18/06/10

Jantar a Manuel Alegre

No próximo dia 25 de Junho, pelas 20h, irá realizar-se no Pavilhão António Velge (Vitória de Setúbal) um jantar de apoio à candidatura presidencial de MANUEL ALEGRE.

No decorrer do jantar, antes da intervenção de Manuel Alegre, será leiloada uma brochura de 40x60 com a reprodução dos painéis da Igreja e a interpretação do seu significado oculto. Esta brochura tem um poema manuscrito por Lagoa Henriques.

O custo do jantar é de 15 euros e as inscrições deverão ser efectuadas com Filomena Cunha (919318314) ou junto dos mandatários concelhios do distrito de Setúbal da candidatura de Manuel Alegre, a saber:

Alcácer do Sal - Mauro Félix (935909950)

Alcochete - João Barata (963831917)

Almada - António Mendes (962147587)

Barreiro - Maria Madalena Pereira (917603096)

Grândola - Carla Cristina Silva (966552583)

Moita - Manuel Borges (914161041)

Montijo - Maria Amélia Antunes (917600624)

Palmela - José Braz Pinto (968096317)

Santiago do Cacém - Hugo Ferreira (969737759)

Seixal - Nuno Tavares (966006002)

Sesimbra - Américo Gegaloto (965678428)

Setúbal - Luís Gonelha (966786344)

Sines - Carlos Silva (963828033)

A hora do Alegre!


Por: Catarina Marcelino (deputada)

Muito se tem falado do apoio do Partido Socialista a Manuel Alegre, caracterizando-o por divisionista e pouco entusiasta.
Há quem defenda que deveria haver outro candidato, que o Manuel Alegre teve posições recentes contra o Partido Socialista, que o Manuel Alegre foi apoiado de imediato pelo Bloco de Esquerda, e até que o PS não deveria apoiar nenhum candidato deixando a decisão a cada um dos militantes sem orientação partidária.

Parece-me que é fundamental termos em atenção as circunstâncias políticas do país e o que implica posições de desmoralização das dinâmicas de apoio à candidatura que, para o bem e para o mal, é neste momento a candidatura que é apoiada pelo Partido Socialista.

Não nos podemos esquecer que o candidato da direita é Cavaco Silva. Um candidato culturalmente pequenino, conservador nos costumes, que não tem dimensão para representar dignamente Portugal.

Lembremo-nos da votação da Lei das Uniões de Facto, do facto de ter parado o país para fazer declarações sobre a Lei do Estatuto dos Açores, da sua posição no referendo da despenalização da IVG, das declarações que fez aquando da promulgação da Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo ou ainda da trapalhada das escutas que nos ocuparam o Verão passado.

Para além do mais, a direita procura realizar um sonho antigo – um Presidente, um governo, uma maioria.
Quanto a mim, contribuirei activamente para combater Cavaco e o sonho da direita. Como socialista não posso, através da imobilidade e da falta de entusiasmo, colaborar para um resultado que considero ser prejudicial para Portugal.
Também o argumento do apoio do Bloco de Esquerda é falacioso. A esquerda apoiar o mesmo candidato presidencial não é novidade, aliás, diria mesmo que tem sido o mais comum. Há quem argumente que os tempos são outros e que a necessidade de entendimentos ao centro na defesa do país fala mais alto.

Parece-me a mim que é de facto necessário, patrioticamente, salvar o país, e para tal haver entendimento entre os Partidos que têm capacidade de governação, mas não é menos importante ao nível dos costumes e da cultura, estarmos ao lado da esquerda não conservadora. O PS tem vivido desta dualidade de quem está ao centro, de quem é responsável e aposta no desenvolvimento de Portugal em todas as suas dimensões.

Manuel Alegre é militante e um histórico do Partido Socialista, é um homem de esquerda que tem uma visão progressista para Portugal e tem uma dimensão cultural considerável. Não tenho escrúpulos em apoiar esta candidatura que, sendo no terreno, a única oposição relevante a Cavaco, e a tudo o que ele representa, deve ser apoiada por aqueles que combatem o conservadorismo e defendem o progresso.

