A situação existente justificou que Portugal tivesse que solicitar a instâncias europeias apoio para que o Banco Central Europeu, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e o Fundo Monetário Internacional procedessem ao resgate da divida soberana portuguesa através da concessão de um empréstimo.
Os representantes daquelas entidades encontram-se em Portugal a avaliar o montante do empréstimo, as taxas de juro e o prazo de reembolso, processo negocial que corre paredes meias com a adopção de medidas que Portugal se obrigará a assumir no futuro próximo.
As expectativas dos cidadãos e o rumo de marcha do país neste futuro próximo serão condicionadas pelo conteúdo do que for assinado.
É por isso dificilmente aceitável que o BE, os VERDES e o PCP tivessem rejeitado falar com a TROIKA cujos membros representam instituições de que Portugal faz parte e é contribuinte para poder beneficiar do apoio quando e se fosse necessário como agora se demonstrou ser.
A politica do quanto pior melhor nunca deu resultados e nas eleições do próximo dia 5 de Junho ficará mais uma vez provado com a penalização de quem se põe de fora da construção do futuro de Portugal.
A Federação do PS de Setúbal e o seu presidente estão à vontade para o afirmarem porque tomaram sempre a tempo posições muito claras – e não na undécima hora – sobre as consequências que adviriam para a U.E. se a politica desta continuasse a ceder a interesses financeiros a sobreporem-se aos políticos, com concepções neoliberais e se alguns partidos socialistas europeus, defensores da chamada terceira via como Blair, persistissem em baixar a defesa das bandeiras das causas do socialismo e da própria paz no mundo como o Iraque é exemplo.
Nunca aceitámos isso, denunciámo-lo, foi tal como não aceitamos a passividade da Internacional Socialista, que tem estado de facto ausente. A realidade é porém o que é. E por o ser, este é o momento para recriarmos a esperança, não baixando os braços, como o estão a fazer os partidos á esquerda do PS. Este é também o momento para deixarmos claro que esta 1ª crise da era da globalização teve à escala geral por causas politicas da direita, sem valores nem princípios, movidas pela prorização anormal do dinheiro e do poder do mando. A persistência dessas politicas deu o que se vê em alguns países da U.E., com a chegada da direita radical ao poder com os graves riscos que isso representa para a Europa. É por isso que os partidos à direita do PS não deixarão de ser também negativamente avaliados pelo eleitorado do distrito de Setúbal, que tem demonstrado nas legislativas saber o que quer, sufragando de forma maioritária o PS.
Para a recriação da esperança no futuro é necessário que a base de militantes e simpatizantes do PS se mobilize para as eleições com a consciência que “quanto mais a luta aquece mais força tem o PS”. A mobilização implica que estejamos também conscientes dos enormes desafios que temos pela frente, sabendo ouvir e dialogar, corrigindo erros, reerguendo as bandeiras dos mais desfavorecidos, defendendo uma justa distribuição da riqueza, apostando no reforço das actividades produtivas, servindo o interesse geral com humildade e contribuindo para aprofundar o papel de Portugal no mundo.
A seguir à próximas eleições abrir-se-á num novo ciclo e ele só pode ser de esperança no futuro! É com esse espírito que se continuará a trabalhar para servir o PS, o distrito de Setúbal e o país.
É que a crise deu lugar a eleições antecipadas e estas devem servir para salvaguardar o futuro.
Setúbal, 2011.04.28.
O Presidente da Federação,
Vítor Ramalho
30/04/11
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