Esta a dúvida que, por agora, se coloca.
Com efeito, Paredes, há já várias semanas, que se apresentou à comunicação social, como sendo o cabeça de lista do PS à Câmara, afirmando ter sido mandatado para o efeito, pelas estruturas distrital e nacional do partido.
Todavia, ontem, a Comissão Política Concelhia, reuniu com uma ordem de trabalhos que continha o ponto único "escolha das listas para a eleição autárquica" e nessa reunião, a votação foi a favor de João Massano, numa percentagem de 85% (veja-se texto anterior com o título " Massano escolhido para Cabeça de Lista PS").
Em face desta situação, qual a validade da anunciada candidatura de Pedro Paredes, por ele próprio? Se foi mandatado pelos órgãos de cúpula do partido - como anunciou publicamente - vai agora, solicitar a intervenção desses órgãos. E qual será a posição que tais estruturas tomarão?
O cenário hipotético é vasto, mas tomemos algumas hipóteses possíveis.
1ª Aceitarão os órgãos distrital e nacional, de bom grado, a decisão de ontem da C.P.C. considerando que os estatutos do partido atribuem à C.P.C. o poder de aprovarem as listas autárquicas?
2º Considerarão que há em Alcácer, um conflito que justifica intervenção superior e anularão a decisão de ontem, sobrepondo-se à Comissão Politica Concelhia?
3º Adoptarão uma posição de intermediação e tentarão levar o PS/Alcácer a uma solução consensual?
Na primeira hipótese o que poderia acontecer?
a)Cremos que, basicamente, três coisas:
*Pedro Paredes e os seus apoiantes aceitarem ficar fora das listas e colaborarem na campanha eleitoral, restando saber se essa colaboração não seria dispensada pelas listas concorrentes.
**retirarem-se deste acto eleitoral ou até mesmo da vida política.
***Pedro Paredes apresentar-se ao eleitorado com uma lista independente, cumprindo a ameaça que há semanas, fez. Neste caso, cabe interrogar se Paredes tem condições de formar uma lista independente, principalmente após a derrota equacionada neste hipótese.
Na segunda hipótese, a anulação da decisão da CPC. poderá implicar um boicote ou pelo menos um desinteresse das estruturas partidárias locais, em fazerem a campanha. E, nesse caso, há que interrogar se Paredes tem condições de estruturação e mobilização suficientes, para fazer a campanha.
Para a terceira hipótese - e parece-nos que será a atitude mais possível - levantam-se alguns problemas. Em primeiro lugar, as posições entre Massano e Paredes estão extremadas. Paredes voltou, ontem, a declarar na reunião (suscitado com inteligência política, por Massano, que Paredes não detectou) que se o PS o quer, é ele que escolhe a equipe e não trabalha com quem não quer trabalhar.
Por sua vez, também Massano e depois desta estrondosa vitória que obteve sobre Paredes na C.P.C., dificilmente aceitaria entrar numa lista liderada por Paredes.
A hipótese de Paredes entrar numa lista liderada por Massano, parece-nos ainda menos verosímil .
Coloca-se então, uma outra formula possível. O candidato não ser Paredes nem Massano. Poderia ser, por exemplo, Duarte Faria (não sabemos se ele aceitaria) e para a Assembleia Municipal seria encontrada outra personalidade, com perfil adequado à função. Por exemplo, Macaista Malheiros (também não sabemos se ele aceitaria)que em nossa opinião tem perfil adequado,também, para número um, do Executivo.
Com um destes nomes, provavelmente João Massano,aceitaria ficar em segundo lugar na lista para o Executivo. Mas, já não vemos Paredes, a dispor-se a entrar na lista, em outro lugar que não seja o primeiro. Poderia talvez, entrar na lista para a Assembleia Municipal, em lugar destacado.
Mais tarde relataremos a reunião de ontem.
07/07/09
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