O país está a atravessar um momento difícil, o PSD prepara-se para disputar a governação de Portugal. Não há espaço para hesitações, nem há espaço para mágoas, mas sim, há espaço para o combate político coerente, determinado e dignificante dos valores da esquerda democrática.

Catarina Marcelino - Deputada à Assembleia da República

A pior crise desde a Segunda Guerra Mundial

Por: Euridice Pereira (deputada)

“O que tínhamos à nossa frente em 2008 e 2009 era uma crise mais grave do que a pior desde a Segunda Guerra Mundial”. Quem o afirmou foi o Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claudet Tricket.

2009 foi ontem, não obstante hoje estarmos – Portugal está – sob uma intensa pressão. A agência financeira Standard & Poor’s, ainda há poucas horas, baixou a nota da dívida portuguesa, de forma inesperada e inaceitável, diga-se, promovendo o alarmismo nada recomendável nesta fase do processo de recuperação.

Ouvi a declaração conjunta do Primeiro Ministro, José Sócrates, e do líder do principal partido da oposição, Passos Coelho. Agradou-me.

A realidade é que, há cerca de 5 anos, o deficit herdado pelo anterior Governo socialista era elevado ( mais de 6%). Em cerca de 2 anos ( menos 1 do que o previsto) o plano governamental e o esforço dos portugueses conseguiram uma redução superior a 50%. Era, a seguir, tempo de consolidação. Nada feito. Eis a tal crise, “a mais grave do que a pior…”.

A resposta imediata do actual Governo situou-se, inevitavelmente, em minimizar os efeitos. A minimização, necessária, das repercussões da crise só podia contar com um aliado: o Estado. Foi necessário (e ainda é) responder, com dinheiro público, à ameaça de fecho de (mais) empresas, à vulnerabilidade das pessoas desempregadas, aos estados agudizados de pobreza,… Este foi um custo assumido. Não há lapso de cálculo. A solidariedade do Estado tem custos.

O deficit é o resultado do que os povos esperam de um Governo, em momentos difíceis: a presença na ajuda efectiva. É portanto hipócrita muita da crítica da classe política ao deficit. A pergunta que se impõe é o que seria dos portugueses se o Governo não tivesse agido. Se o deficit não fosse o que é.

Agora, sem tempo para respirar, é pedida – exigida – prova de que Portugal será capaz de cortar mais de 6% do deficit, até 2013. Os mercados estão aí, famintos.

O PEC- Programa de Estabilidade e Crescimento aprovado em Conselho e Ministros e validado, não há muito, na Europa, tem de ser implementado rapidamente. E sem tempo para que tivesse o seu início, e particularmente, sem tempo para que obtivesse os primeiros resultados, o País é objecto de pressão.

Mas, o PEC é, na óptica da exigência, para uns. exagerado, para outros, pouco!
Á esquerda do PS não se houve uma medida que contribua para a solução. Pelo contrário, qualquer referência feita representa mais despesa. Á direita, o PEC devia ser mais ‘agressivo’, é ‘ de menos’ e exemplifica-se como colaborar com medidas já contempladas ( ex: corte nas consultorias) ou outras de execução demorada, e , portanto, com reflexos imediatos nulos face à necessidade urgente de gerar confiança.

Dito isto, foi com bons olhos que vi o principal partido da oposição ‘ chegar-se à frente’ e dizer da sua disponibilidade em defender Portugal. Entendo que este é o caminho. A mobilização de esforços, que para os mais complexados há que dizer não significar perda de identidade, tão pouco perda de identidade ideológica, não é uma opção, é um dever.

O povo português, a quem, ciclicamente, são pedidos esforços tem o direito de exigir aos governantes e aos partidos da oposição que se entendam e que encontrem soluções. Estes têm o dever de responder em conformidade.

