23/12/08

ENTREVISTA COM VITOR RAMALHO

presidente da Federação de Setúbal DO PS


“Aeroporto de Alcochete aproxima mais Portugal do mundo”

VÍTOR Ramalho congratula-se com os muitos projectos programados e em execução no distrito de Setúbal, defende o reforço do investimento público para combater a “séria” crise económico-financeira internacional e considera que o novo aeroporto de Alcochete vai aproximar mais Portugal do mundo.
Quais os principais benefícios que irá trazer para a Margem Sul a recém-inaugurada linha eléctrica ferroviária Barreiro-Pinhal Novo?

Ganha-se tempo ao tempo, num mundo onde não há tempo para perder tempo. Setúbal passa a ficar muito mais perto do Barreiro e vice-versa.



Do seu ponto de vista, quais os principais impactos que trará o projectado aeroporto de Alcochete para o distrito de Setúbal?

Aproxima mais Portugal do mundo, porque interliga a relação marítima euro-atlântica dos portos de Setúbal e Sines com a futura plataforma logística do Poceirão e as novas vias ferroviárias e permite o reforço de uma estratégia ibérica. Não são coisas menores.



No contexto da estratégia montada para o seu distrito, como vê a aposta no porto de Sines?

Sines é um porto de águas profundas, porto de entrada e de saída, por via marítima, do Atlântico e âncora para o fluxo da relação comercial com o espaço da UE através da ferrovia projectada.



Das medidas anunciadas, programadas e em execução no distrito de Setúbal, quais as que destacaria?

Muitas – o metro ao Sul do Tejo, a plataforma logística do Poceirão, o novo aeroporto, a 3ª travessia do Tejo o equipamento da fábrica da Portucel, os empreendimentos turísticos em Tróia, a ligação do IP8 de Sines a Beja, e os investimentos de vulto na plataforma industrial de Sines.



Porque é que na sua opinião na actual conjuntura económico-financeira internacional é necessária uma maior aposta no investimento público e no apoio à iniciativa privada?

A crise é séria, grave e profunda e será prolongada: constrangimentos da liquidez implicam, sob pena de um ciclo vicioso, injecções de capital e estes têm de ser estimulados pelo Estado, para arrastar o investimento privado. Este ponto e o reforço do ideário do socialismo democrático, única alternativa de futuro, são essenciais. O risco em que estamos é sério, repito.

In Acção Socialista

Sem comentários: