silva (966552583)

Moita - Manuel Borges (914161041)

Montijo - Maria Amélia Antunes (917600624)

Palmela - José Braz Pinto (968096317)

Santiago do Cacém - Hugo Ferreira (969737759)

Seixal - Nuno Tavares (966006002)

Sesimbra - Américo Gegaloto (965678428)

Setúbal - Luís Gonelha (966786344)

Sines - Carlos Silva (963828033)

A hora do Alegre!


Por: Catarina Marcelino (deputada)

Muito se tem falado do apoio do Partido Socialista a Manuel Alegre, caracterizando-o por divisionista e pouco entusiasta.
Há quem defenda que deveria haver outro candidato, que o Manuel Alegre teve posições recentes contra o Partido Socialista, que o Manuel Alegre foi apoiado de imediato pelo Bloco de Esquerda, e até que o PS não deveria apoiar nenhum candidato deixando a decisão a cada um dos militantes sem orientação partidária.

Parece-me que é fundamental termos em atenção as circunstâncias políticas do país e o que implica posições de desmoralização das dinâmicas de apoio à candidatura que, para o bem e para o mal, é neste momento a candidatura que é apoiada pelo Partido Socialista.

Não nos podemos esquecer que o candidato da direita é Cavaco Silva. Um candidato culturalmente pequenino, conservador nos costumes, que não tem dimensão para representar dignamente Portugal.

Lembremo-nos da votação da Lei das Uniões de Facto, do facto de ter parado o país para fazer declarações sobre a Lei do Estatuto dos Açores, da sua posição no referendo da despenalização da IVG, das declarações que fez aquando da promulgação da Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo ou ainda da trapalhada das escutas que nos ocuparam o Verão passado.

Para além do mais, a direita procura realizar um sonho antigo – um Presidente, um governo, uma maioria.
Quanto a mim, contribuirei activamente para combater Cavaco e o sonho da direita. Como socialista não posso, através da imobilidade e da falta de entusiasmo, colaborar para um resultado que considero ser prejudicial para Portugal.
Também o argumento do apoio do Bloco de Esquerda é falacioso. A esquerda apoiar o mesmo candidato presidencial não é novidade, aliás, diria mesmo que tem sido o mais comum. Há quem argumente que os tempos são outros e que a necessidade de entendimentos ao centro na defesa do país fala mais alto.

Parece-me a mim que é de facto necessário, patrioticamente, salvar o país, e para tal haver entendimento entre os Partidos que têm capacidade de governação, mas não é menos importante ao nível dos costumes e da cultura, estarmos ao lado da esquerda não conservadora. O PS tem vivido desta dualidade de quem está ao centro, de quem é responsável e aposta no desenvolvimento de Portugal em todas as suas dimensões.

Manuel Alegre é militante e um histórico do Partido Socialista, é um homem de esquerda que tem uma visão progressista para Portugal e tem uma dimensão cultural considerável. Não tenho escrúpulos em apoiar esta candidatura que, sendo no terreno, a única oposição relevante a Cavaco, e a tudo o que ele representa, deve ser apoiada por aqueles que combatem o conservadorismo e defendem o progresso.

O país está a atravessar um momento difícil, o PSD prepara-se para disputar a governação de Portugal. Não há espaço para hesitações, nem há espaço para mágoas, mas sim, há espaço para o combate político coerente, determinado e dignificante dos valores da esquerda democrática.

Catarina Marcelino - Deputada à Assembleia da República

A pior crise desde a Segunda Guerra Mundial

Por: Euridice Pereira (deputada)

“O que tínhamos à nossa frente em 2008 e 2009 era uma crise mais grave do que a pior desde a Segunda Guerra Mundial”. Quem o afirmou foi o Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claudet Tricket.

2009 foi ontem, não obstante hoje estarmos – Portugal está – sob uma intensa pressão. A agência financeira Standard & Poor’s, ainda há poucas horas, baixou a nota da dívida portuguesa, de forma inesperada e inaceitável, diga-se, promovendo o alarmismo nada recomendável nesta fase do processo de recuperação.

Ouvi a declaração conjunta do Primeiro Ministro, José Sócrates, e do líder do principal partido da oposição, Passos Coelho. Agradou-me.

A realidade é que, há cerca de 5 anos, o deficit herdado pelo anterior Governo socialista era elevado ( mais de 6%). Em cerca de 2 anos ( menos 1 do que o previsto) o plano governamental e o esforço dos portugueses conseguiram uma redução superior a 50%. Era, a seguir, tempo de consolidação. Nada feito. Eis a tal crise, “a mais grave do que a pior…”.

A resposta imediata do actual Governo situou-se, inevitavelmente, em minimizar os efeitos. A minimização, necessária, das repercussões da crise só podia contar com um aliado: o Estado. Foi necessário (e ainda é) responder, com dinheiro público, à ameaça de fecho de (mais) empresas, à vulnerabilidade das pessoas desempregadas, aos estados agudizados de pobreza,… Este foi um custo assumido. Não há lapso de cálculo. A solidariedade do Estado tem custos.

O deficit é o resultado do que os povos esperam de um Governo, em momentos difíceis: a presença na ajuda efectiva. É portanto hipócrita muita da crítica da classe política ao deficit. A pergunta que se impõe é o que seria dos portugueses se o Governo não tivesse agido. Se o deficit não fosse o que é.

Agora, sem tempo para respirar, é pedida – exigida – prova de que Portugal será capaz de cortar mais de 6% do deficit, até 2013. Os mercados estão aí, famintos.

O PEC- Programa de Estabilidade e Crescimento aprovado em Conselho e Ministros e validado, não há muito, na Europa, tem de ser implementado rapidamente. E sem tempo para que tivesse o seu início, e particularmente, sem tempo para que obtivesse os primeiros resultados, o País é objecto de pressão.

Mas, o PEC é, na óptica da exigência, para uns. exagerado, para outros, pouco!
Á esquerda do PS não se houve uma medida que contribua para a solução. Pelo contrário, qualquer referência feita representa mais despesa. Á direita, o PEC devia ser mais ‘agressivo’, é ‘ de menos’ e exemplifica-se como colaborar com medidas já contempladas ( ex: corte nas consultorias) ou outras de execução demorada, e , portanto, com reflexos imediatos nulos face à necessidade urgente de gerar confiança.

Dito isto, foi com bons olhos que vi o principal partido da oposição ‘ chegar-se à frente’ e dizer da sua disponibilidade em defender Portugal. Entendo que este é o caminho. A mobilização de esforços, que para os mais complexados há que dizer não significar perda de identidade, tão pouco perda de identidade ideológica, não é uma opção, é um dever.

O povo português, a quem, ciclicamente, são pedidos esforços tem o direito de exigir aos governantes e aos partidos da oposição que se entendam e que encontrem soluções. Estes têm o dever de responder em conformidade.

Por outro lado, este povo não é uma ‘carta fora do baralho’ na construção de alternativas, seja nas opções políticas orçamentais, sustentáveis e credíveis, seja na implementação de reformas estruturais consequentes. Mas, para isso, é fundamental que se sinta mobilizado. É imprescindível identifica-se com o caminho a percorrer e, especialmente, ter claramente identificado o destino final. Em suma, tem de ter consensualizada a meta.
O Governo tem de abrir a porta e ouvir, para melhor decidir.

A(s) oposição(ões), para se fazer ouvir, tem de ser consequente. Ser oposição não é ser a permanente voz do contra – e, por Portugal, tem de deixar de ser. Ser oposição é apresentar alternativas. Alternativas viáveis, o que implica dizer como e porque se faz, que custos acarreta, e que resultados se prevêem.

A guerra aos ‘predadores’ externos faz-se com concertação de esforços responsáveis. O encontro de hoje, entre PS e PSD, pode ser um grande sinal. Por Portugal. Pelos Portugueses.