Por outro lado, este povo não é uma ‘carta fora do baralho’ na construção de alternativas, seja nas opções políticas orçamentais, sustentáveis e credíveis, seja na implementação de reformas estruturais consequentes. Mas, para isso, é fundamental que se sinta mobilizado. É imprescindível identifica-se com o caminho a percorrer e, especialmente, ter claramente identificado o destino final. Em suma, tem de ter consensualizada a meta.
O Governo tem de abrir a porta e ouvir, para melhor decidir.

A(s) oposição(ões), para se fazer ouvir, tem de ser consequente. Ser oposição não é ser a permanente voz do contra – e, por Portugal, tem de deixar de ser. Ser oposição é apresentar alternativas. Alternativas viáveis, o que implica dizer como e porque se faz, que custos acarreta, e que resultados se prevêem.

A guerra aos ‘predadores’ externos faz-se com concertação de esforços responsáveis. O encontro de hoje, entre PS e PSD, pode ser um grande sinal. Por Portugal. Pelos Portugueses.

A Deputada,
Eurídice Pereita

Tribunais de Execução: Todos funcionam mal

Noronha do Nascimento
"Tribunais de Execução são o cancro do nosso sistema judiciário"

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha do Nascimento, afirmou esta manhã que os tribunais de execução são "o cancro do sistema judiciário português", uma vez que não há um único que funcione bem: "Todos funcionam mal".
Comissão de Inquérito

Sócrates quer pedido de desculpa dos deputados

O primeiro-ministro acusou hoje os deputados da oposição de terem tentado humilhá-lo publicamente com a comissão de inquérito PT/TVI, afirmando que o seu dever agora seria um pedido de desculpas


Somos um pais pobre, que vivemos em permanente défic (creio que desde Afonso Henriques) e damo-nos ao luxo de comissões de longos meses, com enormes custos financeiros, a ocuparem os portugueses meses a fio, a acompanhar o assunto, para quê?
Para concluírem o que se sabia desde o inicio que iria concluir-se. Que o 1º Ministro sabia informalmente, como sabia toda a gente, do tal negócio, mas que não sabia institucionalmente. Informalmente tinha de saber, porque ele não é um 1º Ministro desatento.
Que oposição esta que tudo faz para denegrir a imagem dos governantes e das instituições! É assim que se dignifica a sociedade e o Estado? É assim que se passa boa imagem para o exterior?
Quando há suspeitas deve-se investigar. Mas investigar sem exagero, sem aberrações intelectuais, simplesmente para ganhar antena e protagonismo, à procura de votos.
Neste caso estamos em querer que os votos não crescem, porque o povo não quer nada dessas aberrações teóricas e intermináveis do BE, do PCP, dos Pachecos....
Consumo privado abranda
Economia portuguesa reforça crescimento em Maio


A economia portuguesa continuou a recuperar em Maio, de acordo com os indicadores coincidentes hoje revelados pelo Banco de Portugal. O consumo privado abrandou.

Morreu Saramago

SARAMAGO TEM AVENIDA EM ALCÁCER COM O SEU NOME


José Saramago, prémio Nobel da Literatura em 1998, morreu hoje com 87 anos, depois de o seu estado de saúde se ter agravado nos últimos dias.

O autor português encontrava-se doente mas em estado "estacionário", mas a situação agravou-se, explicou ao “Público” o seu editor, Zeferino Coelho.

Saramago nasceu na Golegã, em 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento.

Casado com a espanhola Pilar del Rio desde 1988, Saramago vivia em Lanzarote, nas Canárias, onde faleceu hoje com 87 anos.

O primeiro emprego de Saramago foi como serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista, revela a biografia do autor que consta na página da Fundação José Sramago.

Terra do Pecado foi o primeiro romance que publicou, em 1947. Foi com a publicação de Memorial do Convento, em 1984, que a sua obra ganhou a atenção dos leitores.

Foi director adjunto do Diário de Notícias durante 10 meses, saindo no 25 de Novembro de 1975, quando jornal foi alvo de uma intervenção por parte dos militares portugueses.

A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote.