09/11/08

PELO ALENTEJO GLOBAL

Mas temos de fazer mais, de ter a ambição de fazer do Alentejo um ambiente vibrante que atraia massa critica, de o tornar uma região demarcada do desenvolvimento com qualidade à escala internacional, no quadro de um país com maior coesão social

Por Paula Nobre de Deus
deputada do PS

O DESENVOLViMENTO do interior é uma matéria
que tem de ser olhada em várias perspectivas. na
convicção que há um compromisso claro do partido
Socialista com o alentejo, é importante termos
presente o investimento que se está a operar numa
região reconhecida pela marca do desenvolvimento
sustentável.
Começo com uma questão nevrálgica para o
alentejo: alqueva, construído com o impulso do
partido Socialista. Esta marca está colada à pele
do partido Socialista. E mais uma vez, é com a
governação socialista que a sua conclusão vai ser
antecipada em 12 anos, agora para 2013. neste
momento está em perfeita expansão o Empreendimento
de Fins Múltiplos de alqueva, com uma
aposta fortíssima nas áreas: da agricultura, turismo,
energia e ambiente.
Mas refiro também outros investimentos associados
à criação de postos de trabalho e motores
do desenvolvimento do interior, de que destaco a
forte aposta no turismo em todo o alentejo e na
agricultura, especialmente no regadio, com forte
expressão no olival. É importante termos presente
que tanto o turismo, como a agricultura e os produtos
que lhe estão associados, em particular o
azeite, são recursos endógenos da região e factores
de competitividade à escala internacional.
na saúde vai finalmente ser construído em Évora
o hospital central do alentejo, aumentando a nossa
capacidade de resposta e autonomia. E gostaria ainda
de citar a criação da unidade de convalescença
para doentes vítimas de aVC, única no país. ao
nível dos cuidados de saúde primários no distrito
de Évora, dou boa nota da construção de novos
centros de saúde, respectivamente em Viana do
alentejo e Borba, e das Unidades de Saúde Familiar
em funcionamento.
na educação deixo duas referências que denotam
a preocupação com a estabilização das nossas
crianças no interior. por um lado, o facto de todas
as escolas secundárias do alentejo, 26 escolas
mais precisamente, estarem a ser profundamente
requalificadas. por outro lado, a construção de
centros escolares, em zonas como alandroal e
nas aldeias do interior profundo, concretamente
em pias. ainda na área da educação, deixo uma
nota sobre o acesso de todas as escolas públicas
à banda larga. Esta medida é particularmente
sensível para as crianças do interior e é inequivocamente
uma questão de igualdade de oportunidades
porque lhes permite ter acesso à informação como
todas as outras.
Mas temos de fazer mais, de ter a ambição de
fazer do alentejo um ambiente vibrante que atraia
massa critica, de o tornar uma região demarcada
do desenvolvimento com qualidade à escala internacional,
no quadro de um país com maior coesão
social. Esta utopia será tanto mais conseguida
quanto mais olharmos para a região como um
potencial de desenvolvimento do próprio país. O
QREn, no âmbito do programa Temático Valorização
do Território, aponta um caminho para o desenvolvimento
do interior.
as orientações do Eixo Vi desse programa apostam
claramente numa política policêntrica de cidades,
com o reforço das relações urbano-rurais, numa
lógica de rede de conexões múltiplas, conferindo
uma outra centralidade aos territórios de interior.
aqui temos de repensar claramente o papel do
espaço rural e atribuir uma importância específica
a cada uma das nossas aldeias, vilas e cidades,
na certeza porém que esta questão se coloca nas
opções que estamos a fazer hoje mesmo.
O alentejo também é uma das âncoras do nosso
crescimento, um factor de competitividade de portugal.
por esta razão e para cada mulher e cada
homem que vive ou deseje viver no alentejo temos
de acreditar na vantagem de uma aposta articulada
e coesa de quem está à frente da governação do
alentejo: autarcas e Governo.

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