A Deputada,
Eurídice Pereita

Tribunais de Execução: Todos funcionam mal

Noronha do Nascimento
"Tribunais de Execução são o cancro do nosso sistema judiciário"

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha do Nascimento, afirmou esta manhã que os tribunais de execução são "o cancro do sistema judiciário português", uma vez que não há um único que funcione bem: "Todos funcionam mal".
Comissão de Inquérito

Sócrates quer pedido de desculpa dos deputados

O primeiro-ministro acusou hoje os deputados da oposição de terem tentado humilhá-lo publicamente com a comissão de inquérito PT/TVI, afirmando que o seu dever agora seria um pedido de desculpas


Somos um pais pobre, que vivemos em permanente défic (creio que desde Afonso Henriques) e damo-nos ao luxo de comissões de longos meses, com enormes custos financeiros, a ocuparem os portugueses meses a fio, a acompanhar o assunto, para quê?
Para concluírem o que se sabia desde o inicio que iria concluir-se. Que o 1º Ministro sabia informalmente, como sabia toda a gente, do tal negócio, mas que não sabia institucionalmente. Informalmente tinha de saber, porque ele não é um 1º Ministro desatento.
Que oposição esta que tudo faz para denegrir a imagem dos governantes e das instituições! É assim que se dignifica a sociedade e o Estado? É assim que se passa boa imagem para o exterior?
Quando há suspeitas deve-se investigar. Mas investigar sem exagero, sem aberrações intelectuais, simplesmente para ganhar antena e protagonismo, à procura de votos.
Neste caso estamos em querer que os votos não crescem, porque o povo não quer nada dessas aberrações teóricas e intermináveis do BE, do PCP, dos Pachecos....
Consumo privado abranda
Economia portuguesa reforça crescimento em Maio


A economia portuguesa continuou a recuperar em Maio, de acordo com os indicadores coincidentes hoje revelados pelo Banco de Portugal. O consumo privado abrandou.

Morreu Saramago

SARAMAGO TEM AVENIDA EM ALCÁCER COM O SEU NOME


José Saramago, prémio Nobel da Literatura em 1998, morreu hoje com 87 anos, depois de o seu estado de saúde se ter agravado nos últimos dias.

O autor português encontrava-se doente mas em estado "estacionário", mas a situação agravou-se, explicou ao “Público” o seu editor, Zeferino Coelho.

Saramago nasceu na Golegã, em 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento.

Casado com a espanhola Pilar del Rio desde 1988, Saramago vivia em Lanzarote, nas Canárias, onde faleceu hoje com 87 anos.

O primeiro emprego de Saramago foi como serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista, revela a biografia do autor que consta na página da Fundação José Sramago.

Terra do Pecado foi o primeiro romance que publicou, em 1947. Foi com a publicação de Memorial do Convento, em 1984, que a sua obra ganhou a atenção dos leitores.

Foi director adjunto do Diário de Notícias durante 10 meses, saindo no 25 de Novembro de 1975, quando jornal foi alvo de uma intervenção por parte dos militares portugueses.

A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote.

07/06/10

1º Casamento Gay foi no Feminino

Primeiro casamento gay em Portugal foi hoje




Helena Paixão e Teresa Pires: primeiro casal gay a casar-se, em Portugal
O primeiro casamento civil oficial entre gays foi realizado nesta segunda-feira em Lisboa. Duas mulheres que viviam juntas desde 2003, oficializaram a união numa cerimônia de 15 minutos, realizada num cartório da capital, entre muitos fotografos e as imagens da cerimónia darão volta a parte do mundo.

CRIME ATÉ 1982

Até 1982, o homossexualismo era considerado crime no Código Penal português.


o sexto país da Europa


Portugal passa a ser o sexto país da Europa a legalizar o casamento gay.

