07/11/08

Área florestal ardida é das mais reduzidas das últimas décadas



A área florestal ardida em Portugal, em 2008, foi a mais baixa desde o ano de 1974.
A informação foi dada pelos ministros da Agricultura, Jaime Silva e da Administração Interna, Rui Pereira, no final de um Conselho de Ministros que se realizou na Tapada de Mafra.
Com efeito, e ainda segundo dados fornecidos por estes dois membros do Governo, arderam este ano em Portugal cerca de14 mil hectares, menos 30% do que os registados no ano transacto, o que nas contas do ministro Rui Pereira representou, para além de muitos hectares poupados ao fogo, uma economia de cerca de três mil milhões de euros, tendo sido emitidos, por outro lado e a nível ambiental, 750 mil toneladas de dióxido de carbono, algo que o ministro da Agricultura, Jaime Silva, classificou como a melhor emissão depois da democracia portuguesa ter sido implantada em 1974”.
Desmentindo que a substancial redução da área ardida em 2008 se tivesse ficado a dever a um clima favorável, pouco calor e sobretudo alguma chuva durante o Verão, os dois responsáveis governamentais não deixaram contudo de defender que este ano “deparámo-nos até com maiores riscos do que no ano anterior”, mas mesmo assim, defenderam, “a área ardida foi menor”.
Para estes dois governantes o que explica o sucesso de tudo o que já se conseguiu alcançar não resulta tanto do clima, nem tão pouco foi “fruto do acaso”, mas antes resultado de um “excelente trabalho que este Governo tem vindo a desenvolver ao longo destes três anos, em prol da defesa e da qualidade das nossas florestas”, facto que permite que hoje, disseram, “os bombeiros demorem em média apenas dois minutos a desencadear a resposta adequada a um fogo florestal e cerca de 11 minutos a chegar ao local de intervenção”.
Para Rui Pereira apesar de se ter avançado muito na protecção da floresta, o trabalho ainda não acabou, devendo o Governo, na sua perspectiva, adoptar uma postura de humildade, “reconhecendo que em toda a problemática dos fogos florestais existem factores aleatórios” que importar não esquecer.
O Governo, foi igualmente anunciado, continuará a investir na fileira florestal nacional, facto que na opinião de Jaime Silva, significa que o Executivo “continuará a gastar dinheiro onde ele se reproduz”, uma vez que, como recordou, “a floresta representa 12% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. R.S.A.

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