29/07/09

Comunicado da Comissao Politica Concelhia do PS

Nota de Imprensa

No âmbito do lamentável e vergonhoso processo de escolha dos candidatos autárquicos do Partido Socialista em Alcácer do Sal, a Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal tomou conhecimento, através dos meios de comunicação social, que a Comissão Política Nacional avocou o processo de designação dos candidatos aos órgãos autárquicos de Alcácer do Sal, tendo, nessa sequência, definido como candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Alcácer do Sal Pedro Paredes;

Tal notícia não deixa de ser surpreendente por duas ordens de razões:

1.ª- A Comissão Política Concelhia, de acordo com os Estatutos que regem a actividade do Partido Socialista, definiu e aprovou a lista dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Alcácer do Sal;

Esta foi uma decisão legítima, legal e democrática, não se compreendendo as razões da sua não aceitação, já que a mesma reuniu o consenso de grande parte dos socialistas de Alcácer do Sal, como, aliás, mostram as evidências;

2ª- Assente num alegado «Abaixo-Assinado», a Federação do Distrito de Setúbal, inusitadamente e sem grande sucesso, tentou avocar o processo de designação dos candidatos a Alcácer do Sal, não reunindo os 2/3 necessários para esse efeito;

Não obstante nunca termos visto tal «Abaixo-Assinado», foi-nos dito que o mesmo conteria afirmações difamatórias susceptíveis de lesar o bom nome e a honra de membros do Partido Socialista local que tanto têm feito pelo nosso Partido, designadamente levando-o à conquista da Câmara de Alcácer do Sal há 4 anos atrás, acontecimento até aí inédito;

Aparentemente, a própria Federação terá entendido que a designação dos candidatos do Partido Socialista a Alcácer do Sal só aos socialistas alcacerenses diria respeito, pelo que a escolha já feita seria válida e definitiva.

Foi nosso entendimento que o assunto estaria encerrado.

Estranhamente, a Comissão Política Nacional, e na sequência do «chumbo» da Federação, resolveu, ela própria, avocar o processo.

Mais estranhamente, a mesma Comissão Política Nacional resolve em sentido manifestamente contrário àquele que havia sido o entendimento, válido e legítimo, da Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal, sem sequer ouvir esta em todo este processo.

Tal contraria em tudo o que é, ou julgavamos ser, a cultura democrática do Partido Socialista, atropelando regras e princípios que se consideravam sólidos e incontornáveis.

Perante tão grande atropelo, é compreensível a indignação e não aceitação por parte daqueles que haviam legal e democraticamente escolhido as pessoas que entendiam indicadas para se candidataram aos órgãos autárquicos em Alcácer do Sal, ainda mais, quando não foram «vistos nem achados» na decisão desta Comissão Política Nacional, que se limitou, cega e surdamente, a fazer tábua rasa daquilo que havia sido uma escolha conscienciosa, interessada e militante.

Face a este lamentável cenário, a Comissão Política Concelhia de Alcácer do Sal do Partido Socialista, dentro dos valores da verdade, transparência e lealdade, vê-se assim obrigada a esclarecer a opinião pública, em geral, e os camaradas em particular, relativamente ao que se passou, deixando claro que a decisão tomada pela Comissão Política Nacional do Partido Socialista quanto à definição dos candidatos para os órgãos autárquicos de Alcácer do Sal foi feita à sua total revelia e com o seu pleno desconhecimento.

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