Helena Paixão, tem 40 anos, e Teresa Pires, 33.
Ambas divorciadas e mães, cada uma, de uma filha, viviam juntas há oito anos. Em 2006 haviam apresentado um pedido de oficialização de seu caso, num país de forte tradição católica.
A permissão de casamento havia sido rejeitada pelo registro civil mas, ao final de um longo périplo judicial, foi validada pela Corte Constitucional.
Em consequência, o poder legislativo aprovou, em Fevereiro, uma lei que suprime da definição de matrimônio, do código civil, a menção "sexos diferentes", autorizando de fato as uniões homossexuais.


HomosseXuais no Estado Novo ???...

Jorge Castro

- a propósito da temática do livro "HomosseXuais no Estado Novo", da autoria da jornalista São José Almeida -


Ora aí está um tema sexossocial estimulante. O que terá passado um homossexual no Estado Novo que um homossexual no estado em que estamos não passe ainda?

Confesso que ainda não li o livro mas que pretendo fazê-lo, quando tiver oportunidade, que mais não seja por curiosidade e ilustração. Mas não é do livro que falarei agora, pelo que peço, desde já, desculpas à autora pela fonte de inspiração.

Primeira observação assustadora: Então que me dizem do casamento de homossexuais? Também aqui me perturba algum desnorte, a saber:

- No Estado Novo, qualquer elemento dito progressista que se prezasse - notem que já nem digo antifascista... fiquemo-nos, então, pelo meramente progressista - considerava o casamento (pelo civil, entenda-se) como uma instituição a combater e, porventura, a abater, pelo que continha de retrógrado, reaccionário e castrador de uma sã relação entre dois seres viventes e pensantes.

Já quanto à opção do casamento pela igreja nada a dizer. Trata-se de uma opção pessoal, que assentará em princípios de livre arbítrio e que compete a cada um gerir, ainda que o casamento seja uma unidade de dois – e este aspecto não é despiciendo, bem como a pressão social que lhe estava subjacente. Mas isso são outros quinhentos…

Porque, à data, a coisa funcionava assim: um jovem casal que juntasse os trapinhos daria à luz, necessariamente, um filho bastardo se não fosse, a correr, tratar do casório, com o receio das consequências que desse estatuto advinham principalmente para o cidadão recém-nascido e, caso o casal o fizesse apenas pelo civil, ainda assim haveria muitas mentes puritanas que achavam mal, insuficiente e, supostamente, imoral.

Não deixa de ser curioso que aos próprios filhos fosse recusado o baptismo se os pais não fossem casados pela igreja. Aqui, nem o casamento civil era bastante! E a misericórdia relativamente aos «anjinhos» só existia da boca para fora, como é bom de ver. Aliás, esta prática era extensiva aos casais que se divorciassem – os filhos pagariam, assim, à luz da Santa Madre Igreja, pelos «pecados» dos pais ou pelo mero facto de estes, à luz de princípios fundamentalistas, viverem «em pecado».

Pensar que uma excomunhão – lançada sobre especiais prevaricadores, fornicadores e outras abencerragens sociais – podia ser extensiva a três, quatro ou cinco gerações é um bom exemplo da pouca distância que medeia entre a Igreja Católica do século passado e a Igreja Católica da Inquisição.

Retomando a temática do casamento: agora, trinta e seis anos volvidos, e querem convencer-me de que o casamento pelo civil para homossexuais é uma «conquista civilizacional»... Estamos a andar, de facto, muito para trás quando nos deixamos enredar pelas produções nefastas destas mentes apologéticas mas distorcidas, arvoradas em gurus sociais.

Se me quiserem convencer de que qualquer ser vivente tem os mesmos direitos que o seu semelhante (até para contrair um empréstimo bancário) e que essa é uma luta por uma causa que se justifica, aí eu alinho, já e agora e aqui e nem me ocorre qualquer condição prévia.

Se me quiserem recrutar para defender pesadas penas sobre quem recorra a práticas sociais discricionárias – ao nível de emprego, de acessos sociais, etc. - sobre indivíduos de qualquer opção de religião ou sexual diferente da minha, contem com a minha participação activa.

Mas igualdade na contracção de matrimónio? Para quê, senhores, tanto ansiar pela igualdade numa instituição caduca, sem préstimo e, quiçá, em vias de extinção? Má aposta!

