12/11/09

O MURO




por Fernando Negrão
(Deputado do PSD eleito pelo distrito de Setúbal)

No dia em que escrevo este artigo celebram-se 20 anos sobre a queda do MURO que constituiu o símbolo da divisão e da separação de povos, famílias e amigos, em nome de uma ideologia que causou milhões (sim, milhões!) de mortos, que espezinhou as mais elementares liberdades, como a de expressão, de reunião e de sindicalização e que enganou os seus trabalhadores usando de todos os meios para que não tivessem acesso a qualquer tipo de informação vinda do mundo ocidental criando, para o efeito, perigosas polícias políticas.

Estou naturalmente a falar do MURO DE BERLIM, muro da vergonha da ideologia comunista, cuja história devia ser melhor conhecida e mais divulgada e promovidas visitas à sede da antiga polícia política da RDA, hoje museu, onde estão arquivados cerca de 4 milhões de processos, contendo cada um a descrição pormenorizada da vida pública e privada de cada um desses cidadãos da então Alemanha de leste, que fosse suspeito de “conspirar” contra o regime.

Dizem ainda hoje os defensores dessa ideologia que celebrar a queda desse MURO é fazer propaganda anti-comunista primária. O que não deixa de ser curioso quando essas mesmas pessoas, à mínima expressão de discordância ás suas ideias, não usam do mínimo pudor em qualificar os seus oponentes de neo-liberais, membros da extrema direita e fascistas.

Curiosa esta dualidade de critérios passados que são 20 anos sobre a queda desse MURO que, de um dia para o outro, mostrou e provou a qualidade de vida e o respeito pelos direitos dos trabalhadores no ocidente e a pobreza, falta de habitação e de infra-estruturas sociais e a ausência de quaisquer direitos dos trabalhadores nos países comunistas.

Após a publicação deste artigo passarei definitivamente para a lista negra da arqueologia comunista, serei mais um neoliberal e, até fascista, porém tal não me causará qualquer mossa pois, em consciência, serei sempre um defensor intransigente dos direitos dos trabalhadores e estarei sempre atento á satisfação das necessidades dos mais carenciados. Serei sempre um homem livre. A verdade é inexorável e impor-se-á em definitivo, mesmo aos mais empedernidos.

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