09/11/09

20 ANOS SEM MURO


FAZ HOJE 20 ANOS QUE CAIU O MURO DE BERLIM CONSTRUIDO PELOS COMUNISTAS.

QUANTOS MUROS TEMOS DE FAZER CAIR E IMPEDIR QUE OUTROS SE LEVANTEM!

Sócrates afirmou em Berlim, que a queda do muro, há 20 anos, "significou um novo paradigma mundial e obrigou todos os políticos a alterar o seu mapa mental" e a forma de entender o mundo.

"Alguns também previram um mundo mais unipolar, mais concentrado ou concebido com base na pax americana, da concentração num único bloco, num único país, mais influente em todo o mundo", referiu José Sócrates.

"Quem sai vitorioso deste movimento é o multilateralismo, as Nações Unidas e os valores da resolução pacífica dos conflitos através da negociação e da diplomacia", prosseguiu o primeiro-ministro.

José Sócrates disse ainda que tem o "privilégio" de pertencer a uma geração que viveu o 25 de Abril de 1974 em Portugal, a queda do Muro de Berlim e a abertura das fronteiras na Europa, considerando a Revolução dos Cravos pioneira em relação aos movimentos democráticos no leste europeu.

"Há muitos que dizem com justiça que as revoluções democráticas precursoras do movimento que levou à queda do Muro foram as revoluções ibéricas, as revoluções democráticas em Portugal e em Espanha, e eu faço essa leitura histórica", disse.

Na opinião de Sócrates, as revoluções na Península Ibérica "alargaram o espaço de influência das democracias e contribuíram para que a ideia democrática florescesse e se desenvolvesse".

As revoluções democráticas que se seguiram, culminando na queda do Muro de Berlim, "beberam na inspiração portuguesa e na inspiração espanhola", acrescentou o chefe do governo português.

Após a chegada a Berlim, José Sócrates e os outros chefes de Estado e de governo convidados para o evento foram recebidos no Palácio Bellevue pelo presidente da Alemanha, Horst Koehler.

Em seguida, as altas individualidades dirigiram-se para a Porta de Brandenburgo, onde iam ser derrubadas mil "pedras" de um dominó gigante, a simbolizar a queda do Muro, após intervenções da chanceler Ângela Merkel e dos representantes das quatro potências aliadas que derrotaram o nazismo na II Guerra Mundial.