É a igualdade do engano que nos engana... a todos! E é com profundo constrangimento que escuto descabeladas baboseiras proferidas por uns quantos arautos dos quais era suposto esperar outro discernimento.

No fundo, concluiu-se mais uma jogada de faz-de-conta deste tempo do centrão em que nos atolámos: muito espalhafato em torno de uma situação menor – que devia decorrer, lógica e serenamente, de outros preceitos sociais vigentes – que esconde, perturba e deixa todas as questões de fundo sobre esta matéria – a discriminação homofóbica - exactamente na mesma.

Além disso, em boa verdade e já que se fala nisto, não me lembro de ter lido na Declaração Universal dos Direitos do Homem o direito ao casamento pelo civil... para quem quer que seja. Vocês leram...?

06/06/10

A vaca, o galo e Salazar









Por: João Duque, Professor Catedrático do ISEG


Contava-se que a mãe de António Oliveira Salazar, em profundos cuidados com a saúde de seu amado filho, teria prometido uma vaca à Senhora padroeira da terra caso o jovem António vencesse uma grave doença que o teria atacado.

Curado, mandou-o a mãe à Vila para vender a vaca com intuito de pagar a promessa à santa padroeira. Aproveitando a tarefa, pediu-lhe que vendesse um galo o qual, pela capoeira, criava mais desacatos que ovos galados. Pediu-lhe a mãe 100 escudos pela vaca para enfiar na caixa das esmolas da Santinha, e 1 escudo pelo galo para cómodos da família.

Na feira, António virou o negócio do avesso. A um fazendeiro abastado pediu o jovem António 1 escudo pela vaca. "- Ó garoto, tu sabes o que estás a pedir?" "Sei sim, meu senhor, 1 escudo pela vaca!" "- Então compro-te a vaca!" "-Sim senhor. Mas se levar a vaca tem de me comprar o galo..." "- E quanto queres tu pelo galo, ó petiz?" "- 100 escudos!" "- 100 escudos? Tu estás a mangar comigo? Mas assim como assim, como no cômpito geral o preço é justo, fico-te com ambos. Mas digo-te que nunca tinha feito um negócio tão estranho."

Alguns banqueiros parecem estar incomodados com a nova legislação que impõe a consolidação das operações de ‘cross selling' às operações de crédito imobiliário, quando os benefícios numas operações dependem da aceitação de outras operações firmadas com a mesma instituição e quando, até as garantias reais se estendem aos outros créditos concedidos. Baixam o ‘spread' do empréstimo se...

No entanto, quando um banco realiza um negócio que tem requisitos da mesma natureza faz os cálculos como agora se pretende obrigar a fazer e a publicitar.
Sou o primeiro a reconhecer e a testemunhar como o sistema bancário é dos bons exemplos na economia portuguesa: foram inovadores, são eficientes, são pólos de desenvolvimento de tecnologia e conhecimento, são empregadores de muita mão-de-obra e ainda são lucrativos! (Neste aspecto há quem ache mal, mas eu não!).

No entanto, como qualquer agente informado sabe, a análise de qualquer negócio deve fazer-se envolvendo todos os ‘cash-flows' marginais associados, e os que resultam de obrigações de ‘cross selling' de outros produtos, devem sempre ser considerados.

Logo, a exigência agora emergente da nova legislação é pertinente, porque vai obrigar a adequar o custo da operação à operação em si, tornando mais difíceis malabarismos que dificultam a comparação do ‘pricing'.

Todos estamos conscientes que as margens terão de se manter, mas para quê fazê-lo de modo pouco claro e à custa da assimetria de informação entre os agentes?

Ao saber o preço da vaca, a mãe de Salazar, desesperada, lança as mãos à cabeça e grita "- O que foste tu fazer António? Vender a vaca por um escudo?" "- Sim, minha mãe. Mas vendi-lhe o galo por 100! Agora dê à Santa o preço da vaca..."

