26/11/09


opinião

Os ex-ministros das finanças são os maiores críticos do governo

Por José Bastos


A grande maioria dos países da Europa apresenta elevados deficits das suas contas públicas e altas taxas de desemprego. Portugal não foge à regra 8% de deficit e 9,8% de desemprego.

Há muitos países da Europa que estão bem pior que nós. Inglaterra 12,5%, Grécia 12,5%, Espanha 12,1%, Irlanda 12% têm deficits muito superiores ao nosso e uma taxa de desemprego maior, caso da Espanha 20%.

A crise financeira e económica que afectou o mundo em 2008, é de uma gravidade extrema e não teve consequências gravíssimas, porque os estados injectaram dinheiro na economia e garantiram os empréstimos dos bancos privados.

Na crise de 1929, tudo foi muito pior e desembocou numa grande guerra, com as consequência que se conhecem.

Todos parecem acreditar numa retoma da economia em 2010, com um crescimento lento e sem conflitos. Há por aí uns profetas da desgraça que se esquecem que o nosso país tem oitocentos anos, já passou por muitas crises e não acabou.

A grande maioria dos países da Europa apresenta elevados deficits das suas contas públicas e altas taxas de desemprego. Portugal não foge à regra 8% de deficit e 9,8% de desemprego.

Há muitos países da Europa que estão bem pior que nós. Inglaterra 12,5%, Grécia 12,5%, Espanha 12,1%, Irlanda 12% têm deficits muito superiores ao nosso e uma taxa de desemprego maior, caso da Espanha 20%.

A situação económica do nosso país é grave e é preciso uma grande determinação e vontade política para a combater.

Não é um trabalho fácil (nunca foi), nenhum governo pode inverter a situação existente de um momento para o outro e estamos dependentes do que acontecer nas principais economias da Europa.

È muito importante o facto de o governo apostar nas políticas de emprego, no apoio às empresas exportadores e nas energias renováveis para diminuirmos a nossa dependência externa de combustíveis e melhorarmos o ambiente.

É uma obrigação do estado acorrer com apoios aos desempregados e aos mais carenciados mesmo que para isso nos tenhamos de endividar, já não me parece razoável, que os funcionários públicos, com emprego garantido, estejam a exigir aumentos de salários, apesar de não ter havido inflação e os juros dos empréstimos à habitação terem baixado muito (nunca estiveram tão baixos). O aumento dos salários dos funcionários públicos e a chegada de todos os professores ao topo da carreira também fazem subir o deficit.

Entretanto, apesar de esta ser uma situação que é conhecida da população, muito mais dos que as elites pensam, aparecem a toda a hora ,nos canais de televisão por cabo, comentadores a falarem de cátedra, como se eles resolvessem tudo, com relativa simplicidade e culpando sempre o governo de tudo como se não houvesse crise na Europa e no mundo.

Os ex-ministros das finanças: Medina Carreira (I governo de Mário Soares), Manuela Ferreira Leite(governo de Durão Barroso), Bagão Félix (governo de Santana Lopes) e Campos e Cunha (Uns meses do I governo de Sócrates), muito criticado pela elevada reforma que recebia do Banco de Portugal, são hoje os grandes críticos do ministro das finanças actual, quando deveriam ser os mais compreensivos com governação actual por saberem como é difícil governar o país, ainda por cima numa situação de grave crise internacional. Será que estes ex-governantes já se esqueceram o que diziam deles quando estavam à frente da pasta das finanças? Nos anos setenta já Medina Carreira dizia que os portugueses passariam a andar de burro dentro de pouco tempo. Felizmente que as previsões de mestre Medina nunca acontecem.

José Bastos

1 comentário:

Anónimo disse...

parabéns pelo conteudo do blog. a diferença faz-se pela qualidade e o seu blogue tem crescido muito. faz falta ter informação de qualidade e principalmente assumida. bem haja. mariana caixeirinho