09/02/10

PSD: Que Falta de Sentido de Estado!



Paulo Rangel em Tontaria!



Talvez nem Jardim fosse tão longe..


Paulo Rangel prestou ontem um mau serviço a Portugal, ao levar ao Parlamento Europeu a acusação de que Portugal já não é um Estado de Direito! "É um Estado de direito formal, onde o primeiro-ministro se limita a formalidades, a procedimentos, a formalismos e não quer dar explicações substanciais", disse o deputado europeu.E deu um exemplo, exactamente isto, veja-se: o jornalista Mário Crespo «viu censurada uma crónica sua, também por sugestão, ou aparente sugestão, do primeiro ministro».
É incrível, vergonhoso que um deputado vá a Estrasburgo colocar assim mal o seu país e por uma coisa qualquer. Tanto mais que Rangel não é um qualquer deputado. É o cabeça de lista dos deputados europeus do maior partido da oposição!
O PSD, que não tem projecto alternativo ao Governo(e devia ter!) não tem liderança respeitável, fica-se por disparates para mostrar que existe.
É muito grave que Rangel, em sede do Parlamento Europeu, tenha proferido para a Europa e para o mundo, semelhante tontaria. Então porque alguma comunicação social ou porque no seu dizer, "Mário Crespo viu censurada uma crónica sua, por sugestão, ou aparente sugestão, do primeiro ministro». Repare-se "ou aparente sugestão", vai-se comunicar aos quatro ventos que Portugal deixou de ser um Estado de Direito? Acredito que nem Jardim faria tal!

Como esta, só a de Durão Barroso, no Parlamento Português, quando Primeiro Ministro, que em discurso formal disse: "o país está de tanga".
Ou Cavaco Silva, em tempo mais recuado, também na qualidade de Primeiro Ministro, que certa noite foi à televisão proclamar que na bolsa portuguesa se vendia gato por lebre! E o resultado foi uma impiedosa queda imediata, da bolsa.
Ai PSD, PSD! Quanto este partido necessita de fazer aperfeiçoamento intelectual e melhorar o sentido de Estado! Quanto necessita de ter liderança forte que estabeleça coesão mínima e orientação. Quanto precisaria de conhecer melhor os quatro cantos do mundo para melhor perceber o que é a competitividade internacional e o interesse nacional.

Diferença faz o PS. Lembro-me que nos anos oitenta, era Mário Soares Primeiro Ministro-antes de começarmos a receber o milhão e tal de contos/dia, da C.E.E-e não havia reservas para pagar mais de um mês de salários à função pública e isso constitui-se como segredo de Estado, ficando no conhecimento de muito poucos. Imediatamente se tratou de resolver o problema em vez de se falar dele e o mundo não ficou a saber que estivéramos à beira da banca rota.
De pequeno aprendi, pela voz do meu avô materno, que nunca se deixa cair um amigo e que quando há um problema ou aparente problema na família, é no seio dela que se procura resolvê-lo e não se vai para a rua gritá-lo. Isso mesmo defendo dentro do partido socialista de que sou militante e das outras organizações a que pertenço.
Este principio, que é básico e ao mesmo tempo muito elevado, tem de ser aperfeiçoado e em muito, pelo PSD. Para bem do próprio, da Democracia e de Portugal

Vilela Borges

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