04/06/10

PAREDES NÃO SAI DA CÂMARA



É falso que Pedro Paredes pretenda sair da presidência da Câmara.





Correu insistentemente, em Alcácer, nos últimos dias, que Pedro Paredes ia deixar a Câmara.

O SÁDÃO está em condições de informar que tal não passa de boato.
A este propósito P. Paredes afirmou-nos categoricamente:
"nem tal me passou pela cabeça"

03/06/10

TODOS OS SOCIALISTAS NA CAMPANHA DE ALEGRE

Manuel Alegre é o candidato do PS à Presidência da República.

AGORA QUE FOI OFICIALMENTE ESCOLHIDO PELO PARTIDO, TODOS OS SOCIALISTAS SE DEVEM EMPENHAR NA CAMPANHA DE ALEGRE


O CLUBE DE POLITICA DE ALCÁCER DO SAL, acaba de tomar a posição de apoiar activamente a candidatura de Alegre à Presidência da República.


Comissão Nacional do PS aprova apoio a Manuel Alegre

Comissão Nacional aprovou por larga maioria apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, sob proposta do Secretário-Geral, José Sócrates. Francisco Assis comunicou a decisão aos jornalistas, frisando tratar-se de uma candidatura independente, perante a qual o PS tomou “uma posição clara, consciente e por ampla maioria”. No final da reunião, José Sócrates considerou que "a candidatura de Manuel Alegre honra o país"


Entrevista de Manuel Alegre


Manuel Alegre foi ontem entrevistado por Judite de Sousa, na TV. Eis uma passagem da entrevista, na qual Alegre expõe as suas propostas para solucionar os problemas do país:

JS — Mas é ou não verdade, Manuel Alegre, que o Governo herdou dos governos anteriores do PSD um claro desequilíbrio das contas públicas e…
MA — É verdade.
JS — … e que, sem finanças públicas saudáveis, não se consegue fazer nada…
MA — Claro… Eu acho que sim e acho que um governo de esquerda tem obrigação de fazer isso. Agora, como equilibrar as finanças públicas? Como fazer o equilíbrio orçamental sem criar um grande desequilíbrio social?
JS — Quais são as suas soluções?
MA — As minhas soluções é que… mas as minhas soluções têm de ser pensadas num quadro europeu e num quadro… num quadro nacional. Nós estamos num quadro macro económico de grandes restrições fiscais e… monetárias e estamos num quadro de radicalismo de mercado em que os serviços públicos têm que competir com os privados segundo uma lógica meramente economicista. É preciso inverter tudo isto. É preciso orientações macroeconómicas que obriguem os Estados a ter como objectivo político essencial o emprego, o bem-estar, a justiça social e alterar…
JS — Mas esse não é um problema que nos transcende, não é um problema que, neste momento, está a ser comum a todos os países europeus por causa da grave crise internacional?
MA — Mas nós estamos na Europa. Nós temos uma posição passiva, temos de ter uma posição crítica.



Eurico de Figueiredo diz que Alegre dá garantias contra as derivas extremistas


O ex-dirigente socialista e membro do nosso Clube de Política, Eurico Figueiredo, manifestou hoje o seu apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, dizendo que dá garantias de defender o Estado de Providência e de evitar derivas “esquerdistas” ou “direitistas” na vida política. Eurico Figueiredo, médico, membro das direcções políticas de Jorge Sampaio e de António Guterres no PS, afirma que o percurso político de Manuel Alegre “merece total respeito” aos portugueses.

Plano Operacional de Turismo do Alentejo dia 7

A apresentação pública do Plano Operacional de Turismo do Alentejo, realiza-se no dia 7 de Junho, pelas 14h30m, no Évora Hotel.

A apresentação contará com a presença de Sua Excelência o Secretário de Estado do Turismo, Dr Bernardo Trindade.

Caso esteja interessado(a) em participar deve fazer a sua confirmação até 2 de Junho, para os telefones 284313540 / 245 302021 ou para o email: carla.mocito@turismodoalentejo-ert.pt